sábado, 19 de março de 2011

Pesquisador ensina a fazer compras no supermercado sem gastar muito

O professor da USP mostra como conseguir fazer as compras com orçamento apertado: “Quanto menos desperdício a gente tiver, mais econômica fica a nossa alimentação”.

 
Boa alimentação dentro do orçamento é a especialidade de um pesquisador da Universidade de São Paulo. O doutor em nutrição preparou uma lista de passos fundamentais para quem não se perder no supermercado.
O primeiro é até engraçado: não ir ao supermercado com fome, por motivos óbvios. Número dois: comprar produtos não perecíveis em grande quantidade. Um exemplo é o arroz. “Cada vez que a gente compra um saco de cinco quilos, a gente está levando um quilo inteiro de graça. O preço do saco de cinco quilos equivale a quatro sacos de um quilo”, afirma o pesquisador Rafael Moreira Claro, da NUPENS USP.
Passo número três: reduzir a quantidade de alimentos indispensáveis, mas que tiveram grandes altas de preço, como o feijão que agora já é vendido até em pacotes de 500 gramas. “Esse pacote não existia e vem justamente para acomodar essa necessidade que o consumidor tem de pagar pouco. Restrição orçamentária sobre o preço do feijão”, destaca o doutor Rafael.A carne também entra nesse item: comprar menos pode ser melhor do que mudar para cortes de baixa qualidade. “Cortes mais baratos tendem a ser menos nutritivos e têm um teor maior de gordura. Então, na prática, o que está acontecendo é que a gente está ali comprando mais gordura ao invés de comprando mais carne como um todo. Sai mais barato, mas a qualidade nutricional é pior”, alerta o pesquisador da USP.
A quarta dica vai na mesma linha: variar a dieta entre carne, frango e peixe. E o professor lembra que é possível economizar gastando um pouco mais de tempo na cozinha, limpando frango, por exemplo. “Você vai olhar do frango inteiro para o peito. O peito já está muito mais caro, 30% mais caro. Se for olhar para o filé de peito, o filé de peito está 30% mais caro do que o peito limpo, em geral, de 30% a 50%”, destaca Rafael.Orientação número cinco: preparar uma lista. Ela mantém o comprador focado no que interessa e protege das tentações. Sexto passo: optar por alimentos da estação, que são sempre mais baratos. Número sete: planejar o cardápio antes de comprar.“O ideal é que a gente imagine como vai ser consumido esse pimentão, se vai ser consumido na forma de salada, na forma de molho, e já faço uma aquisição direcionada: duas porções de pimentão, um cebola, por exemplo. Quanto mais a gente planeja, menos a gente gasta”, afirma o pesquisador.Até porque esses alimentos não são baratos. “Alimentos frescos, com frutas, hortaliças e carnes frescas, sempre custam mais caros do que aquelas dietas baseadas em alimentos já industrializados”, destaca o doutor em nutrição.Uma opção radical pelo que pesa menos no bolso pode ser desastrosa. “Alimentos industrializados, muito processados, estão intimamente ligados a doenças crônicas e obesidade e têm muito sal, muito açúcar, muita gordura saturada”, diz o pesquisador.
Como conseguir um equilíbrio, com orçamento apertado? “Quanto menos desperdício a gente tiver, mais econômica fica a nossa alimentação”, declara o professor.

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