Pouco antes de completar 86 anos, e longe do exercício do poder formal desde agosto de 2006, o ex-ditador cubano Fidel Castro revelou seu interesse pela ioga.
Foi numa reflexão --como ele chama suas contribuições esporádicas para a imprensa cubana-- em 18 de junho.
"Os iogues fazem coisas com o corpo humano que escapam à nossa imaginação", escreveu no texto chamado "O Inimaginável".
Inusualmente curto, com só 222 caracteres ou pouco mais que um tuíte, o texto do cubano concluía: "Estão ali, diante dos nossos olhos, por meio de imagens que nos chegam instantaneamente a partir de enormes distâncias, por meio da Passagem ao Desconhecido". Depois da ioga, Fidel fez, no dia seguinte, um breve comentário sobre a expansão do universo, com 341 caracteres.
"Nestes instantes o veem em momento de expansão, iniciado por volta de 13,7 bilhões de anos atrás."
Foram as mais recentes manifestações do ex-ditador, que costuma escrever sobre os mais variados temas, mas, em especial, sobre geopolítica e ameaças globais.
O silêncio desde então voltou a ativar rumores sobre seu estado de saúde --uma constante desde 2006, quando passou o poder ao irmão Raúl Castro.
Os boatos ganharam força nesta semana, quando Fidel completou 86 anos sem fazer aparições públicas.
Chefes de Estado e cubanos ilustres enviaram felicitações via jornais e TVs oficiais, mas não houve declarações do mentor do venezuelano Hugo Chávez.
MORTE NO TWITTER
Ontem foi um novo dia de rumores de que o ex-ditador havia morrido, na rede social Twitter. Aparentemente, o rumor foi iniciado numa falsa conta do governo comunista.
A boataria eletrônica dessa vez não chegou aos portais de notícias, mas foi suficiente para que o blogueiro Yohandry Fontana, que atua como porta-voz oficioso de Havana na rede social, se manifestasse. "Confirmo: Conta de Twitter @GobiernoCuba é falsa. Fidel trabalha com [o presidente venezuelano] Hugo Chávez num livro que será lançado em breve."
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