Longa arrecadou mais de US$ 230 milhões no mercado internacional.
Série foi encerrada já nos anos 90 com 'O Poderoso Chefão: Parte III'.
Marlon Brando em cena do filme 'O poderoso
chefão' (Foto: Divulgação)
Um diretor inexperiente, como Francis Ford Coppola, e um ator supostamente acabado, como Marlon Brando, aparecem como responsáveis por uma obra prima sem paliativos na história do cinema: "O Poderoso Chefão", que se transformou em um verdadeiro clássico e não perdeu seu vigor mesmo 40 anos depois.O cinema de grande formato parecia coisa do passado. A grandiosidade épica era vinculada à última época dos grandes estúdios, uma relíquia que só diretores como David Lean sabiam realizar com dignidade. Mas, um jovem diretor ítalo-americano chamado Francis Ford Coppola, que tinha escrito o roteiro de "Patton" e dirigido filmes medianos, encontrou no descalabro moral um novo código mitológico, assim como no proceder mafioso uma nova poética da violência e nas ruas de Nova York uma interminável paisagem de corrupção fascinante.Apesar da desconfiança do projeto com a apologia da "Máfia", uma palavra que não podiam usar, Coppola começou a traduzir o livro de Mario Puzo ("The Godfather") em imagens que combinavam o clima siciliano com a dinâmica implacável do capitalismo na sociedade americana do século XX.chefão' (Foto: Divulgação)
Os Coppolas, como se fossem um clã de mafiosos em si mesmos, também serviram de inspiração para outras partes do filme, se transformando em "O Poderoso Chefão". De fato, Coppola é o nome de um tradicional chapéu siciliano.Para representar o verdadeiro Poderoso Chefão, o personagem Don Vito Corleone, Francis Ford Coppola convidou o que considerava o melhor ator de todos os tempos, Marlon Brando, que foi transformado em um carismático, agressivo e elegante ancião. Com este trabalho, o ator ganhava seu segundo Oscar.
O elenco ainda contaria com três atores secundários que se enfrentaram pelo mesmo Oscar - Al Pacino, Robert Duvall e James Caan - e com uma jovem Diane Keaton, que se inspirou na esposa do diretor, Eleanor Coppola, para construir o personagem de Kay Adams.Para acompanhar as lendárias mortes, que eram cinematograficamente sofisticadas, Coppola usou uma trilha sonora inesquecível e que resgatava os melhores títulos de Nino Rota no cinema italiano. A fotografia, assinada por Gordon Willis, também se destacou na composição do filme."O Poderoso Chefão", além de ser artisticamente impecável e socialmente influente, continua sendo o mais pontuado na "bíblia on-line do cinema", o site Internet Movie Data Base (www.imdb.com), e se transformou rentabilíssimo economicamente. Na época, o orçamento do filme contou com US$ 6 milhões, mas o filme arrecadou mais de US$ 230 milhões no mercado internacional depois de seu estreia, no dia 15 de março de 1972. A rentável bilheteria se tornou um recorde e conseguiu desbancar a marca do filme "E o Vento Levou".É claro que esse sucesso inicial supôs o princípio de uma histórica trilogia, que para muitos continuou com um filme ainda melhor, "O Poderoso Chefão: Parte II". A série foi encerrada já nos anos 90 com "O Poderoso Chefão: Parte III".
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