Mostrando postagens com marcador lars von trier. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lars von trier. Mostrar todas as postagens

domingo, 4 de dezembro de 2011

"Melancolia", de Lars Von Trier, é eleito melhor filme europeu em 2011

DA EFE, EM BERLIN

O filme "Melancolia" alcançou neste sábado (3) em Berlim o prêmio de melhor filme na 24º edição do European Film Awards (Prêmio do Cinema Europeu), porém, o diretor do longa-metragem premiado, o dinamarquês Lars Von Trier, não compareceu a premiação.
Além do títuilo de melhor filme, "Melancolia", que foi indicado em oito categorias, levou outros dois prêmios: melhor fotografia, para Manuel Alberto Claro, e melhor direção de arte, para Jette Lehmann.
O prêmio de melhor filme foi recebido pela esposa do cineasta dinamarquês, que lembrou a decisão de Von Trier de não fazer mais declarações após o escândalo ocorrido no Festival de Cannes. Na ocasião, o diretor acabou banido pelo festival depois de expressar sua "simpatia" por Hitler. O prêmio de melhor atriz ficou com a britânica Tilda Swinton, com "Precisamos Falar Sobre o Kevin", e o de melhor ator foi para seu compatriota Colin Firth, por "O Discurso do Rei", que também não compareceram na festa de premiação.

Divulgação
Cinema: a atriz Kirsten Dunst em cena do filme "Melancolia" ("Melancholia"), (Dinamarca/Suécia/França/Itália/Alemanha, 2011), direção de de Lars von Trier. (Foto: Divulgação) *** DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM ***
A atriz Kirsten Dunst em cena do filme "Melancolia", de Lars von Trier

Abaixo, segue a lista completa dos vencedores:
MELHOR ATOR
Colin Firth, por "O Discurso do Rei" (Reino Unido)
MELHOR ATRIZ
Tilda Swinton, por "Precisamos Falar Sobre o Kevin" (Reino Unido)
PRÊMIO DO PÚBLICO
"O Discurso do Rei", de Tom Hooper (Reino Unido)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
"Pina", de Wim Wenders (Alemanha)
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
"Chico & Rita", de Fernando Trueba, Javier Marechal e Tom Errando (Espanha)
MELHOR CURTA-METRAGEM
"The Wholly Family", Terry Gillam (Itália)
MELHOR ROTEIRO
Jean-Pierre e Luc Dardenne, por "O Garoto de Bicicleta" (França-Bélgica-Itália)
MELHOR FOTOGRAFIA
Manuel Alberto Claro, por "Melancolia" (Dinamarca)
MELHOR COMPOSIÇÃO MUSICAL
Ludovic Bource, por "O Artista" (França)
MELHOR ESTREIA
"Adem", de Hans van Nuffel (Bélgica/Holanda)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Jette Lehmann, por "Melancolia" (Dinamarca)
MELHOR EDIÇÃO
Tariq Anwar, por "O Discurso do Rei" (Reino Unido)
PRÊMIO ESPECIAL AO CONJUNTO DA OBRA
para o diretor britânico Stephen Frears
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
ao ator francês Michel Piccoli
PRÊMIO ESPECIAL À CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA INTERNACIONAL
ao ator dinamarquês Mads Mikkelsen
PRÊMIO EURIMAGES
à produtora uruguaia Mariela Besuievsky

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Filme Dogville teria servido de inspiração a matador norueguês

O cineasta Lars von Trier disse que se arrependeria de ter feito Dogville (2003) caso for confirmado que seu filme serviu de inspiração ao autor confesso do duplo atentado na Noruega, em julho, que matou 77 pessoas. As declarações do cineasta foram dadas ao jornal dinamarquês Politiken no sábado (30/7).

"Sinto-me terrivelmente mal pensando que Dogville possa ter sido usado por ele como uma espécie de roteiro. É uma ideia horrível", declarou o diretor de cinema dinamarquês. Ele disse encontrar semelhanças entre o final de seu filme e o massacre na ilha de Utoeya.Em seu perfil no Facebook, cujo acesso está atualmente bloqueado, o atirador citava o filme de Von Trier como um de seus favoritos.
Na trama, a protagonista interpretada por Nicole Kidman é torturada e estuprada pelos habitantes de um povoado. No fim, todos acabam assassinados.
"A cena final de Dogville lembra de forma muito desagradável Utoeya", admitiu o cineasta. Von Trier ressaltou, porém, que seus filmes têm um "objetivo pedagógico", que "vai em direção oposta às ações de Breivik".
Em maio, a organização do Festival de Cannes declarou Von Trier persona non grata, depois de dizer que "compreendia" Hitler durante uma entrevista coletiva.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Lars Von Trier diz ter orgulho de ser banido de Cannes e anuncia filme pornô

THIAGO STIVALETTI
Colaboração para o UOL de Cannes
Em entrevista para um pequeno grupo de jornalistas hoje em Mougins, a apenas 7 quilômetros de Cannes, o diretor dinamarquês Lars Von Trier já estava mais relaxado quanto a sua expulsão do Festival de Cannes, anunciada nesta quinta-feira pela direção do festival, por ter se declarado nazista em tom de brincadeira na entrevista coletiva de seu filme “Melancolia”. “Esse banimento é uma coisa da qual me orgulho. Tenho certeza que, se meus pais estivessem vivos, também estariam orgulhosos de mim.”Von Trier brincou sobre a expulsão. “Fiquei sabendo que tenho que manter uma distância de 100 metros do Palácio dos Festivais. No domingo, acho que vou ficar do lado de fora fazendo sinais para saber se o filme foi premiado.”

Estragando a própria festa

O cineasta reiterou mais uma vez que não tem convicções nazistas e que fez as declarações em tom de brincadeira, sem querer ofender ninguém. Para não correr o risco de novas polêmicas, ele decidiu que não quer mais participar de entrevistas coletivas. “Acabo de descobrir o que significa a expressão ‘estraguei minha própria festa’ (I pissed on my chips, em inglês). Eu fico nervoso e me ponho a falar o que não devo. Não falei isso pra machucar as pessoas. Essa situação está prejudicando meu filme e minha produtora.”Mas o diretor defendeu sua liberdade de expressão. “Mesmo que o cineasta seja um criminoso, seu filme precisa estar no festival. Eu disse que simpatizava com Hitler porque consigo entender sua figura humana. A melhor coisa do filme com o Bruno Ganz (o alemão A Queda! As Últimas Horas de Hitler, de 2004) é conseguir retratar Hitler como um ser humano. Sei que, para muitas pessoas é mais confortável pensar que a culpa é toda de Hitler, e que se ele não tivesse nascido, tudo teria se passado bem.”Uma curiosidade: Von Trier escreveu “Melancolia” tendo em mente Penélope Cruz no papel da noiva melancólica, mas a atriz não conseguiu conciliar sua agenda e teve que sair do projeto, como aconteceu com Nicole Kidman em “Manderlay”. Foi substituída por Kirsten Dunst, que foi recomendada a ele por Paul Thomas Anderson, diretor de “Magnólia” e “Sangue Negro”.

Pornô com história

No começo todo mundo achou que era mais uma de suas piadas, mas Von Trier está realmente engajado em fazer de seu próximo filme um pornô. A ideia é ter diversas atrizes de idades variadas encenando as experiências sexuais de uma mesma personagem da infância à velhice. A história será narrada pela mulher já mais velha, recordando suas lembranças. “Não consigo falar de erotismo sem mostrar penetração, acho que essa é uma parte fundamental da experiência erótica. Mas prometo que não será chato como os filmes eróticos que vemos na TV”.Segundo ele, seu desafio será envolver o espectador numa atmosfera de excitação diferente e mais forte do que os filmes pornôs comuns. Outra grande diferença: misturar o sexo carnal com reflexões sobre o mundo espiritual, entre elas um questionamento sobre as Igrejas no Ocidente e no Oriente, com “lampejos do Espírito Santo que transmitem uma sensação de satisfação espiritual”. Nem Deus sabe o que virá por aí, mas pode-se aguardar mais uma obra de gênio pela frente.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Polêmica em Cannes-Kirsten Dunst diz que ninguém pode dizer "brincando" que é nazista

A atriz Kirsten Dunst, protagonista de "Melancolia", o filme apresentado em Cannes por Lars Von Trier, declarado nesta quinta-feira ''persona non grata'' pelo Festival de Cannes por suas declarações de teor nazista, considera que ninguém pode dizer "brincando" que é nazista.
Dunst se negou a fazer declarações mas aprofundadas a vários meios de comunicação, entre eles a Agência Efe, sobre os comentários feitos pelo diretor na entrevista coletiva de apresentação do filme.
"Eu entendo Hitler, embora compreenda que fez coisas equivocadas. Só estou dizendo que entendo o homem, não é o que chamaríamos de um bom homem, mas simpatizo um pouco com ele", disse Von Trier nesta quarta-feira para a imprensa internacional.Hoje, diante da insistência da imprensa, Dunst opinou que não se pode fazer brincadeiras sobre assuntos como o nazismo, após afirmar que faz parte da personalidade do diretor fazer piadas frequentemente.Com relação à decisão do Festival de Cannes de declarar Von Trier ''persona non grata'' - o que não significa que seu filme ficará excluído da competição - Dunst disse: "depende do festival, tem que perguntar a eles o que pensam sobre o assunto"."Pelo menos estamos na competição e seremos julgados pelos méritos do filme", acrescentou a atriz.A outra protagonista de "Melancolia", a atriz francesa Charlotte Gainsbourg, que havia programado conceder entrevistas em Cannes, cancelou sua agenda alegando estar "indisposta", segundo a agência de comunicação encarregada de marcar os compromissos.

Cannes declara Von Trier 'persona non grata' após citação nazista

Diretor disse que 'compreende' Adolf Hitler.Festival divulgou nota em que 'condena' a declaração.


Da France Presse

Lars von Trier (Foto: Reuters)Lars von Trier (Foto: Reuters)
O cineasta dinamarquês Lars von Trier foi declarado persona non grata pelo Festival de Cannes, após dizer na quarta-feira (18) que sentia "empatia" por Hitler. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (19) pela direção do festival, que, no entanto, manterá "Melancolia" na competição.
Conhecido pelo gosto por polêmicas, Von Trier pediu desculpas horas após a entrevista coletiva, na qual se referiu a Israel como "um pé no saco" e afirmou "compreender" Hitler.
Após uma reunião de urgência convocada para discutir a polêmica, a direção do festival francês divulgou uma nota, na qual "condena nos mais firmes termos essas afirmações e declara Lars von Trier 'persona non grata' no Festival de Cannes, a partir deste momento".

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cannes-Festival pede desculpas por declarações de Lars von Trier

ANA PAULA SOUSA/FOLHAENVIADA ESPECIAL A CANNES

O cineasta dinamarquês Lars von Trier causou um tremendo mal estar em Cannes ao declarar, durante entrevista coletiva sobre o filme "Melancholia", que descobriu, um dia, que era nazista.
"Durante muito tempo, eu pensei que fosse judeu, e eu estava feliz com isso", afirmou. Mas então um dia eu encontrei [a cineasta judia] Susanne Bier e eu não fiquei muito feliz. E aí eu descobri que eu era, na verdade, nazista (...) Eu entendo Hitler, eu simpatizo um pouco com ele".
Poucas horas depois das declarações, o serviço de comunicação do Festival soltou um comunicado em que lamentava o ocorrido e dizia ter procurado Trier para explicar-se. O diretor teria então se desculpado e dito que se deixou levar por uma provocação.A direção do festival afirmou, ainda, que esse tipo de manifestação não pode acontecer no teatro do Palais.
Jean-Paul Pelissier/Reuters
O diretor Lars Von Trier, em Cannes
O diretor Lars Von Trier, em Cannes

Lars von Trier ofusca sua "Melancholia" ao confessar simpatia a Hitler

Como um filho pródigo que volta para casa Lars von Trier foi recebido em Cannes com seu contido filme "Melancholia", mas o diretor, apreciador de uma polêmica após a experiência com o "Anticristo", decidiu buscar outras formas para seguir na mesma linha e afirmou que simpatiza com Adolf Hitler."Eu entendo Hitler, embora saiba que fez coisas erradas, sei disso. Só estou dizendo que entendo o homem, não é o que chamaríamos de um bom homem, mas simpatizo um pouco com ele", declarou na entrevista coletiva de apresentação do filme ao ser perguntado por sua aproximação ao judaísmo.
"A única coisa que posso dizer é que durante muito tempo pensei que fosse judeu e era feliz. Depois, entendi que não era. Queria ser judeu, mas na realidade percebi que era um nazista, porque minha família era alemã, o que também me agradava", foi o início de sua argumentação.
No final tentou suavizar: "não estou a favor da Segunda Guerra Mundial nem estou contra os judeus". Mas a polêmica já havia explodido.Na realidade, tudo havia começado suave, sem a prepotência que imperou dois anos atrás quando autodenominou-se "o melhor diretor do mundo" na apresentação de seu filme anterior; o diretor dinamarquês parecia ajustar-se nesta quarta-feira ao ditado que depois da tempestade vem a bonança para despojar-se de sua obsessão pelo sofrimento, seu ódio as mulheres e sua tendência ao excesso.
Ele mesmo definia seu filme como "romântico", afirmou que sua obra não parece sua, que o "look" lembrava aqueles longas-metragens que tanto detesta e em seu próximo filme confessou que pretende radicalizar e fazer pornografia.
Apesar da polêmica, deixou claro sua alegria por voltar a Cannes, lugar que o premiou com a Palma de Ouro com "Dançando no Escuro", e inaugurou o influente movimento "Dogma 95" com "Os idiotas"."Tive muitas fases melancólicas em minha vida, mas atualmente estou muito feliz por estar aqui", reconhecia com cordialidade para surpresa dos presentes, sem que pudesse prever as consequências de sua participação.Uma pena, já que assim desviou a atenção de "Melancholia" que é o equivalente aos exercícios de desarme de outros cineastas como David Cronenbergh e seu "Senhores do Crime" e David Lynch e sua "História Real", de modo que, longe de perder a assinatura, os deixam desnudos com mais força do que nunca.Certamente, existe a grandiloquência, existe o coquetel de referências artísticas, tem Wagner e há um planeta que arrasará a Terra. Mas o filme "não é sobre o apocalipse, mas sobre a necessidade de expressar-se", que não é mais o ponto forte dos grandes autores escandinavos de todos os tempos.
É visível seu interesse por personagens desequilibrados e sua aproximação ao eterno dilema entre ciência e intuição. O filme encontrou, apesar de não uma ovação fechada, cumplicidade de um público muito mais amplo do que costuma acompanhar um diretor que levanta tanto a paixão quanto o ódio.
Kristen Dunst, a noiva que mergulha em uma depressão poucas horas após dizer o "sim, eu aceito", é a protagonista deste díptico da complexidade feminina. O outro cabe a Charlotte Gainsbourg, como sua controladora irmã, apavorada pelo fim dos tempos.Até a contagem regressiva da espécie humana completa o quadro psicológico familiar Charlotte Rampling, como a impiedosa mãe, e John Hurt como pai desinteressado.Dunst, que já esteve em Cannes como a "Maria Antonieta" de Sofia Coppola, deslumbra desta vez por sua capacidade de conduzir na hora de mostrar o leque de fortalezas e fragilidades de sua personagem, Justine. E sua interpretação soa a prêmio se ao fim o júri tiver critérios estritamente cinematográficos.
"A depressão no fundo é um processo de abrir-se de igual para igual e fortalecer-se", disse a atriz.
Lars von Trier também acaba de recuperar-se de uma depressão. E sim, voltou mais forte.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...