Ele tem 17 anos, toca oito instrumentos e está com mais de 100 shows marcados para 2011
Leopoldo Mateus. Edição: Luís Antônio Giron
PRECOCE
Adair Cardoso e seu violão. Ele dá shows desde os 7 anos, para sustentar os pais e cinco irmãos
Adair Cardoso e seu violão. Ele dá shows desde os 7 anos, para sustentar os pais e cinco irmãos
Os hits sertanejos do verão Tem trilha sonora para romance sensual, choroso, vingativo e que faz passar mal. Para cantar e se apaixonar | |
Química do amor Luan Santana Aos 19 anos, o sul-mato-grossense detém vários recordes. Tem média mensal de 2 milhões de pessoas em seus shows, mais de 900 mil seguidores no twitter e cobra r$ 300 mil por apresentação. Canta sucessos como “Meteoro”, “Tô de cara” e “Sinais” | |
Tô passando mal Fernando & Sorocaba Donos de um ritmo empolgante e uma batida muito peculiar, a dupla é autora de sucessos como “Madrid”, “Até o final” e “Celebridade”. Sorocaba compõe a maioria das músicas da dupla e também sucessos de outros cantores. “Meteoro” e “Você não sabe o que é amor” ganharam notoriedade na voz de Luan Santana | |
Que se dane o mundo Adair Cardoso Mais um filho do centro-oeste a se destacar no sertanejo universitário, adair, de 17 anos, estourou com “Que se dane o mundo”, em Malhação. Mais nova revelação, prepara agora o sucesso Chora coração, que chega às lojas no fim do mês | |
O troco Maria Cecília e Rodolfo Única dupla de gênero misto do sertanejo universitário, eles são apadrinhados de Jorge & Mateus. Conheceram-se enquanto cursavam zootecnia, em campo grande. “Os dias vão” e “Tchau tchau” tornaram os dois conhecidos em todo o país | |
Se eu chorar / Aí já era / Chove Jorge & Mateus A dupla do momento. Estouraram em 2009 com a música “De tanto querer”, na trilha da novela Favorita. Em outubro do ano passado, lançaram o cd Aí já era, na cidade natal dos dois, Itumbiara, em Goiás. Várias das músicas do álbum lideram as paradas de sucesso, como “Mil anos” e “Chove” |
Quando Adair fez 13 anos, Orlando firmou um contrato com Waguinho para ser seu empresário. Com o lançamento do primeiro CD, Coração adolescente, eles decidiram que seria melhor o garoto se mudar para Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, onde Waguinho morava. Adair foi com seu irmão. O resto da família seguiu depois. “Os irmãos largaram namoradas e uma vida para trás. Todos apostavam no sucesso dele”, diz Waguinho. “Minha vida mudou completamente”, diz Adair.
Logo no primeiro ano em Minas, Adair fez 40 shows. O cachê variava entre R$ 8 mil e R$ 10 mil. De lá para cá, Waguinho investiu mais de R$ 2 milhões no rapaz. Procurou um parceiro para dividir as despesas e alçar voos maiores. Hoje, ele conta com uma estrutura grande. Viaja o Brasil inteiro de avião e, pelo chão, é seguido por um ônibus com uma comitiva de 22 pessoas, entre músicos e técnicos.
O ano passado foi um marco na carreira de Adair. Contatos na Som Livre propiciaram matar dois coelhos com uma cajadada só, como se diz em Minas. Foi possível gravar o segundo CD por uma grande gravadora e colocar a canção de trabalho “Que se dane o mundo” como tema do casal protagonista de Malhação. “Quando o Waguinho ligou me contando, achei que ele estivesse de brincadeira”, diz o garoto. Adair só soube que sua música estaria na TV quatro dias antes. “A música de Fernando & Sorocaba só ficou três segundos no ar. Pensei que a minha ficaria só um, mas tocou inteira. Aí pensei: uai, o trem tá sério mesmo”, diz, mineiramente. O vídeo da música foi acessado mais de 3 milhões de vezes no YouTube.
“Acabou essa história de ficar pedindo aos prefeitos para o Adair tocar nas cidades. Agora todo mundo quer”, diz Waguinho. Só em dezembro, quando terminaram as aulas, o garoto fez 12 shows em seis Estados.
Flamenguista roxo, ele acaba de completar o ensino médio. Nunca teve dificuldades na escola e sempre gostou de biologia. Mas, por enquanto, faculdade não faz parte dos planos. “Agora é hora de fazer a carreira decolar.” O novo CD, Chora coração, só tem composições de Adair, que já se arrisca até em espanhol. “Sonho em fazer carreira internacional.” Neste ano, ele estreia um show em que dará canja com os vários instrumentos que toca. “Vou tocar um pouco de tudo para a galera”, diz.
Nos fins de semana, o campo de futebol e a piscina do clube são os destinos prediletos. Já está bem adaptado à cidade. “Divinópolis já é tranquilo pra mim. Saio bastante.” Ele faz sucesso com as meninas, mas, adepto da tendência “pego, mas não me apego”, opta por um número de namoradas inversamente proporcional ao nível de compromisso que está disposto a ter com elas. “Sempre um monte. Não pode ter uma só, não.” O garoto não sonha pequeno. Está juntando dinheiro para comprar um apartamento para a família – ele mora em um alugado – e já fala do carro que quer ganhar do empresário quando completar 18 anos, em junho. “Um BMW? Pode ser.” Mas os projetos pessoais param por aí. Ele não gosta de pensar a longo prazo. “Vivo o presente. Não sei nem se vou estar aqui amanhã.”
Quanto à vida de adulto que teve de levar desde criança, ele parece consciente da opção que fez. “Foi o que escolhi para mim. Me acostumei. Gosto de subir ao palco, cantar. O chato é que às vezes você está cansado e tem de cumprir o compromisso.”
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