Valor em reais, dólares e euros teria sido apreendido na casa dela.Promotora é acusada de elo com suposto esquema do mensalão do DEM.
Deborah Guerner ao passar mal durante julgamento
de abertura de ação penal no TRF-1 (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)
A promotora Deborah Guerner, que responde por envolvimento no suposto esquema chamado de mensalão do DEM de Brasília, pediu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) restituição de R$ 280 mil apreendidos na casa dela pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Caixa de Pandora, segundo informações do advogado Paulo Sérgio Leite Fernandes.Segundo Fernandes, os valores foram apreendidos em reais, dólares e euros e têm origem lícita, comprovada por meio de extratos bancários e da declaração de imposto de renda. O pedido foi protocolado no TRF-1 no fim da semana passada.A promotora e o ex-procurador de Justiça Leonardo Bandarra são acusados de envolvimento no suposto esquema de pagamento de propina, descoberto pela PF e que resultou na saída do ex-governador José Roberto Arruda do cargo.Segundo denúncias do delator do suposto esquema, Durval Barbosa, os dois acusados teriam cobrado R$ 2 milhões do ex-governador para não divulgarem o vídeo em que Arruda aparece recebendo dinheiro de Barbosa. O ex-procurador-geral do Ministério Público e a promotora negam as acusações.de abertura de ação penal no TRF-1 (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)
O criminalista Paulo Sérgio Leite Fernandes informou que o dinheiro apreendido pela PF é necessário para o tratamento da promotora. Segundo a família e os advogados, Deborah Guerner passa por tratamento psiquiátrico em razão de um transtorno bipolar que teria piorado após as denúncias de envolvimento no suposto esquema do mensalão do DEM."O dinheiro era destinado ao tratamento da doutora Deborah que é caríssimo e não é amparado pelo plano de saúde. O dinheiro tem suporte nas declarações de imposto de renda. Não é crime manter dinheiro vivo em casa", afirmou Paulo Sérgio Leite Fernandes.Ele ressaltou que apreensões desse tipo "são muito delicadas porque às vezes o dinheiro apreendido pertence legitimamente ao investigado".No começo de agosto, a promotora deixou de receber salário pelo Ministério Público do DF. No dia 17 de maio, o CNMP pediu a demissão da promotora Deborah Guerner e de Leonardo Bandarra. Além dos processos judiciais, eles também são administrativamentepor crime de violação de sigilo funcional, concussão (exigir dinheiro ou vantagem em razão da função que ocupa) e formação de quadrilha.
Aos poucos figuras incríveis, como o casal dublê de promotores e atores dramáticos Deborah Guerner e seu marido Jorge conseguem, com relativa competência teatral e desfaçatez, a custo do sepultamento da razão, o protagonismo da cena política brasileira. Mais uma vez, tentam influenciar, confundir e ameaçar a opinião pública, por meio de ardis, mesuras, pantomimas, que, se não fossem tão ridículas, teríamos de aceitar goela abaixo. Agora, se é verdade que esse casal tentou extorquir o ex-governador Arruda e que a tal fita usada pelo dublê de delator e criminoso Durval Barbosa para incriminar o Arruda, teria sido gravada num período diferente deste que se tentou fazer acreditar, não está na hora da própria imprensa investigar toda essa lama com mais rigor?
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