Estado australiano de Queensland aprova uniões homossexuais

DA EFE, EM SYDNEY

O Parlamento do estado australiano de Queensland aprovou uma lei que reconhece as uniões civis das pessoas de mesmo sexo a partir do início do próximo ano, informa nesta quinta-feira a imprensa local.
A lei foi aprovada por 47 votos a favor e 40 contra em uma sessão legislativa.
Além de Queensland, os Estados de Victoria, Nova Gales do Sul e Tasmânia e o Território da Capital Australiana (ACT, na sigla em inglês) reconhecem as uniões civis de pessoas do mesmo sexo.
No Parlamento estadual, a premiê de Queensland, Anna Bligh, disse que a lei "busca derrubar os preconceitos e a discriminação", segundo a emissora local ABC. Antes, o subchefe do governo de Queensland, Andrew Fraser, havia dito que a união civil de casais do mesmo sexo está de acordo com a Constituição, pois "se trata de um assunto completamente diferente ao casamento". Os deputados do Partido Trabalhista (governista) debaterão no fim de semana sua postura em relação à legalização dos casamentos homossexuais, que sofre oposição da primeira-ministra australiana, Julia Gillard. Estima-se que, na conferência dos trabalhistas deste fim de semana, o tesoureiro do ACT, Andrew Barr, apresente uma proposta de emenda à lei de casamentos para permitir o matrimônio de todos os casais, sem distinção de sexo. A iniciativa será apoiada pela ministra de Finanças da Austrália, Penny Wong, que se declarou publicamente homossexual.
Na Austrália, uma nação com uma sociedade dividida entre os valores puritanos e os avanços em favor do respeito às minorias sexuais, as pesquisas de opinião indicam que a maioria da população apoia o casamento homossexual.