O impasse prejudica os consumidores porque nos processos de revisão, pelos quais as empresas passam a cada quatro anos, em média, normalmente há redução das tarifas. Nos reajustes anuais, ao contrário, são feitos os repasses da alta dos custos, que provocam na maioria das vezes o aumento dos valores.
Em São Paulo, quatro empresas estão com o processo atrasado: Elektro, Eletropaulo, Bandeirante e CPFL Piratininga. A Celpa, no Pará, e a Coelce, no Ceará, também. Especialistas apontam que poderia haver queda média de cinco pontos percentuais nas tarifas nesta revisão, que deveria ter ocorrido em abril. O atraso ocorre porque empresas e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) discordam da metodologia. A agência apresentou as novas regras ao setor no fim de 2010, baixando a taxa de retorno do capital das empresas de 9,95% para 7,15%. As concessionárias contavam com a queda, mas esperavam algo em torno de 8,5%, e não aceitaram os novos valores.
Danilo Bandeira/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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