Coronel falou por telefone à TV estatal do país deflagrado.
Ativistas tomaram 'drogas alucinógenas', disse o ditador.
O ditador da Líbia, Muammara Kadhafi, disse nesta quinta-feira (24) que os manifestantes que tomaram boa parte do país estão a serviço do líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama bin Laden, e que tomaram drogas alucinógenas.
A TV não mostrou imagens de Kadhafi, que falou por telefone a um apresentador da TV estatal líbia.
O ditador afirmou que o terrorista saudita estaria "manipulando" os líbios e instou a população a combatê-lo.
"Bin Laden. Este é o inimigo que está manipulando o povo", disse. "Não sejam enganados por Bin Laden".
Referindo-se aos confrontos violentos da cidade de Zuara nesta quinta, ele afirmou que o que ocorre lá é "uma farsa"."Vocês em Zawiya se voltaram para Bin Laden", afirmou. "Eles deram drogas a vocês".
"Meu poder na Líbia é simplesmente moral", disse.Ele também apelou aos cidadãos para que mantenham o país "calmo".Enquanto isso, aprofundava-se o caos no país deflagrado, com novos relatos de enfrentamentos entre forças leais ao governo e manifestantes. Iniciado na cidade de Benghazi, no leste do país, os confrontos chegaram à capital, Trípoli, e a outras regiões.O jornal 'Quryna', principal fonte de informação sobre a rebelião, afirmou que pelo menos 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em Zuara depois de confrontos nesta quinta.O número de mortos poderia subir, porque tiroteios estavam impedindo os feridos de chegarem ao principal hospital da cidade.Tobruk, Derna e Benghazi, o epicentro da rebelião, a 1.000 quilômetros de Trípoli, estão sob controle da oposição, segundo jornalistas e moradores.
Nesta região, limitada ao norte pelo Mediterrâneo e ao sul pelo deserto líbio, ficam as preciosas jazidas de petróleo que sustentam a economia do país.Enquanto nas cidades mais a oeste, incluindo a capital Trípoli, ainda são ouvidos tiros à noite, as ruas de Al-Baida, uma localidade costeira ao leste de Benghazi, estão tranquilas.Os muros repletos de impactos de bala são a prova da violência dos combates na cidade entre opositores e "mercenários" sob as ordens do "guia" Kadhafi.O número de vítimas desde o início da violenta repressão aos protestos é incerto.O governo deu, na quarta, um balanço de 300 mortos. A Ong Federação Internacional de Direitos Humanos falou em 640. Mas outros relatos falam em milhares de mortos nos enfrentamentos abertos entre tropas e manifestantes.
'Califado da al-Qaeda'
O governo líbio já havia argumentado que os manifestantes seriam elementos estrangeiros, cujo objetivo seria criar um "califado" da al-Qaeda no leste líbio, para a partir dali lançar ataques terroristas à Europa.
Mapa da Líbia (Foto: Editoria de Arte / G1)Na terça, Kadhafi já havia aparecido na TV. Em um discurso furioso, ele ameaçou os manifestantes e disse que só deixaria o poder morto, "como um mártir".Os protestos na Líbia foram inspirados pelas revoltas das últimas semanas que derrubaram os governos de Egito e Tunísia e se espalharam para outros países do Oriente Médio e do norte da África.A exemplo do que ocorreu naqueles países, a pressão internacional sobre Kadhafi cresce.EUA e União Europeia ameaçam co sanções, mas nada fizeram até agora, mantendo o foco em retirar seus cidadãos do país.
O secretário-geral da Otan (aliança militar que reúne EUA e europeu) descartou uma intervenção militar, e afirmou que ela teria de ser ordenada pela ONU.
A TV não mostrou imagens de Kadhafi, que falou por telefone a um apresentador da TV estatal líbia.
O ditador afirmou que o terrorista saudita estaria "manipulando" os líbios e instou a população a combatê-lo.
"Bin Laden. Este é o inimigo que está manipulando o povo", disse. "Não sejam enganados por Bin Laden".
Referindo-se aos confrontos violentos da cidade de Zuara nesta quinta, ele afirmou que o que ocorre lá é "uma farsa"."Vocês em Zawiya se voltaram para Bin Laden", afirmou. "Eles deram drogas a vocês".
"Meu poder na Líbia é simplesmente moral", disse.Ele também apelou aos cidadãos para que mantenham o país "calmo".Enquanto isso, aprofundava-se o caos no país deflagrado, com novos relatos de enfrentamentos entre forças leais ao governo e manifestantes. Iniciado na cidade de Benghazi, no leste do país, os confrontos chegaram à capital, Trípoli, e a outras regiões.O jornal 'Quryna', principal fonte de informação sobre a rebelião, afirmou que pelo menos 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em Zuara depois de confrontos nesta quinta.O número de mortos poderia subir, porque tiroteios estavam impedindo os feridos de chegarem ao principal hospital da cidade.Tobruk, Derna e Benghazi, o epicentro da rebelião, a 1.000 quilômetros de Trípoli, estão sob controle da oposição, segundo jornalistas e moradores.
Nesta região, limitada ao norte pelo Mediterrâneo e ao sul pelo deserto líbio, ficam as preciosas jazidas de petróleo que sustentam a economia do país.Enquanto nas cidades mais a oeste, incluindo a capital Trípoli, ainda são ouvidos tiros à noite, as ruas de Al-Baida, uma localidade costeira ao leste de Benghazi, estão tranquilas.Os muros repletos de impactos de bala são a prova da violência dos combates na cidade entre opositores e "mercenários" sob as ordens do "guia" Kadhafi.O número de vítimas desde o início da violenta repressão aos protestos é incerto.O governo deu, na quarta, um balanço de 300 mortos. A Ong Federação Internacional de Direitos Humanos falou em 640. Mas outros relatos falam em milhares de mortos nos enfrentamentos abertos entre tropas e manifestantes.
'Califado da al-Qaeda'
O governo líbio já havia argumentado que os manifestantes seriam elementos estrangeiros, cujo objetivo seria criar um "califado" da al-Qaeda no leste líbio, para a partir dali lançar ataques terroristas à Europa.

O secretário-geral da Otan (aliança militar que reúne EUA e europeu) descartou uma intervenção militar, e afirmou que ela teria de ser ordenada pela ONU.
Nenhum comentário:
Postar um comentário