Ele a mantinha em cárcere privado há mais de 16 horas
Do R7, com Correio do Povo

Depois de 16 horas, terminou com duas mortes o cárcere privado em uma casa de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Pouco antes das 8h desta segunda-feira (20), foram ouvidos disparos de arma de fogo e a BM (Brigada Militar) invadiu o local. De dentro da casa, foram retirados o homem e a ex-mulher baleados e conduzidos de ambulância ao hospital de Guaíba. Meia hora depois, a polícia confirmou que ambos estavam mortos.O caso, segundo a Brigada Militar, teria começado pouco depois das 15h30 deste domingo (19), quando o casal separado se encontrou em um posto de combustíveis. Os dois teriam discutido até a antiga moradia do casal, onde então o homem teria decidido manter a ex-companheira refém na casa. Por volta das 17h, a Brigada foi acionada por familiares do próprio sequestrador, que habita uma casa no mesmo pátio onde ocorreu o sequestro. O local foi isolado. O estopim da separação foi a suposta descoberta e denúncia da mulher à Polícia Civil de que o ex-companheiro molestava uma das enteadas.
Negociação
Por volta das 23h30 de ontem, o major Eduardo Amorin informou que um “bom diálogo” tinha sido estabelecido pelo negociador com o autor do cárcere. Conforme o oficial negociador, cujo nome e patente não foram revelados, o ex-marido aparentava estar mais calmo do que nos contatos anteriores.
- Este trabalho é uma questão de tempo e confiança.
A intenção da Polícia Militar gaúcha era esgotar as possibilidades de negociação antes de que uma medida mais dura pudesse ser assumida como solução para o drama. Amorin também informou que o fornecimento de energia elétrica foi mantido na casa e que a negociação continuaria sendo feita por telefone celular, com o intuito de garantir a rendição pacífica do homem e a integridade física da vítima.No início desta madrugada, o negociador da BM fez contato com a mulher e ela havia confirmado estar bem fisicamente e tranquila.
Pessoas moradoras da comunidade se alternaram diante do cordão de isolamento para observar o fato inusitado, mesmo sob condição de tempo instável. Um vizinho, que pediu para ter a identidade preservada, disse que o autor do cárcere era bastante conhecido, fazia bicos pela vizinhança e não demonstrava comportamento violento com a família.
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