MATHEUS MAGENTA/MAYRA MALDJIAN/FOLHA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
A ação movida pela Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de São Paulo no início de janeiro foi publicada no "Diário Oficial" da Justiça de São Paulo no último dia 31. A decisão obriga o humorista a recolher o material de todas as lojas do país --alguns estabelecimentos já receberam notificações sobre o cancelamento da comercialização do produto. Ele também está proibido de fazer piadas que envolvam o nome da Apae e dos deficientes físicos e intelectuais em seus shows. Bastos tem um prazo de 20 dias para retirar o DVD de circulação. Caso contrário, ele terá de pagar uma multa diária de R$ 20 mil. Para cada citação à Apae e aos deficientes, a multa é de R$ 30 mil.
No DVD, Rafinha afirma que foi usar uma camisinha com efeito retardante e acabou tendo que internar o pênis na Apae. "Tá completamente retardado hoje em dia".
O humorista diz ainda, durante a apresentação, que é contra filas preferenciais. "As pessoas na cadeira de rodas...Ah, fila preferencial. Adivinha, amigo? Você é o único que tá sentado. Espera quieto, cala essa boca." "É uma forma equivocada de fazer humor sobre pessoas cujas limitações geram segregação social. Só o que se exige é respeito", afirmou à Folha o advogado Paulo Ricardo Gois Teixeira, que representa a Apae no processo. Na noite de ontem, no Twitter, o humorista comentou: "Como diria a bruxa do Pica-pau: E lá vamos nós... " e, na sequência, postou o link de uma notícia sobre o caso.
Procurada, a assessoria de imprensa do humorista disse que eles não vão se pronunciar sobre o assunto.
O Rafinha é a bola da vez do judiciário. Depois vem-se falar em imparcialidade dos juízes. Quer dizer que estão proibidas piadas com aleijados, afrodescendentes, homossexuais, nordestinos, gaúchos, portugueses. Sobrou o quê? Ah! Sobrou pros mandatários do país. Xingar presidente pode. O judiciário não se incomoda. Se o mesmo ocorre com alguém da mídia, aí a coisa mudava de figura. Uma onda de histeria midiática silenciaria rapidinho esses falsos justiceiros.
ResponderExcluirSinceramente, não vi preconceito no comentário dele. É realmente uma pena saber que em um país em que brasileiros se sacrificaram para que pudéssemos nos expressar livremente, isso acontece, com certeza porque primeiramente ele atingiu a filhinha do papai que não tinha conseguido a repercussão desejada com a gravidez e decidiu usar um comentário de humor para atingir seu propósito. É claro que muita gente fala que isso não é assunto para brincadeira, mas liberdade de expressão é isso, minha gente, é impossível esperar que todos vão aceitar uma piada como piada. Ironicamente, a dança da pizza ocorrida há alguns anos não foi vista como preconceito à população brasileira, e está impune até hoje...
ResponderExcluir