segunda-feira, 11 de abril de 2011

Adolescente é detido com duas armas dentro de escola em Goiânia

Especial para o UOL Educação
Em Goiânia

A polícia apreendeu nesta segunda-feira (14), em flagrante, um menor de 17 anos com duas armas, dentro de uma sala de aula, no Colégio Estadual Benito Lucimar, em Goiânia. No momento da detenção, o estudante portava um revólver calibre 22 e um canivete.
Levado para a Depai (Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais), o rapaz será encaminhado para o Ministério Público. Denunciado pelos alunos, o menor estaria frequentando a escola armado há uma semana. A polícia ainda não informou a origem do armamento.Essa é a segunda detenção de menor armado dentro de escolas, em menos de uma semana, no Estado. Na sexta-feira, 8, um adolescente também de 17 anos foi apreendido com um revólver calibre 32 e munições, na Escola Pastor José Antero Ribeiro, no município de Bom Jesus de Goiás, a 207 quilômetros da capital.

Maioria das vítimas de atirador em Realengo internadas passa bem; há um caso grave

Flávia Villela /Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro


Nove das dez vítimas do atirador que invadiu a escola Tasso da Silveira, em Realengo, na última quinta-feira (7), apresentam melhora no quadro de saúde, informou hoje (11) a Secretaria de Saúde do Estado do Rio.
O único caso grave é o do rapaz  de 13 anos baleado no olho direito que se recupera do pós-operatório de neurocirurgia, no Hospital Estadual Pereira Nunes, no bairro de Saracuruna. Ele está sedado e respira com ajuda de aparelhos. Outra vítima (13 anos) internada nessa instituição, atingida no abdômen e na coluna, foi operada na quinta-feira e respira espontaneamente. Os dois permanecem internados no CTI Pediátrico.O adolescente de 14 anos internado no Hospital Alberto Torres que sofreu lesão vascular grave no ombro direito está lúcido e reage bem ao pós operatório, mas ainda não tem previsão de alta, de acordo com a Secretaria de Saúde.No Hospital Albert Schweitzer, uma das vítimas do massacre na Escola Tasso da Silveira (13 anos) que está com uma fratura no antebraço, passa bem, mas segue em observação. Um menino de 14 anos, baleado no abdômen e na mão, está consciente, mas ainda respira com a ajuda de aparelhos. O estado é regular, com melhora clínica, e ele permanece sob cuidados intensivos. Um menino de 12 anos baleado no abdômen recupera-se bem do pós-operatório e respira espontaneamente, mas ainda não tem previsão de alta.No Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia estão internadas duas vítimas do atirador e ambos estão estáveis. Um rapaz (13 anos), baleado no braço, está se recuperando bem da cirúrgica. Uma menina (13 anos) baleada nas mãos também passa bem, após cirurgia, e está em observação.No Hospital Universitário Pedro Ernesto, o rapaz  baleado na perna e no braço encontra-se estável e evolui bem.No Hospital da Polícia Militar, um menino de 14 anos baleado na cabeça, mão e clavícula passa bem após a cirurgia realizada na quinta-feira.

Cinco dias após tragédia no Rio, pais vão à escola pedir transferência de alunos

Vitor Abdala*
Da Agência Brasil /No Rio de Janeiro


A movimentação ainda é bem grande na porta da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade, cinco dias depois de um atirador matar 12 crianças e deixar 10 feridas. A calçada do colégio está tomada por flores, velas, cartazes e até brinquedos. Hoje (11), garis da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) do município começaram a limpar o interior da escola. Eles estão lavando as manchas de sangue nas paredes, portas, no chão das salas, corredores, escada e na entrada do prédio.A escola continua fechada, e o acesso só é permitido a professores e funcionários. Pela manhã, dois responsáveis foram à escola pedir a transferência dos netos, mas ouviram do porteiro que talvez não fosse possível conseguir o documento nesta segunda-feira. Os pais que chegam para pegar as mochilas e material escolar das crianças estão sendo orientados a retornar a partir das 14 horas.Ubiratan Soares, de 65 anos, disse que a neta, que estuda na Tasso da Silveira à tarde, não quer mais entrar no colégio e que por isso foi pedir a transferência da menina. “Ela não quer mais voltar para essa escola. Ela não consegue dormir, fica vendo televisão a noite toda”, desabafou.Ana Maria Alves Pinheiro também foi hoje de manhã à Escola Tasso da Silveira pedir a transferência da neta de 13 anos e que, apesar de estudar à tarde, conhece as vítimas da tragédia. “Ela está muito perturbada, fica chorando o tempo inteiro. Ela não dorme, ri à toa. Ela não está bem. A gente está precisando de um psicólogo”, disse a senhora.Noeli Rocha, mãe da menina Mariana, morta pelo atirador, foi à escola buscar o material escolar da filha, mas terá que voltar à tarde. “Não é coisa de importância. É só uma mochila, mas para mim é importante. O que será que ela sentiu, eu não estava aqui para defendê-la. Eu ainda escuto minha filha me chamar”, disse com a voz embargada.

*colaborou Cristiane Ribeiro
Polícia deve ouvir instrutor de tiros procurado por atirador
DIANA BRITO/FOLHA
DO RIO

Tragédia em escola no RioA Polícia Civil do Rio deve chamar para depor nos próximos dias o instrutor de tiros Wilson Saldanha, que teria sido procurado por Wellington Menezes de Oliveira, 23, antes desse realizar um ataque a escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste.
Segundo informações da polícia, Saldanha possui autorização da Polícia Federal para atuar como instrutor de tiros. Ele foi procurado por Wellington por e-mail, mas o rapaz interrompeu as conversas quando o instrutor solicitou seus documentos, como mostrou o programa "Fantástico", da TV Globo, ontem.
Ao todo, 12 estudantes morreram em decorrência do ataque e outros 12 ficaram feridos. Nesta segunda-feira, dez deles permaneciam internados, sendo um em estado grave. A polícia prendeu na última sexta-feira (8) dois homens acusados de vender um revólver calibre 32 a Wellington. Segundo a polícia, o chaveiro Charleston Souza de Lucena, 38, e do segurança desempregado Izaías de Souza, 48, confessaram terem intermediado a venda. Lucena, que tem um quiosque nas proximidades da casa de Wellington, em Sepetiba (zona oeste), disse que o atirador lhe perguntou se conhecia alguém que pudesse lhe fornecer uma arma para se proteger, já que morava sozinho. A polícia ainda não sabe como o atirador obteve o outro revólver, de calibre 38, também usado no crime.

Danilo Verpa - 09.abr.11/Folhapress
Abraço coletivo em frente à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio
Abraço coletivo em frente à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio

TIROS
A tragédia ocorreu por volta das 8h30 de quinta-feira (7), após Wellington Menezes de Oliveira, 23, entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.
Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção nas meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.
Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime. Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça. A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.
 

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