MARCUS PRETO/FOLHA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO

O segmento "axé in Rio" do festival é inaugurado com um show de Claudia Leitte, que se apresenta no Palco Mundo antes das gringas Katy Perry e Rihanna. A Folha passou três dias à procura de Claudia, buscando informações de como é ser uma estrela do axé na Cidade do Rock. Inútil. A cantora, segundo informou sua assessoria, passou os últimos tempos "internada em um estúdio", "ensaiando para o Rock in Rio", "trancada só com músicos e coreógrafos".
Ao que parece, pretende mostrar no festival alguma coisa diferente de sua micareta habitual.
Lourival Ribeiro/SBT | ||
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Ivete Sangalo e Claudia Leitte nos bastidores do SBT |
Já Ivete Sangalo, que faz show no mesmo palco na sexta que vem --antes de Lenny Kravitz e Shakira--, afirma que não vai mudar um pingo de sua rotina para a apresentação no Rock in Rio.
"É um show de axezão total. Axé na veia! Quero me divertir", diz. Para Ivete, nos dias atuais, é inevitável que o pop invada espaços originalmente destinados ao rock.
"Não tem como não ser assim. Nessa diversidade, nessa globalização, é ignorância segmentar."
Pop é o novo rock? "Não. Pop é pop, rock é rock, axé é axé. A gente se mistura inconscientemente. Mas, se um festival impuser ao público um único segmento, nunca vai conseguir fazer 300 dias de festa, todos cheios de gente", afirma a cantora.
SEM RECEIO
Experiências históricas dizem que nem sempre essa mistura funcionou. Baiano como Ivete, o músico Carlinhos Brown levou garrafada do público roqueiro na edição 2001 do evento.
"Não tenho medo nenhum disso", diz Ivete. "Especialmente em se tratando da minha música em meu país. É uma situação muito favorável. O povo quer muito bem a mim. Seria muita falta de autoestima recear tocar aqui."
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