Galvão mora há apenas oito semanas no país, segundo a CBN.
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Imagem de vídeo mostra água ao redor do prédio do aeroporto de Sendai, após terremoto seguido por tsunami |
O tremor desta sexta está sendo classificado como o pior a atingir o Japão desde que começaram a ser feitos registros, no final do século 19, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Ele foi seguido por ao menos 19 réplicas, muitas delas de magnitude 6.0. Cidades e vilarejos ao longo dos 2.100 quilômetros da costa leste do país foram afetadas por violentos tremores que atingiram até a capital, Tóquio, localizada a 373 quilômetros de distância do epicentro.
O terremoto ocorreu às 14h46 da hora local (2h46 em Brasília) e teve seu epicentro no Oceano Pacífico, a 130 quilômetros da península de Ojika, e a uma profundidade de 24,4 quilômetros, de acordo com o USGS. "O terremoto causou grandes danos a vastas áreas no norte do Japão", afirmou o premiê Naoto Kan em uma entrevista coletiva.
Modelo brasileira diz que falta água e comida nos supermercados; leia relato
A modelo brasileira Alessandra Albrecht, 19 anos, disse que já falta água e comida nos supermercados e lojas de conveniência de Tóquio. Ela disse que as autoridades locais orientaram os moradores a montar kits de sobrevivência para enfrentarem novos terremotos. "Não tem mais água nas lojas de conveniência nem comida. As prateleiras estão vazias."
Arquivo pessoal |
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A modelo brasileira Alessandra Albrecht mora em Tóquio com o namorado, Washington Ohogusiku |
Na hora do tremor, a modelo estava num shopping center. "Começou como um terremoto normal, começamos a estranhar quando os tremores não passavam. Saímos para a rua antes do maior tremor começar. E aí vimos um dos maiores prédios do bairro balançar muito. Todos estavam reunidos na rua. Mesmo os japoneses estavam assustados."
Ela disse que há muitas pessoas nas ruas, pois não há transporte para voltar para casa. "Não tem metrô, trem nem ônibus." Alessandra precisou andar duas horas para chegar em casa. "Consegui chegar em casa depois de duas horas andando. Todo trânsito está parado, estou com meu namorado."
Alessandra afirmou que se reunirá com outros amigos para dormir nesta noite. "Nos alertaram sobre novos tremores e que precisaríamos de um kit para caso de emergência com água, documentos, remédios e comida."
Foi o pior terremoto que já senti, diz leitor que viu 'prédios se movendo'
"Logo que o tremor começou a aumentar, saímos correndo do edifício e a imagem que vimos era apavorante! Prédios de cinco andares se moviam para um lado e do outro cerca de 10 a 20 centímetros", relatou ele. Acostumado com terremotos, Fukumoto disse que vários tremores vinham sendo sentidos ao longo desta semana no Japão. "Sentimos pequenos tremores toda semana, mas como o de hoje foi a primeira vez", afirmou ele.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Fukumoto estava numa reunião com japoneses na hora do terremoto (2h46 de Brasília, 14h46 do Japão). "Estávamos com alguns japoneses no momento e até mesmo eles disseram que era a primeira vez que haviam sentido um terremoto com essa intensidade." Segundo ele, vários tremores secundários ainda podiam ser sentidos por volta das 19h (7h de Brasília). "Ainda estão ocorrendo pequenos tremores. Agora, por exemplo, os computadores estão balançando."
Fukumoto disse que a sensação de insegurança não é maior porque o Japão é muito preparado para terremotos. "Aqui no Japão, o preparo para terremoto é incrível. Realmente pude ver como os prédios no Japão estão preparados para terremotos, pois jurava que não iriam suportar."
Segundo ele, a luz foi cortada em sua região para evitar o risco de incêndios e explosões.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Japão decreta emergência em usina nuclear após tremor
Ele disse que a medida foi uma precaução.
Em Viena, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que as quatro usinas nucleares japonesas situadas perto da área atingida pelo terremoto desta sexta-feira foram fechadas em segurança.
A agência, entidade da ONU (Organização das Nações Unidas) para a fiscalização de energia nuclear, sediada em Viena, disse que estava buscando mais informações sobre que países e instalações nucleares poderiam estar em risco pelo tsunami provocado pelo terremoto.
"As quatro usinas nucleares do Japão mais próximas ao local do tremor foram fechadas em segurança", disse a agência em comunicado, acrescentando que estava agindo em conjunto com o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão para obter mais detalhes da situação. "A agência ofereceu seus serviços ao Japão, caso o país peça assistência", acrescenta o comunicado. Segundo a mídia japonesa, o governo decidiu declarar uma situação de emergência para a energia nuclear, que ocorre quando há confirmação de vazamentos radioativos de uma usina nuclear ou a danificação do sistema de resfriamento de um reator. A agência de notícias Kyodo disse que um incêndio ocorreu na usina nuclear Onagawa, da Tohoku Electric Power Company, no nordeste do Japão após o terremoto.
Em outro incidente, a província de Fukushima, local de uma usina nuclear da Tokyo Electric Power, disse nesta sexta-feira que o sistema de resfriamento do reator estava funcionando, negando uma informação anterior de que a instalação teve problemas.
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo do Japão informou nesta sexta-feira que o país emitiu um estado de emergência na usina nuclear de Fukushima devido a uma falha no seu sistema de resfriamento registrado após o tremor de magnitude 8,9 que atingiu a costa e foi seguido de um tsunami. Ao menos 32 pessoas morreram. chefe de gabinete Yukio Edano afirmou que nenhum vazamento de radiação foi registrado após uma falha mecânica ter ocorrido na instalação. O sistema que apresentou problemas --depois que a usina foi fechada-- é necessário para resfriar o reator. Ele disse que a medida foi uma precaução.
Keichi Nakane/AP | ||
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Pessoas olham os danos causados pelo tsunami que atingiu Kesennuma, no norte do Japão |
A agência, entidade da ONU (Organização das Nações Unidas) para a fiscalização de energia nuclear, sediada em Viena, disse que estava buscando mais informações sobre que países e instalações nucleares poderiam estar em risco pelo tsunami provocado pelo terremoto.
"As quatro usinas nucleares do Japão mais próximas ao local do tremor foram fechadas em segurança", disse a agência em comunicado, acrescentando que estava agindo em conjunto com o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão para obter mais detalhes da situação. "A agência ofereceu seus serviços ao Japão, caso o país peça assistência", acrescenta o comunicado. Segundo a mídia japonesa, o governo decidiu declarar uma situação de emergência para a energia nuclear, que ocorre quando há confirmação de vazamentos radioativos de uma usina nuclear ou a danificação do sistema de resfriamento de um reator. A agência de notícias Kyodo disse que um incêndio ocorreu na usina nuclear Onagawa, da Tohoku Electric Power Company, no nordeste do Japão após o terremoto.
Em outro incidente, a província de Fukushima, local de uma usina nuclear da Tokyo Electric Power, disse nesta sexta-feira que o sistema de resfriamento do reator estava funcionando, negando uma informação anterior de que a instalação teve problemas.
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