da Livraria da Folha
Elvis foi um dos grandes nomes da música, não apenas do rock. Seu estilo de tocar, cantar, dançar e se vestir revolucionou o que se conhecia por boa música.
Ele foi um dos primeiros cantores a atrair multidões e arrebanhar milhares de fãs, que se descabelavam a cada aparição ou canção melodia do astro. Sua vida também foi a primeira a ter um "rock style".
Para aguentar a maratona de shows e aparições públicas, Elvis utilizava substâncias químicas que o deixaram dependente e foram o primeiro passo para a imagem que ele deixou à época de sua morte.
Divulgação | ||
O cantor norte-americano Elvis Presley (1935-1977) em foto tirada em 1956 |
Um pouco antes do fim, como uma fênix, o astro ressurgiu com uma série de shows mostrando que era capaz. Este período é retratado em "O Retorno do Rei - A Grande Volta de Elvis Presley".
O livro tenta entender o que aconteceu com o rei do rock para ele chegar a este estado, o quanto foi duro para ele retornar e como este curto período serviu, também, para acabar de fez com as suas energias.
Leia abaixo um trecho do livro:
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Long, lonely highway Os últimos seis anos da vida de Elvis Presley foram um lento desvanecimento, uma decadência gradual àquilo que muito veriam como uma infame caricatura. Mas a aparência física de Elvis durante seus últimos anos - alvo frequente de muito escárnio - não passava de um sinal de um maior e mais profundo mal-estar. No fim de sua vida, era mesmo como se Elvis tivesse perdido a coisa mais preciosa que um artista tem: a fé em seu talento e em si mesmo.
Ironicamente, as sementes para o declínio de Elvis foram plantadas justo pelo que, inicialmente, havia rejuvenescido a ele e a sua carreira: sua volta aos palcos. Sua temporada em Vegas, em 1969, havia lhe apresentado um desafio que valia a pena, mas o entusiasmo acabou rápido demais. "Pessoas como Lamar Fike contaram quão rapidamente Elvis se apagou em Vegas", disse Peter Guralnick, referindo-se às entrevistas que ele havia feito para Careless Love, o segundo volume de sua biografia de Elvis. "Eu havia pensado que eles quiseram dizer que isso aconteceu em um período de cinco anos, mas acho que, quando voltou a Vegas pela segunda vez, ele já não estava mais tão interessado. Ele havia provado que conseguia: havia conquistado Las Vegas e voltado para as paradas de sucessos pop. Não se tratava de haver perdido o amor pelos shows, pois acho que a conexão com o público era uma das coisas mais importantes de sua vida. Mas o nível de envolvimento que teve nos primeiros shows de Las Vegas acho que nunca mais se repetiu."
Vegas virou uma rotina - o que Ronnie Tutt mais tarde chamou de "a suprema gaiola de ouro". Além disso, a agenda de shows ficou puxada: de 1971 a 1973, Elvis tocou em Vegas duas vezes por ano, em temporadas que chegavam a quase 60 shows cada. "É uma situação peculiar quando se é tão popular", diz Wayne Jackson, integrante do The Menphis Horns, que trabalhou com Elvis no American. "Você não quer parar, pois é bom para você também, mas é o que acaba acontecendo quando se faz dois shows por dia. Quero dizer, não pode ser: você dá o seu melhor durante uma hora e meia ou duas horas de show, bota tudo para fora, é uma efusão de física de energia. Depois você para por uma hora e volta para fazer um segundo show. De onde tirar energia? Exige demais de você."
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O Retorno do ReiAutor: Gillian G. Gaar
Editora: Madras
Páginas: 272
Quanto: R$ 41,90
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
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