terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sul-africano diz ser cantor 'morto' sequestrado por zumbis

Homem diz ter sido mantido dois anos em caverna; família diz que ele é genuíno, mas polícia exige teste de DNA para provar identidade.

BBC

Um sul-africano que afirma ser um famoso cantor considerado morto está sob custódia policial até que sua identidade seja determinada.
O homem afirma ser Khulekani 'Mgqumeni' Khumalo, premiado cantor de música típica da etnia zulu, que teria aparentemente morrido em 2009.Ele apareceu na casa da família na semana passada afirmando ter sido sequestrado por zumbis.
Sua família, incluindo duas esposas, diz que ele é mesmo o cantor supostamente morto, mas a polícia diz que ele será acusado de fraude se testes de DNA revelarem que mente.A correspondente da BBC no local Nomsa Maseko diz que a polícia espera o resultado dos testes até o final da semana e, até lá, o homem permanecerá preso.Ela diz que se o DNA for o de Khumalo, a polícia terá que entrar na Justiça para exumar o corpo enterrado no início de 2010 em um funeral que causou comoção no país e teve a presença de políticos, imprensa e fãs.
Feitiçaria
Maseko afirma que o caso vem gerando grande interesse na África do Sul e, no domingo, milhares de fãs foram até a cidade de KwaZulu-Natal para a 'apresentação' oficial do homem.
A polícia usou canhões de água para controlar a multidão, que buscava um melhor lugar para ver aquele que dizia ser Khumalo.Usando um alto-falante, ele disse aos seus fãs que não estava morto, mas desapareceu após ser vítima de feitiçaria.Ele disse ter sido mantido em uma caverna por dois anos, onde teria sido forçado a cantar e comer lama para se manter vivo.'Sempre estive vivo. Perdi muito peso, mas sou eu', disse ele ao jornal Times do país. O homem não usava as características tranças rastafari do cantor e ignorou pedidos de fãs para que cantasse. Ao invés disso, ele recitou nomes de membros de seu clã, segundo o jornal.
A crença em feitiçaria é comum na África do Sul, especialmente em regiões rurais.
A polícia da África do Sul diz estar tratando o caso como uma investigação criminal.

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