Carlos Kaspchak/Especial para o UOL NotíciasEm Curitiba
Louise Sayuri Maeda desapareceu na noite do último dia 31, em Curitiba (PR)
A Polícia Civil mudou a linha de investigação do assassinato da universitária Louise Sayuri Maeda, 22, desaparecida e morta no último dia 31 de maio depois de sair do trabalho em Curitiba (PR). A Delegacia de Vigilância e Capturas descartou a hipótese de desvio de dinheiro da iogurteria, na qual a vítima trabalhava como supervisora, como motivação do crime. A nova linha de investigação é mantida em sigilo.
O delegado Marcelo Lemos de Oliveira, entretanto, afirma que as colegas de trabalho ainda são suspeitas de cometer o crime.Hoje foram ouvidos diretores da empresa em que Louise trabalhava e, até dia 31 de maio, data do crime, não foi constatada nenhuma irregularidade financeira. “Passamos a trabalhar em outra direção, que no momento não pode ser divulgada”, comentou o delegado.As colegas de trabalho de Louise, Fabiana Perpétua de Oliveira, 20, e Márcia do Nascimento, 21, continuam presas. Louise desapareceu depois de sair do trabalho com as duas.Elvis de Souza, 20 anos, apontado como possível assassino da jovem, ainda continua foragido. Mas o delegado acredita que a prisão é uma “questão de horas”. Na casa dos pais do suspeito, a polícia recuperou a bolsa de Louise. “A delegacia tem recebido várias denúncias sobre a localização do suspeito e investiga as informações”, informou Oliveira.O corpo de Louise foi encontrado na sexta-feira (17), no bairro Campo de Santana, já em decomposição perto de um rio. Exames no Instituto Médico-Legal comprovaram que Louise foi morta com dois tiros na cabeça. O corpo foi liberado para a família na manhã desta terça-feira (21).
Segundo informações dos familiares, o corpo da universitária será cremado nesta quinta-feira (23), às 11h, no Crematório Vaticano, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana. O velório será aberto às 9h, na Capela Vaticano, em Curitiba.
Como foi o crime, segundo a polícia
Segundo o delegado, as contradições nos depoimentos de Fabiana levaram a polícia a desconfiar das versões apresentadas. Foi encontrado ainda, com Márcia, a outra acusada, uma quantia de R$ 2,4 mil, o que seria incompatível com a sua renda.“Fabiana disse que se despediu da Louise e que foi pegar o ônibus para ir para casa. Mas nas imagens de vigilância, que conseguimos de um estacionamento, ela não apareceu. Foi a primeira mentira. Depois nós descobrimos, pelo cartão de usuário do transporte coletivo, que ela não tinha pegado ônibus naquela noite. Foi a segunda mentira”, disse o delegado ao
UOL Notícias.Segundo o delegado, depois do encontro todos foram no carro do rapaz em direção ao bairro Tatuquara, onde Fabiana mora. “No caminho, a Márcia simulou estar passando mal e eles desceram do carro. E a Fabiana disse que a Márcia a mandou colocar as mãos nos ouvidos e aumentar o som e se afastou com Élvis e Louise”.Na volta, contou Oliveira, Márcia disse para Fabiana, ao ser questionada sobre onde estava a colega, que ela ‘ficou no mato’. O delegado afirmou ainda que Fabiana confirmou no depoimento que ouviu os disparos feitos naquela hora, mas que não fez nada a respeito.Nos depoimentos, tanto Márcia como Fabiana, confessaram ser usuárias de cocaína. “Mas isso não significa que o crime tenha o tráfico como motivação”, explicou o delegado.
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