ANDRÉ CARAMANTE/FOLHA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira, em Osasco (Grande São Paulo), o homem acusado de atirar contra o estudante da USP Felipe Ramos Paiva,foto ao lado, 24, morto dentro da universidade, na noite do dia 18 de maio. O suspeito foi preso por porte ilegal de arma após ser denunciado por outro acusado de envolvimento no crime, Irlan Graciano Santiago, 22.
Santiago se apresentou no dia 9 de junho à polícia e confessou a participação no crime, mas disse que seu parceiro é quem tinha atirado contra o estudante. Na época, ele chegou a dizer que não revelaria o nome do autor dos disparos em nome da 'ética do crime'. Após se apresentar à polícia, ele chegou a ser liberado, já que não houve flagrante e Santiago não tem antecedentes criminais. Ele foi preso, no entanto, no dia 16, após a prisão preventiva ser decretada pela Justiça. Informações indicam que ele revelou o nome do cúmplice durante a reconstituição do crime. De acordo com o depoimento de Santiago à polícia, uma mulher em um Ecosport escuro foi abordada antes de Paiva. A dupla resolveu não assaltar a mulher após perceber que ela era deficiente, mas pediu que ela dirigisse até eles encontrarem outra vítima. Foi quando avistaram Paiva.
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Imagem de circuito interno mostra suspeito no saguão da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade |
Santiago disse que ele ficou no Ecosport, ao lado da motorista, enquanto o parceiro desceu. Paiva teria reagido e acertado dois socos e, por isso, o comparsa atirou. Os dois fugiram no Ecosport.
O estudante foi encontrado caído ao lado de seu carro --um Passat preto blindado--, que estava com a porta do motorista aberta. Não foi possível socorrê-lo. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) divulgou, logo após o crime, imagens que mostram dois suspeitos de participação no assassinato do estudante. Os dois homens --que não são alunos da USP-- aparecem em imagens de circuito interno saindo do saguão do prédio da FEA minutos antes do crime.
Só no dia 20 de maio, durante investigação do crime, oito pessoas foram averiguadas e liberadas em seguida pela polícia.
VIGILÂNCIA
A Polícia Militar aumentou sua presença no campus da USP após o assassinato do estudante.
Segundo a PM, o efetivo mais que dobrou em alguns momentos do dia e passou a contar com carros da força tática, radiopatrulhas e mais motocicletas, sobretudo à noite. Alegando "questões estratégicas", a PM não revelou o efetivo usado na USP.
A USP registrou ao menos cinco casos de sequestros-relâmpagos dentro da Cidade Universitária entre os meses de março e abril.
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