Mostrando postagens com marcador Índia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Índia. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de março de 2012

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Casamento proibido leva amantes ao suicídio na Índia

(EFE).- Um casal de jovens amantes se suicidou no estado de Uttar Pradesh, situado no norte da Índia, depois que as famílias se posicionaram contra esse possível casamento, informou nesta segunda-feira à Agência Efe uma fonte policial.

Os corpos de ambos os jovens foram encontrados no último domingo pelas autoridades locais em um poço da aldeia de Jogiveer, no distrito de Sultanpur, disse o superintendente da polícia local, Govind Aggarwal, que detalhou que os jovens morreram afogados.Identificada como Geeta, a amante, de 20 anos, estava prometida para outro homem, já que seus pais tinham marcado seu casamento para o próximo dia 18 abril.
Já o amante, conhecido como Sujit, de 30 anos, era casado. No entanto, sua mulher abandonou a relação há algum tempo e não fazia mais parte da vida de Sujit.A família de Geeta estava ciente desta relação "proibida" e não era a favor do casamento devido ao estado civil do rapaz, além de sua modesta condição de vida.
"De acordo com as contas telefônicas de ambos, eles se falavam com muita frequência pelo celular", disse Aggarwal.Na Índia, principalmente nas áreas rurais, os casamentos seguem sendo arranjados pelas famílias dos noivos, que, por sua vez, permanecem fiéis às complexas regras de casta e linhagem para encontrarem um bom partido.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nova Délhi faz 4ª parada gay

Milhares de gays e simpatizantes foram às ruas de Nova Délhi para a quarta edição da parada gay da capital da Índia.
A passeata parou o trânsito no centro comercial da cidade.No ano passado, a passeata comemorou a vitória na Justiça de um processo pedindo a suspensão de uma a lei, da época colonial, que criminalizava a prática de sexo homossexual.
A passeata parou o trânsito no centro comercial da cidade (Foto: Reprodução / BBC)
A passeata parou o trânsito no centro comercial da cidade (Foto: Reprodução / BBC)
Além disso, campanhas de combate à Aids derrubaram pela metade o número de novas infecções de HIV/Aids no país.
Segundo ativistas, ainda há muito a ser feito.Mesmo aqueles que já assumiram a homossexualidade dizem que os valores tradicionais da sociedade indiana dificultam muito esse processo.
E a discriminação é um dos motivos pelos quais ativistas dizem que os cerca de 2,5 milhões e meio de soropositivos da Índia enfrentam tantas dificuldades para buscar tratamento.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Novela indiana exibe pela primeira vez um romance gay

Moncho Torres.

Nova Délhi, 24 nov (EFE).- Pela primeira vez, dois anos após a homossexualidade se tornar legalmente permitida na Índia, uma telenovela se atreve a mostrar uma relação amorosa entre dois homens.
"Se você ama um homem ao invés de sua esposa, que necessidade havia de casar comigo?", pergunta em um capítulo da novela a jovem recém-casada para seu marido, depois de flagrá-lo trocando apaixonados "Te amo" com seu amante.
"Maryada... Lekin Kab Tak" ("Honra, mas a que custo?", em hindi) é um drama focado em uma típica família patriarcal de Haryana - cidade no norte da Índia - envolvendo lutas de poder e confusões amorosas.A telenovela, que está prestes a chegar a 300 episódios, estreou em outubro de 2010, mas foi só em maio deste ano que introduziu a trama gay, que apresenta um homem recém-casado, primogênito de uma rica família, que se declara homossexual.
"A homossexualidade é uma realidade, existe e devemos aceitá-la", declarou a autora Damini K. Shetty ao jornal indiano "Economist Times" quando a polêmica história surgiu no roteiro.
Transmitida à noite, "Maryada... Lekin Kab Tak" obtinha audiência média de 1% nas primeiras semanas, segundo a revista "India Today", mas entre maio e junho, quando a temática gay foi introduzida, o índice aumentou para 1,2%, até atingir o atual 1,6%.O produtor da novela, Tony Singh, disse ao jornal "Indian Express" que se tratava de um experimento. "Mas o fato é que, à medida que difunde a conscientização sobre temas tabu, as pessoas tenderão a ser menos críticas. É a única maneira de evoluir".
Na televisão indiana, já existiram personagens gays, mas apenas em papéis secundários e muitas vezes cômicos e exagerados, com um estereótipo "afetado".No site da associação Gay Mumbai, a aparição de "Maryada" é comemorada como um "passo adiante", pois, segundo a entidade, "mostra uma ruptura de muitos dos estereótipos existentes na maioria das representações da homossexualidade dentro de Bollywood".Os atores que interpretam o casal homossexual são Dakssh Ajit Singh (de 30 anos, protagonista) e Karan Singh (29), que se transformaram em ícones para a comunidade gay na Índia, embora se declarem heterossexuais na vida real.
Segundo o "India Today", o maior receio de Dakssh era romper com sua imagem masculinizada. No entanto, os dois atores acabaram aceitando o papel ao perceber a oportunidade profissional oferecida.
"Se dois atores de Hollywood como Jake Gyllenhaal e Heath Ledger puderam atuar em "O Segredo de Brokeback Mountain", eu definitivamente poderia aceitar o desafio", destacou Karan Singh.
Embora façam parte da realidade indiana, inclusive nas zonas rurais, os homossexuais foram tradicionalmente discriminados em uma sociedade conservadora, que rejeita a discussão pública sobre a sexualidade. Por isso a televisão abordou o tema apenas após o Tribunal Superior de Délhi entender que a criminalização da homossexualidade violava a Constituição.
Nas ruas da capital indiana, as opiniões sobre "Maryada" se dividiram. A estudante de moda Manisha Dubey, por exemplo, disse à Agência Efe que não compreende o motivo pelo qual a sociedade "não faz o esforço de entender os gays".
"Meus pais abrem cada vez mais sua mente. Eu costumo ver a novela com eles e, embora ainda não cheguem a aceitá-la, estão no caminho certo. Meus avós, no entanto, sei que nunca aceitariam a homossexualidade", explicou a jovem, de 24 anos.

EFE

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reunião de travestis na Índia acaba com ao menos dez mortes

Entre dez e 15 pessoas morreram e outras 34 ficaram feridas em um incêndio registrado durante uma em reunião em massa de travestis em Nova Déli, segundo fontes oficiais citadas nesta segunda-feira pela imprensa local. O fato aconteceu neste domingo (19) em um parque do leste de Nova Déli, onde entre 2.000 e 2.500 dos chamados eunucos ou "hijras" --uma comunidade de homens vestidos com saris muito visível na Índia-- realizavam uma reunião de três dias. Em um primeiro momento, o canal televisivo NDTV tinha informado ontem à noite que o incêndio tinha sido durante um funeral.

Tsering Topgyal/Associated Press
Membros da comunidade "hijra" e familiares choram a morte de ao ao menos 10 após incêndio
Membros da comunidade "hijra" e familiares choram a morte de ao ao menos 10 após incêndio

De acordo com os bombeiros, o incêndio começou devido aparentemente a um curto-circuito que afetou uma grande tenda sob a qual se encontravam os presentes, e que ficou totalmente queimada estes tentavam escapar. Fontes da brigada de bombeiros asseguraram que havia 15 mortos, embora o ministro da Saúde de Nova Déli, A. K. Walia, assegurou que os falecidos eram 12, e a Polícia manteve dez, informa a agência indiana Ians. Os "hijra", um dos grupos mais vulneráveis da Índia, são em sua maioria homens travestis, embora muitos deles sejam eunucos. Muitos pedem esmola nas ruas e os indianos dão a eles algumas rúpias para evitar o mal olhado, embora também sejam convidados para casamentos e festejos, porque sua bênção é considerada benéfica nessas ocasiões.

Prakash Singh/France Presse
Membros de comunidade eunuca choram a morte de companheiros durante incêndio em Nova Déli
Membros de comunidade eunuca choram a morte de companheiros durante incêndio em Nova Déli

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Conferência de Deepak Chopra abre a programação da Fliporto, em Olinda

Indiano radicado nos EUA fala sobre cura, transformação e consciência.
Derek Walcott, Tariq Ali e Joumana Haddad são destaques da feira.

Do G1 PE
Deepak Chopra (Foto: Divulgação)Deepak Chopra fala esta noite sobre cura,
transformação e consciência (Foto: Divulgação)
Os painéis da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) começam na noite desta sexta-feira (11), com uma conferência do médico indiano Deepak Chopra, com o tema "Cura, transformação e consciência". Best-seller e com obras traduzidas em mais de trinta idiomas, o endocrinologista virou guru para muita gente, com livros como "As sete leis espirituais do sucesso", "A cura quântica" e "O efeito sombra".A palestra de Chopra, assim como as demais do congresso literário, acontece na tenda principal, que fica no Sítio de Seu Reis, no Parque do Carmo, em Olinda. A conferência está marcada para começar às 18h.
O acesso às palestras é feito mediante ingresso. O Passaporte Fliporto, que possibilita assistir todos os painéis, menos o de abertura, custa R$ 80,00 (com meia entrada por R$ 40). Para ver Deepak Chopra ao vivo, a entrada custa R$ 50,00 (com meia entrada por R$ 25). Há venda disponível pela internet, com taxa de conveniência de 15%. A venda de ingressos separadamente, para cada painel, começa nesta sexta, nas bilheterias do evento.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Turismo gay na Índia enfrenta resistência de governo e ONGs

O ministério de Turismo da Índia cancelou uma sessão em um festival do setor da indústria turística no Estado de Goa, antiga colônia portuguesa, depois de reclamações locais a respeito. A primeira sessão seria sobre gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GLBT) no evento de três dias Goa International Tourism Mart, neste fim de semana.
Anindito Mukherjee-2.jul.2011/Efe
Membros da comunidade gay indiana durante participação no desfile do Orgulho Gay em Nova Déli, capital do país
Membros da comunidade gay indiana durante participação no desfile do Orgulho Gay em Nova Déli, capital do país

Mas duas ONGs, a Divya Jagruthi Pratishthan e a Hindu Janajagruti Samiti, fizeram uma denúncia na delegacia de polícia da subdivisão de Panaji, o que acabou motivando a decisão do cancelamento, segundo o site do jornal Telegraph India. Na capital Déli, o ministério não quis falar sobre o assunto. "É um assunto delicado e não posso falar a respeito", disse um oficial sênior do órgão. Os grupos que criticavam o assunto argumentavam que o foco em turistas com base em suas preferências sexuais seria reduzir Goa a turismo sexual. Mas Arjun Sharma, vice-presidente sênior da operadora de turismo Le Passage, na Índia, diz que "esse tipo de tratamento é injusto, os homossexuais são como qualquer um de nós e se comportariam de maneira semelhante a um heterosexual em férias; o que precisam é de mais tolerância e sensibilidade de nós". Ele sugere que se organizem passeios para locais onde gays se encontrem, além de revistas sobre o mundo LGBT, basicamente cuidar de suas necessidades.
Fontes na indústria do turismo, como Sharma, dizem que o turismo LGBT seria uma boa fonte de rendimentos e que o governo estaria ignorando isso a seu próprio risco. Mas Sanjay Malhotra, proprietário do que é considerado o primeiro roteiro de turismo gay na Índia, o Indjapink, não é tão otimista. "O fato é que nós somos ainda uma sociedade muito ortodoxa", diz ele. "Em média, tive apenas cerca de 60 reservas para o roteiro anualmente."
Reprodução
Imagens de apresentação do site do roteiro gay na Índia Indjapink
Imagens de apresentação do site do roteiro gay na Índia Indjapink

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Indiano faz 'promessa' para ter menino e não toma banho há 37 anos

Guru Kailash Singh, de 65 anos, vive com a mulher e sete filhas.
Ele acredita que os deuses estão satisfeitos e podem lhe dar um filho.

Do G1, em São Paulo
 
O indiano Guru Kailash Singh, de 65 anos, se recusa a tomar banho há 37 anos. Ele vive com sua mulher e sete filhas na aldeia de Chatav, perto da cidade de Varanasi, na Índia. Singh acredita que os deuses estão satisfeitos com sua devoção e, eventualmente, podem lhe dar um filho.
Indiano Guru Kailash Singh, de 65 anos, se recusa a tomar banho há 37 anos. (Foto: Richard Grange/Barcroft India/Getty Images)
Indiano Guru Kailash Singh, de 65 anos, se recusa a tomar banho há 37 anos. (Foto: Richard Grange/Barcroft India/Getty Images)
Guru Kailash Singh com amigos e familiares em sua casa. (Foto: Richard Grange/Barcroft India/Getty Images)
Guru Kailash Singh com amigos e familiares em sua casa. (Foto: Richard Grange/Barcroft India/Getty Images)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Donos casam macacos em segredo na Índia

Polícia capturou os noivos e os levou ao zoológico de Kota.
'Eu fui ao casamento. Seguiram quase todos os rituais', disse convidado.

Da Efe

Macacos se casaram em cerimônia na Índia. (Foto: Imagem ilustrativa)Macacos se casaram na Índia. (Imagem ilustrativa)
As autoridades da Índia denunciaram nesta quinta-feira (7) um grupo de aldeões que casaram em segredo dois macacos seguindo o protocolo do matrimônio tradicional indiano no oeste do país.
O casamento dos macacos Raju e Chinki aconteceu na madrugada de quarta-feira, apesar da proibição dos oficiais florestais, que haviam qualificado o fato como uma "atrocidade", de acordo com fontes citadas pela agência indiana "Ians".
"Não sabemos por que os casaram, mas denunciamos os proprietários e eles serão multados", afirmou à Agência Efe o chefe do Departamento Florestal da turística região do Rajastão.
As respectivas famílias humanas de Raju e Chinki haviam planejado um casamento com todas as honras: o simiesco namorado seria transportado em cavalo até a casa da namorada, na aldeia de Talwas, no distrito de Bundi.Mas a cerimônia, qualificada como um delito contra a natureza, foi proibida pelas autoridades regionais, e os aldeões decidiram nesta madrugada levar os macacos a uma floresta próxima e casá-los em segredo.
"Eu fui ao casamento. Seguiram quase todos os rituais (hindus), inclusive as sete voltas na fogueira e os votos matrimoniais", declarou à "Ians" um aldeão.Quando os oficiais chegaram à aldeia, o casamento já tinha sido consumado, mas a polícia capturou os noivos e os levou ao zoológico de Kota, segundo informou à Efe uma fonte da policial.O proprietário de Raju, Ramesh, disse à agência indiana que tinha treinado o macaco "para se comportar como um humano", e que enviou convites do casório para mais de 200 pessoas, após obter o sinal verde da família de Chinki."Planejávamos trazer Chinki para nossa casa após a cerimônia", acrescentou Ramesh - na Índia é costume que a jovem esposa passe a viver com a família de seu novo marido após o casamento.
No hinduísmo, o macaco é um animal bem considerado e existe um deus, Hanumán, que é representado como um símio e conta com uma grande massa de fiéis por todo o norte do país, mas não é raro que estes animais sejam usados em espetáculos de rua.Tanto a polícia como os oficiais do Departamento Florestal afirmaram que o casamento é um fato "muito estranho" e que nunca tinham visto nada parecido, o que levanta suspeitas que a cerimônia foi organizada por mero divertimento.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fora da realidade-Ministro da Saúde da Índia afirma que homossexualismo é doença

Declaração gerou protestos de ativistas locais ligados à causa gay.Para a autoridade, sexo entre homens é 'antinatural' e ruim para o país.

Do G1, com agências internacionais

O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, gerou uma polêmica no país após ter dito, em uma conferência sobre a Aids, que o homossexualismo é uma "doença" que atinge cada vez mais pessoas. Ativistas disseram que as declarações são um atraso e prejudicam o debate no país.
"A doença dos homens que praticam sexo com outros homens é antinatural e não é boa para a Índia. Não somos capazes de identificar onde está ocorrendo", disse Azad nesta segunda-feira (4).
"É fácil encontrar as trabalhadoras do sexo e conscientizá-las sobre o sexo seguro, mas é um desafio encontrar os homossexuais", acrescentou Azad, em declarações publicadas nesta terça-feira pela agência indiana Ians.
O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, deixa sua casa nesta terça-feira (5) (Foto: AP)
O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, deixa sua casa nesta terça-feira (5) (Foto: AP)
Até 2009, o homossexualismo podia ser punido com até dez anos de prisão. Apesar de não existir mais esta lei, grande parte da sociedade continua alimentando preconceitos e discriminando este coletivo.
"É surpreendente que o ministro da Saúde deste país faça um comentário assim", declarou à Ians o ativista Mohnish Malhotra, um dos organizadores do "Dia do Orgulho Gay" na Índia.Há na Índia cerca de 2,5 milhões de pessoas contaminadas pela Aids.
A conferência na qual Azad deu as polêmicas declarações teve a presença do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e da líder do governamental Partido do Congresso, Sonia Gandhi.
Gays e simpatizantes celebram  o aniversário da descriminalização do homossexualismo na índia em Nova Délhi neste sábado (2) (Foto: AP)
Gays e simpatizantes celebram o aniversário da descriminalização do homossexualismo na índia em Nova Délhi neste sábado (2) (Foto: AP)
Indiano diz que foi mal interpretado em declarações sobre gaysGhulam Nabi Azad é xingado ao deixar sua residência em Nova Délhi após dizer que homossexualismo é uma "doença"

O ministro indiano da Saúde afirmou nesta terça-feira que foi mal interpretado em seus controvertidos comentários sobre o fato de considerar a homossexualidade uma doença e que a aids teria sido levada para a Índia por estrangeiros.Alvo de uma série de críticas, o ministro Ghulam Nabi Azad falou em conferência de imprensa que foi "totalmente mal interpretado" em suas declarações. "Eu sei, como ministro da Saúde, que homens fazendo sexo com homens não é uma doença", esclareceu.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Família pede que governo indiano autorize a morte de gêmeas siamesas

As gêmeas siamesas indianas (Foto: © 2011Indiatodayimages.com )
As gêmeas siamesas indianas (Foto: © 2011Indiatodayimages.com )
As irmãs sofrem de fortes dores de cabeça e dores agudas em todas as articulações do corpo.
O irmão mais velho de Saba e Farah, Tamanna Ahmad, disse ao jornal indiano 'India Today' que as duas estão presas na cama.
'Até a fala delas se tornou mais confusa. Seus dedos e tornozelos estão retorcidos', afirmou.
Segundo Ahmad, a família não conta com ajuda financeira que permita pagar por um tratamento médico e prefere que as gêmeas morram para que seu sofrimento seja aliviado.'Minha mãe quer a permissão do presidente ou dos tribunais para que elas possam morrer.'
Separação delicada
Em 2005, o xeque Mohammed al-Nahyan pagou pelas consultas das gêmeas com alguns dos maiores especialistas em separação de siameses no mundo, incluindo a equipe do neurocirurgião americano Benjamin Carson, do Hospital Pediátrico Johns Hopkins, em Baltimore.
O príncipe dos Emirados Árabes Unidos entrou em contato com Mohammed Shakeel Ahmad, o pai das meninas, através da embaixada do país na Índia, depois de ler uma reportagem sobre o caso.
Os médicos descobriram que as duas meninas compartilhavam uma artéria, que leva o sangue do corpo para o coração, e uma importante veia no cérebro. Além disso, elas possuem somente dois rins, ambos no corpo de Farah.Segundo os especialistas, a separação completa só seria feita após uma série de operações, mas havia grande possibilidade de que uma das gêmeas morresse.A família optou por não realizar as cirurgias por medo de perder uma das filhas, mas a condição das gêmeas se deteriorou com o passar dos anos. Médicos disseram à família que a dependência das gêmeas dos rins de Farah poderia causar pressão alta, perda de peso e fraqueza.O pai de Saba e Farah sustenta a família de oito pessoas com o dinheiro obtido com uma casa de chá em Patna, no leste da Índia, mas disse ao jornal britânico 'Daily Telegraph' que não ganha o suficiente para os medicamentos que as duas filhas precisam.
'As meninas querem viver e aproveitar a vida como outras pessoas, mas quando estão sentindo dores, elas choram e pedem ajuda', disse Shakeel.A mãe das gêmeas, Rabia Khatoon, disse ao India Today que, se o governo não puder ajudar no tratamento, deve permitir que as gêmeas sejam sacrificadas.
'Pelo menos será melhor do que vê-las sofrer todos os dias', disse.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Indianos protestam por prisão de guru após greve de fome

Polícia indiana invadiu acampamento de Baba Ramdev no domingo.Mestre iogue havia iniciado greve de fome contra a corrupção no país.

Da France Presse
 
O mestre iogue Baba Ramdev faz performance de ioga durante sua greve de fome (Foto: AFP)O mestre iogue Baba Ramdev faz performance de
ioga durante sua greve de fome (Foto: AFP)
Seguidores do guru indiano Baba Ramdev foram às ruas nesta terça-feira (7) em um protesto em apoio ao famoso iogue, preso no domingo em Nova Déli após a polícia invadir seu acampamento onde milhares de seguidores participavam de manifestações e uma greve de fome contra a corrupção.
As forças de segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes no local em que Baba Ramdev, um guru que tem um programa de televisão muito assistido na Índia, havia iniciado uma greve de fome no sábado."Nós demos permissão para entrada no acampamento de apenas 5.000 pessoas, mas entraram 50.000. Não havíamos autorizado uma agitação pública", declarou o porta-voz da polícia da capital indiana, Rajan Bhagat.Os seguidores do mestre iogue tentaram protegê-lo da polícia e 30 pessoas ficaram feridas na confusão.Entre os pedidos do iogue, ele propõe essencialmente estender a pena de morte aos membros do governo culpados de corrupção, assim como a retirada do mercado das notas de 500 e 1.000 rúpias que, de acordo com ele, são utilizadas para operações ilegais.
Baba Ramdev, que no ano passado analisou a possibilidade de criar um partido político, também defende que sejam proibidas na Índia as instituições bancárias que mantêm atividade em paraísos fiscais.
Seguidores de Baba Ramdev durante protesto em Nova Déli, na Índia (Foto: AFP)
 
Seguidores de Baba Ramdev durante protesto em Nova Déli, na Índia (Foto: AFP)
Antes de dar início a sua greve de fome, que foi transimitida pela TV, o mestre declarou a um grupo de entusiastas que "nada é impossível, tudo é possível e não desistiremos".
Em seguida, ele acrescentou que começava ali o seu jejum para "a salvação da Índia".Este nacionalista contrário aos homossexuais afirma contar com o apoio de "todas as castas" da população, assim como da direita conservadora. Ramdev exige que o governo do primeiro-ministro Manmohan Singh repatrie o "dinheiro sujo", em referência a quantias provenientes de subornos e que, de acordo com ele, foram desviadas para contas no exterior.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Folha-Veja destinos espirituais na Índia por Estados e miniglossário

MAURÍCIO KANNO
DE SÃO PAULO

Veja abaixo um mapa da Índia com lugares indicados para turismo espiritual e o significado de alguns termos frequentemente lembrados no Brasil e associados à Índia.
*
Ashram: local onde se pratica a vida espiritual de forma mais estrita, frequentemente como um monastério; pode incluir técnicas de ioga
Guru: mestre espiritual que orienta as pessoas e deve ser responsável por um ashram
Ioga: sistema filosófico que também se utiliza de posturas psico-físicas, os ásanas; significa "união" com a divindade, mas hoje não tem ligação religiosa necessariamente, pois muitos os utilizam apenas para melhorar a saúde
Hare Krishna: como é conhecido movimento derivado do hinduísmo vaishnava, oficialmente Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna; é também o mantra cantado por eles, uma invocação à divindade
Mantra: palavras faladas com conexão espiritual
Fontes: Professores de ioga João Vieira e Regina Shakti e os devotos Hare Krishna Leonardo Portilho e Syama Govinda Dasi
Índia atrai pela espiritualidade no ioga, Hare Krishna e ashrams
Uma viagem para a Índia pode ser bem aproveitada para explorar técnicas e tradições bem conhecidas no Ocidente, como o ioga.
O professor de ioga João Vieira, 40, conta que Rishikesh, no norte do país, é destino da maioria dos brasileiros interessados em ioga. É quase uma "Disneylândia" feita para o turismo espiritual: "Só toca mantras, é toda vegetariana e cheia de estrangeiros". Há lá muitas escolas de ioga e ashrams, onde é possível se hospedar.
Paula Giolito/Folhapress
Joao Vieira, com roupas e cestas de viagem típicas indianas
Joao Vieira, com roupas e cestas de viagem típicas indianas

Apesar disso, ele, que vai ao país todo ano, como guia de grupos da USP, intérprete e professor de sua disciplina, diz que hoje há muito "ioga para estrangeiros", em escolas que lidam mais com esse mercado. "Privilegiam as famosas práticas de posturas, os ásanas, que no geral não faz parte da vida do indiano e é só um aspecto do ioga", explica. Ele indica a escola Kaivalyadhama (http://www1.folha.uol.com.br/turismo/://http://kdham.com), aonde costuma levar grupos em excursões. Com unidades espalhadas no país e no exterior, faz pesquisas sobre ioga desde 1924.
Varanasi é outro destino muito procurado, pela antiguidade, rituais na beira do rio Ganges e cremações, explica Vieira. Considerada auspiciosa, muitos vão para lá no fim da vida aguardar a morte, por se acreditar que isso garante uma boa reencarnação.
Saurabh Das/AP
Mulheres hindus à beira do rio Ganges em Varanasi; cidade se destaca por rituais no rio
Mulheres hindus à beira do rio Ganges em Varanasi; cidade se destaca por rituais no rio

Já quem gostaria de conhecer um lugar sagrado para os Hare Krishna pode visitar a cidade de Vrindavan, a três horas de avião de Nova Déli e perto do Nepal. Tem mais de 5.000 templos e é uma das cidades mais antigas da Índia, conta a devota brasileira Syama Govinda Dasi, 33. É também onde teria vivido a divindade Krishna há 5.000 anos. Ela é responsável pela organização da segunda excursão promovida pelo Centro Cultural Vrinda (vrindabrasil.com) de brasileiros à Índia. O templo fica na cidade de São Paulo, onde mora Syama. A viagem, prevista para ocorrer em novembro novamente, busca um "despertar interno" com experiências espirituais e culturais, segundo o também devoto Leonardo Portilho, 35, que organizou a primeira excursão e agora está em Bangladesh. O chamado "Tour Inbound" dos Hare Krishna já ocorre há mais de dez anos em outros países da América Latina.
ASHRAM EM SP
Há também opção de um ashram, ambiente voltado para a elevação espiritual e prática de ioga, em Campos do Jordão (SP). O Krishna Shakti Ashram (ashram.com.br) criado em 1992 por Regina Shakti, 55, é uma continuação da esocla de ioga que ela fundou anteriormente na capital de SP. Segundo ela, o ashram é pioneiro no Brasil, inclusive com guru responsável na Índia, no Estado de Bengala Ocidental.
O local hospeda visitantes -entre os quais já estiveram a apresentadora Eliana e a atriz Regina Duarte-- por diárias a partir de R$ 300. Estão inclusas três refeições vegetarianas por dia, aulas de ioga, leitura de mãos e passeios. Shakti, presidente do Instituto de Ioga de SP, conta que lá não trabalham fucnionários: são aprendizes, alunos de ioga e devotos da comunidade local. Apesar de seu pioneirismo, Shakti diz que o ashram foi adaptado ao Brasil: por exemplo, não vivem de doações como na Índia, pois acharam que isso não iria funcionar; há mais conforto do que no original; e possuem estrutura menos devocional, buscando cuidar mais da saúde dos visitantes.
Reprodução
Regina Shakti (dir.) ensina em seu ashram em Campos do Jordão (SP)
Regina Shakti (dir.) ensina em seu ashram em Campos do Jordão (SP)

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...