quinta-feira, 2 de junho de 2011

Rolo previsto-Comissão convoca Palocci e provoca batalha política na Câmara

A oposição quer que o ministro da Casa Civil explique sua evolução patrimonial. O deputado Marco Maia suspendeu a convocação até decidir se o resultado da votação será mantido.

 
 
A convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, por uma comissão da Câmara provocou uma batalha política em Brasília. A oposição quer que o ministro explique sua evolução patrimonial.
Durante o debate do requerimento, os aliados foram orientados sobre a importância da votação. “Eu faço um apelo aos nossos companheiros do PMDB para votar contra a convocação do senhor ministro”, disse o deputado Moacir Micheletto.A comissão estava cheia quando o presidente Lira Maia, do Democratas, anunciou a votação simbólica: “Vamos votar o requerimento. Senhores parlamentares que são favoráveis ao requerimento permaneçam como estão”
Em sete segundos, o resultado: “Aprovado o requerimento”, declarou o presidente da Comissão de Agricultura, o deputado Lira Maia.Os governistas protestaram, acusaram o presidente de manipular o resultado da votação: “A manifestação majoritária foi contra, só que ele anunciou um resultado contrário. Ele mentiu, ele mentiu”, afirmou o deputado Bohn Gass.Para o líder do Democratas, os governistas cochilaram: “Os deputados do governo não reagiram levantando a mão. A votação foi legítima e a convocação foi aprovada”, esclareceu o deputado ACM Neto.Os líderes governistas estavam reunidos com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto quando foram informados do resultado e demonstraram revolta com o que chamaram de golpe da oposição.“O ministro será convocado porque o regimento não dá guarida para nenhum tipo de golpe”, afirmou o deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara.Os governistas recorreram ao presidente da Câmara. O deputado Marco Maia suspendeu a convocação de Palocci até decidir se o resultado da votação será mantido.A convocação ocorreu exatamente no dia em que a presidente Dilma Rousseff ofereceu um almoço para os senadores do PMDB no Palácio da Alvorada. O partido é peça fundamental na estratégia para proteger o ministro da Casa Civil.
Os peemedebistas saíram satisfeitos da conversa: “O presidente Michel Temer participou do almoço, mostrou que o PMDB está afinado e mostrou que não há nenhum tipo de mal estar. Portanto, qualquer tipo de episódio passado já é superado” declarou Romero Jucá, líder do governo no Senado.
A assessoria do presidente da Câmara, Marco Maia, informou que a suspensão da convocação está prevista no regimento da Casa, quando existe uma questão de ordem. Ele deverá decidir sobre isso até a próxima terça-feira.

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