A Igreja Católica da Bélgica fará um acompanhamento psicológico dos seminaristas que queiram se tornar padres para impedir que potenciais pedófilos ingressem na instituição, segundo anunciou o responsável máximo do catolicismo no país.
As autoridades eclesiásticas pretendem evitar que se repitam casos como os que vieram à tona nos últimos 25 anos, com mais de 450 casos de pedofilia por parte de religiosos e 13 suicídios de vítimas. A Igreja irá contratar psicólogos para estudar o perfil dos homens que ingressam no seminário, assim como sua formação e seu desenvolvimento acadêmico e pessoal, segundo disse o arcebispo de Mechelen-Bruxelas, André-Joseph Léonard. Os candidatos a padres realizarão um exame psicológico para ter acesso à formação eclesiástica, o que impediria que potenciais pedófilos se tornassem religiosos, explicou Léonard em entrevista concedida na noite de segunda-feira (19/09) ao canal VTM e divulgada nesta terça-feira pela imprensa belga. Além disso, está sendo elaborado um código de conduta para prevenir possíveis abusos de crianças, que será divulgado ao público, disse o chefe da igreja belga.
Denúncia
Na semana passada, um grupo de 70 pessoas que sofreu abusos sexuais na infância por parte de religiosos na Bélgica apresentou uma denúncia contra o Vaticano e altos cargos da Igreja Católica.
O processo foi feito no tribunal de primeira instância de Gent (nordeste do país), com o objetivo de denunciar a responsabilidade civil da Igreja Católica na Bélgica e no Vaticano nesses supostos abusos, assim como pedir uma indenização pelos danos causados. Nesta mesma semana, uma organização de apoio a vítimas de abusos sexuais da Alemanha, Bélgica, Holanda e Estados Unidos apresentou outra denúncia contra o Vaticano, incluindo o papa e três importantes cardeais, na Procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) por acusações de crimes contra a humanidade.
OPERA MUNDI
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