Outro norte-americano revela estar por trás de blog lésbico

Um dia depois de a real identidade do blog "Uma Lésbica em Damasco" -- um estudante norte-americano heterossexual -- ser revelada, outro cidadão dos Estados Unidos revelou ser a mente pro trás de Paula Brooks, que dizia ser editora do site LezGetReal.com, de conteúdo voltado à comunidade gay.
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_{Perfil no Twitter da editora Paula Brooks, criada por Bill Graber}

Bill Graber, de 58 anos, residente no estado de Ohio, admitiu a farsa ao jornal norte-americano The Washington Post. De acordo com o britânico The Guardian, as dúvidas sobre a verdadeira identidade da blogueira se intensificaram após a revelação que a blogueira lésbica da Síria não existia. Mas as dúvidas aumentaram quando Graber enviou para vários meios de comunicação informações que apontavam um endereço IP de Edimburgo, Escócia. 'Paula Brooks' sempre negou dar entrevistas à imprensa, argumentando que era surda e que as conversas só poderiam acontecer com a companhia do pai. Pressionado pelo Washington Post, Graber admitiu que é o autor do site e que decidiu fazê-lo depois de ter testemunhado a forma como suas amigas lésbicas eram maltratadas.

"Amina"
Neste domingo (12/06), Tom MacMaster, um estudante norte-americano que vive na Escócia, admitiu ser Amina, uma blogueira síria dona do site "A Gay Girl in Damascus" (Uma menina gay em Damasco), ativo desde fevereiro, conquistou milhares de seguidores e grande atenção da imprensa. Na semana passada, foi noticiada a prisão da blogueira, mas, após uma investigação feita por blogueiros e jornalistas, MacMaster decidiu revelar sua identidade. "Quando o governo do meu país me sequestrar, muitos leitores não vão se importar com isso, porque vão pensar que posso ser outra Amina", alertou um ativista e blogueiro que vive no Líbano. Amina era Amina Abdalla Arraf al Omari, o personagem fictício criado pelo estudante para informar sobre as revoltas políticas na Síria através dos olhos de uma suposta lésbica de 25 anos, com dupla nacionalidade síria e americana. Seus relatos no blog incluíam dados sobre suas relações sentimentais e a vida social, além de críticas ao governo e reflexões sobre o momento político no país. A suposta autora do blog inclusive deu entrevistas à imprensa, como à agência norte-americana Associated Press, respondendo a perguntas enviadas por e-mail. "Não acho que tenha prejudicado ninguém (...) Só espero que as pessoas prestem a mesma atenção as pessoas do Oriente Médio e a sua luta neste ano de revoluções. Os eventos modelam as pessoas que os vivem diariamente. Eu só tentei adaptá-los para uma audiência ocidental", escreveu MacMaster.