O sócio-proprietário da boate gay Stravanganza, Leandro Aparecido da Silva, de 29 anos, e outras duas garotas lésbicas, registraram denúncias junto ao 4º Batalhão da Polícia Militar, nesta segunda-feira (18), relatando que dois oficiais da corporação os teriam agredido verbalmente por serem homossexuais. A situação teria ocorrido na última sexta-feira (15), por volta das 15h, na Praça Raposo Tavares, Centro de Maringá.Segundo Leandro, os três estavam sentados na praça, após sair do sepultamento de um amigo, quando a viatura dos policiais chegou e os oficiais iniciaram uma revista."Quando eles perceberam que se tratava de garotas, os policiais a insultaram, falando que era para elas tomarem vergonha na cara e se vestirem como mulheres", conta o empresário. As duas jovens, de 18 e 24 anos, vestiam camiseta, calça jeans e boné. Uma delas possui o cabelo curto.
Em seguida, os policiais teriam questionado a profissão dos integrantes do grupo. "Quando uma das garotas contou que trabalhava em um lava a jato, um deles disse 'essa é macho mesmo, tem até profissão de homem"', afirma Silva.Conforme o empresário, um dos policiais o teria ofendido enquanto o revistava. "Ele disse "bom, se elas são os homens, você com certeza é a mulher"', relata.Logo após, os policiais iniciaram a revista também nas meninas, infringindo a legislação, que prevê que apenas policiais femininas podem revistar mulheres. "Eles disseram que já que as meninas se vestiam igual homem, iam tomar batida igual homem", conta.
Silva relata que os policiais só foram educados após ele dizer que era professor de português e sócio-proprietário da boate Stravaganza. "Não questiono a batida, pois é trabalho dos policiais fazer isso, mas eles foram extremamente autoritários e preconceituosos. É difícil aceitar tal situação", afirma.O empresário, um dos líderes do movimento gay na cidade, se entristece com o fato. "Há um mês fizemos a caminhada anti-homofobia, que terminou na Praça Raposo Tavares, e foi justamente neste local que passei uma das situações mais constrangedoras da minha vida", ressalta.
Investigação
Segundo o tenente Cláudio Rocha, do 4º Batalhão da PM, um processo administrativo foi aberto e a situação está sendo investigada. "Vamos ouvir os oficiais envolvidos e também as testemunhas", afirma. Ele diz que, se comprovada a denúncia, o caso será encaminhado para a Justiça Militar.O tenente ressalta que tal procedimento é repugnado pela corporação. "A Polícia Militar condena atos de homofobia e não compactua com qualquer tipo de discriminação. Se isso aconteceu, foi uma atitude isolada desses policiais. Desconheço qualquer outra situação semelhante na história do nosso batalhão", ressalta Rocha.
Em seguida, os policiais teriam questionado a profissão dos integrantes do grupo. "Quando uma das garotas contou que trabalhava em um lava a jato, um deles disse 'essa é macho mesmo, tem até profissão de homem"', afirma Silva.Conforme o empresário, um dos policiais o teria ofendido enquanto o revistava. "Ele disse "bom, se elas são os homens, você com certeza é a mulher"', relata.Logo após, os policiais iniciaram a revista também nas meninas, infringindo a legislação, que prevê que apenas policiais femininas podem revistar mulheres. "Eles disseram que já que as meninas se vestiam igual homem, iam tomar batida igual homem", conta.
Divulgação

O empresário Leandro Aparecido Silva: "Foi uma situação muito humilhante"
Investigação
Segundo o tenente Cláudio Rocha, do 4º Batalhão da PM, um processo administrativo foi aberto e a situação está sendo investigada. "Vamos ouvir os oficiais envolvidos e também as testemunhas", afirma. Ele diz que, se comprovada a denúncia, o caso será encaminhado para a Justiça Militar.O tenente ressalta que tal procedimento é repugnado pela corporação. "A Polícia Militar condena atos de homofobia e não compactua com qualquer tipo de discriminação. Se isso aconteceu, foi uma atitude isolada desses policiais. Desconheço qualquer outra situação semelhante na história do nosso batalhão", ressalta Rocha.
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