segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Porta-voz de Woody Allen diz que alegações sobre abuso são "inverídicas"

Leslee Dart, porta-voz de Woody Allen, comentou neste domingo (2) as alegações de que o cineasta teria abusado sexualmente da filha adotiva Dylan Farrow, quando ela tinha sete anos. De acordo com nota reproduzida pelo site The Wrap, as alegações são "inverídicas e nojentas". Em comunicado divulgado em resposta a uma carta aberta divulgada por Dylan neste sábado, no site do jornal "The New York Times", em que ela volta a acusar o pai adotivo de abuso sexual, o assessor lembra que o caso contra Allen foi arquivado nos anos 90 sem que nada tivesse sido provado.

Segundo Dart, Allen irá se pronunciar pessoalmente sobre a carta. Aos veículos de imprensa que têm coberto a história, o assessor afirma: "Nesse intervalo, é essencial que a cobertura de vocês deixe claros os seguintes FATOS [grifo do assessor]: Naquela época, uma investigação aprofundada foi conduzida por profissionais independentes indicados pela Justiça. Os experts concluíram que não havia evidências factíveis de molestação; que Dylan Farrow era incapaz de distinguir entre fantasia e realidade; e que Dylan Farrow aparentemente tinha sido instruída pela mãe, Mia Farrow [a sustentar as acusações de abuso]. Nenhuma acusação jamais foi formalmente aceita." Adotada por Allen e pela atriz Mia Farrow no tempo em que viveram juntos, Dylan diz na carta que "quando eu tinha sete anos, Woody Allen me pegou pela mão e me levou para um sotão mal-iluminado no segundo andar de nossa casa. Ele me mandou deitar de barriga para baixo e brincar com os trens elétricos de meu irmão. Ele então abusou sexualmente de mim. Ele falava enquanto fazia, murmurando que que eu era uma boa menina, que isto era nosso segredo, prometendo que nós iríamos a Paris e que eu seria uma estrela do cinema." Em 1992, Mia Farrow denunciou Woody Allen por ter supostamente abusado de Dylan. As alegações foram apresentadas no momento em que a atriz estava em uma disputa intensa com o cineasta depois de ter descoberto que ele mantinha uma relação com outra das filhas adotivas da atriz, Soon-Yi Previn, que na época tinha 20 anos e depois casaria com Allen. Filha adotiva de Woody Allen repete acusação de abuso sexual em carta 

A filha adotiva de Woody Allen, Dylan Farrow, revisitou no sábado sua acusação de abuso sexual contra o cineasta em uma carta publicada no site do jornal New York Times, questionando a aclamação de Allen em Hollywood. A renovação das acusações contra Allen ocorre pouco antes da premiação do Oscar deste ano. O cineasta de 78 anos foi indicado para melhor roteiro original por seu drama "Blue Jasmine", estrelado por Cate Blanchett. Allen nunca foi preso ou processado no caso, depois de uma investigação da polícia estadual em Connecticut, onde Mia Farrow e seus filhos viviam. Mia Farrow, que era namorada de longa data de Allen, se separou do cineasta em 1992 em meio a revelações de que Allen teve um caso com a filha adotiva de Farrow, Soon-Yi, então com 22 anos. Na época da separação, Mia Farrow acusou Allen de abusar de Dylan, que tinha sido adotada por Allen. A carta de Dylan Farrow no blog do jornalista do New York Times Nicholas Kristof marca a primeira vez que ela escreveu publicamente sobre as acusações. No texto, Dylan Farrow, atualmente com 28 anos, escreveu que Allen um dia levou-a a um sótão em sua casa quando ela tinha 7 anos de idade. "Ele me disse para deitar de costas e brincar com o trem elétrico de meu irmão. Então ele abusou de mim sexualmente", disse Dylan Farrow. Kristof escreveu anteriormente uma coluna sobre o caso e disse em seu blog que Allen "merece a presunção de inocência", mas que é "hora de que o mundo ouça a história de Dylan em suas próprias palavras". Representantes de Allen não retornaram ligações nem e-mails solicitando comentários sobre o assunto no sábado. No texto, Dylan Farrow questionou a participação de atores famosos nos filmes de Allen e sua indicação para o Oscar. "Por muito tempo, a aceitação de Woody Allen me silenciou", escreveu. "Parecia uma censura pessoal, como se os prêmios e elogios fossem uma maneira de me dizer para calar a boca e ir embora", acrescentou.

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