DE SÃO PAULO

Segundo a polícia, Manuel Freitas Louvise, 57, foi colega de trabalho de Wellington. A prisão dele aconteceu após a Justiça ter expedido um mandado de prisão pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo. O chaveiro Charleston Souza de Lucena, 38, e o segurança desempregado Izaías de Souza, 48, já tinham sido presos sob suspeita de intermediarem a venda da outra arma usada por Wellington no massacre --um revólver calibre 32. Segundo a polícias eles confessaram e disseram que a arma era de um homem chamado Robson, que teria vendido a arma e cinco munições ao atirador. Lucena disse ainda que Wellington afirmou que precisava da arma para se proteger, já que morava sozinho.
Danilo Verpa - 09.abr.11/Folhapress | ||
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Abraço coletivo em frente à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio |
VÍDEO
A Polícia Civil do Rio divulgou ontem novas imagens recuperadas dos discos rígidos encontrados na casa de Wellington. De acordo com a polícia, ainda não é possível determinar a data de gravação, porém os dados apontam que o disco foi acessado pela última vez em julho de 2010, o que indica que o crime já era planejado no ano passado. A polícia informou ter sido esse o único vídeo recuperado até agora.
"A maioria das pessoas me desrespeitam (sic), acham que sou um idiota, se aproveitam de minha bondade, me julgam antecipadamente. São falsas, desleais. Descobrirão quem eu sou da maneira mais radical numa ação que farei pelos meus semelhantes, que são humilhados, agredidos, desrespeitados em vários locais, principalmente em escolas e colégios, pelo fato de serem diferentes, de não fazerem parte do grupo dos infiéis, dos desleais, dos falsos, dos corruptos, dos maus. São humilhados por serem bons."
Segundo o diretor geral de Polícia Técnico Científica, Sérgio da Costa Henriques, o último acesso ao HD onde estavam as imagens aconteceu em julho de 2010, o que significa que Wellington planejava o crime ao menos desde o ano passado. A polícia analisa dois HDs de computadores do atirador --um que foi queimado e outro que está íntegro. O vídeo foi retirado do HD íntegro.
"Tudo indica que ele usou uma câmera para gravar as imagens. Também estamos tentando recuperar outros dados da máquina dele", disse Henriques. Henriques afirma que as provas colhidas até agora e os laudos cadavéricos indicam que as meninas eram o principal alvo de Wellington. A maioria levou tiros na cabeça e no tórax. Ainda de acordo com o especialista, não foi encontrada nenhuma prova que aponte suspeitas de ligação de Wellington com grupos extremistas. O laudo da perícia do computador do atirador deve ficar pronto em até o final do mês. Henriques afirmou que será investigada a origem das imagens exibidas na noite de terça-feira (12) pelo "Jornal Nacional", da TV Globo. Segundo ele, a polícia não tem essas imagens.
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