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sábado, 14 de abril de 2012

Bulas de remédios para tratamento de calvície serão alteradas para citar problemas sexuais

O laboratório farmacêutico Merck ampliará as bulas de dois medicamentos para o tratamento da calvície masculina e problemas na próstata para incluir os efeitos sexuais colaterais.

As mudanças afetam os remédios Propecia e Proscar, que contêm o princípio ativo finasterida, depois que os resultados de testes clínicos mostraram mais efeitos colaterais que não haviam sido incluídos no momento da aprovação, informou a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA).A nova bula do Propecia, um medicamento para tratar a calvície masculina, incluirá "transtornos da libido, transtornos da ejaculação e transtornos de orgasmo que continuaram depois do abandono do remédio", informou a FDA.O Proscar, que trata os sintomas do crescimento da próstata, agora terá a frase "diminuição da libido, que continua depois de abandonar o remédio".Além disso, as duas marcas estão sendo revisadas para "incluir uma descrição dos relatórios de infertilidade masculina e/ou baixa qualidade do sêmen, que normalizou ou melhorou depois de abandonar a droga".A porta-voz da FDA, Stephanie Yao, explicou que já era conhecido que os remédios haviam provocado previamente efeitos sexuais colaterais em um pequeno número de pacientes, e que parte desta informação foi incluída na bula no momento da aprovação."A alteração da bula amplia a lista dos efeitos sexuais adversos reportados à FDA depois da comercialização", declarou Yao.
A entrada do Proscar no mercado americano foi aprovada em 1992, enquanto a do Propecia aconteceu em 1997. Em 2011, as bulas dos dois remédios foram revisadas para incluir a disfunção erétil que continuava depois do fim do uso do medicamento, explicou a agência americana.A FDA destacou que, apesar de não terem sido estabelecidos vínculos claros entre a finasterida e efeitos sexuais adversos, os casos sugerem uma "gama mais ampla de efeitos contrários do que se informou previamente em pacientes que tomaram os medicamentos".Os testes clínicos mostraram que 3,8% dos homens que tomaram o Propecia notificaram um ou mais efeitos sexuais colaterais, contra 2,1% dos que tomaram um placebo.
"Propecia e Proscar são geralmente bem tolerados e efetivos para seus respectivos usos de acordo com a bula do produto aprovado", afirmou a Merck em um comunicado.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Medicamento para tratar AVC passa a fazer parte da lista da rede pública

Christina Machado
Da Agência Brasil, em Brasília

O Alteplase, usado por alguns hospitais da rede particular no tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, passa a fazer parte da lista de medicamentos disponibilizados pela rede pública de saúde. A portaria regulamentando o emprego do remédio foi publicada nesta sexta-feira (13) no Diário Oficial da União.Os hospitais deverão solicitar o credenciamento do medicamento às secretarias de Saúde nos estados, que encaminharão a demanda para autorização do Ministério da Saúde.Para o credenciamento, os hospitais deverão disponibilizar um conjunto de procedimentos destinados ao tratamento desses pacientes, desde o atendimento básico, com a aplicação do medicamentos, até a oferta de leitos e a infraestrutura para a reabilitação.A medida é fruto de consulta pública aberta pelo Ministério da Saúde, no ano passado. O medicamento já era usado pelo sistema público para casos de infarto agudo do miocárdio. Em casos de AVC isquêmico, quando a obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro, o Alteplase dissolve o coágulo e normaliza a passagem do sangue.
De acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), o AVC é a segunda maior causa de morte e a principal causa de incapacidade no mundo. Com base nas informações do DataSUS, de 2005 a 2009, foram registrados no Brasil cerca de 170 mil internações por AVC ao ano, com um percentual de óbitos de 17%.Os AVCs são classificados como hemorrágico ou isquêmico, sendo esse último o mais frequente, representando em torno de 85% dos casos. Aterosclerose de pequenas e grandes artérias cerebrais é responsável pela maioria dos AVCs, seja hemorrágico ou isquêmico.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Remédio pediátrico contra doença de Chagas já pode ser comercializado

EFE

O secretário de Ciência, Tecnologia e Produtos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, anunciou nesta sexta-feira que foi liberada a comercialização da versão pediátrica do remédio contra a doença de Chagas produzido pelo laboratório brasileiro Lafepe, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrar o medicamento.A certificação permitirá a produção e a venda do remédio, criado em parceria com a instituição internacional Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi), a partir da publicação do decreto da Anvisa, em 12 de dezembro.O anúncio de Gadelha foi feito durante a reunião anual da entidade, no Rio de Janeiro."O Laboratório Farmacêutico Público de Pernambuco (Lafepe) só estava esperando o registro para iniciar a produção, por isso calculamos que o medicamento poderá ser lançado este mês", disse à Agência Efe um funcionário da DNDi.O acordo do laboratório com a instituição prevê que o benzonidazo será vendido a preço de custo nos países da América do Sul e Central, onde a doença é endêmica e atinge entre oito e 10 milhões de pessoas.O Lafepe é o segundo maior laboratório público do Brasil, e atualmente é o único na América Latina que conta com a tecnologia para produzir o medicamento. Até o momento, não existia um remédio contra a doença de Chagas produzido especificamente para crianças.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Usado para tratar rugas, ácido retinoico pode envelhecer a pele

MARIANA VERSOLATO/FOLHA
DE SÃO PAULO

O uso incorreto do ácido retinoico, receitado para tratar rugas e acne, pode envelhecer a pele.
O ácido induz a formação de colágeno, que dá firmeza à pele, melhora o aspecto de manchas e reduz os poros.

Editoria de Arte/Folhapress

Mas, segundo um estudo publicado no "British Journal of Dermatology", se o ácido retinoico causar inflamação, sua ação e a produção de colágeno serão reduzidas.
De acordo com Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, descamação, irritação e vermelhidão excessivas após o uso do ácido são sinais de problema e não de eficácia do produto, ao contrário do que muitos pensam. Volpe diz que, no início do uso do ácido, a irritação é normal. "Mas, se ela for prolongada, ocorre uma inflamação. Aí se dá o efeito contrário, e o colágeno é destruído. Você pode envelhecer ou ficar na estaca zero, porque o produto não age." Em caso de inflamação, o dermatologista recomenda consultar um médico para reduzir o uso do produto ou sua concentração, intercalar os dias da aplicação ou até suspendê-la. No estudo, foram testadas as concentrações de 0,01%, 0,025% e 0,05% do ácido, aplicado nas nádegas de voluntários três vezes por semana por oito semanas. Os médicos fizeram biópsias periódicas na pele deles e constataram a inflamação e a redução do colágeno em quem usou concentrações maiores ou iguais a 0,025% de ácido. "Até agora, a gente achava que, quanto maior a dose do ácido, maior o efeito terapêutico. O estudo mostrou que precisamos levar o processo inflamatório em conta", afirma Volpe. No entanto, o médico diz que as reações dependem do tipo de pele.
A dermatologista Denise Steiner faz ressalvas ao estudo e compara os resultados com a prática clínica. "A melhora parece maior quando se tem a irritação, talvez porque, ao descamar, a pele fica mais fina e há maior penetração do produto."

sábado, 19 de novembro de 2011

Nova droga eleva colesterol bom e reduz o ruim

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE /FOLHA

Estudo apresentado nesta semana no congresso da American Heart Association, em Orlando, nos EUA, mostra que um novo remédio conseguiu aumentar os níveis do chamado colesterol bom, o HDL, e baixar as taxas do ruim, o LDL. Quando combinado aos remédios já usados para baixar colesterol (estatinas), o evacetrapib mais que dobrou os níveis de colesterol bom e reduziu em até 35% o colesterol ruim, além de diminuir os triglicérides, outro indicador de risco cardíaco que é medido em exames de rotina.

Editoria de Arte/Folhapress

O novo remédio pertence a um grupo de substâncias que inibem uma proteína responsável por transferir colesterol do HDL para o LDL, aumentando a proteção contra o entupimento dos vasos.
O HDL funciona "limpando" o colesterol das artérias e o levando até o fígado. De lá, ele é eliminado do corpo.
Segundo Raul Santos, diretor da unidade de lípides do InCor (Instituto do Coração), um nível baixo de HDL é um sinal de risco de infarto. Resultados abaixo de 40 mg/dl para homens e 50 mg/dl para mulheres são um sinal de alerta, de acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Remédios da mesma família do evacetrapib vêm sendo testados há alguns anos. O primeiro deles foi uma grande decepção para os médicos, afirma Santos, porque aumentou a pressão arterial dos pacientes e o risco de problemas cardíacos. "Depois disso, foram desenvolvidas mais três moléculas que, até agora, não causaram esses efeitos."
Um desses medicamentos, o dalcetrapib, está sendo testado no InCor por 20 pacientes, há dois anos. "Em 2013 devemos ter uma resposta sobre os efeitos da droga." Os médicos ainda precisam determinar se o mecanismo usado pela droga para aumentar o colesterol bom pode prejudicar a pessoa a longo prazo. A proteína cuja ação é inibida pelo remédio para aumentar o colesterol bom pode ter uma ação protetora para as artérias. "O efeito do remédio sobre o colesterol é ótimo, mas ainda não sabemos se isso vai prevenir eventos cardíacos", diz Santos. O novo estudo, feito por médicos da Cleveland Clinic e publicado no "Journal of the American Medical Association", sugere testes maiores para comprovar os benefícios do remédio.
POLÊMICA
Um outro estudo apresentado no congresso americano de cardiologia e publicado no "New England Journal of Medicine" levanta o debate sobre outra substância usada há mais de 50 anos para aumentar o HDL, a niacina. A pesquisa analisou o impacto da substância em pessoas com LDL controlado (abaixo de 70 mg/dl). Segundo os autores e um editorial publicado na revista médica, o remédio deve ser aposentado, porque não aumenta o colesterol bom dos pacientes e causa vermelhidão da pele.
Segundo o cardiologista do InCor, no entanto, ainda é preciso esperar o resultado de um estudo maior, com 25 mil pessoas, antes de desistir do remédio. "Ele é seguro, está no mercado há décadas."

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Anvisa divulga alerta a médicos após estudo associar pílulas a risco de trombose

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

As pacientes em uso de anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona devem seguir todas as recomendações do médico que as acompanha As pacientes em uso de anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona devem seguir todas as recomendações do médico que as acompanha
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) solicita que os profissionais de saúde notifiquem à instituição eventuais reações adversas graves em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, mesmo que as reações estejam descritas em bula. As pílulas com a substância são conhecidas no mercado brasileiro pelas marcas Yaz e Yasmin.
As notificações devem ser feitas pelo sistema Notivisa, disponível no site da Anvisa. Esse acompanhamento mais atento se deve à publicação de estudos recentes no British Medical Journal e no site da agência norte-americana para medicamentos e alimentos, o FDA (Food and Drugs Administration).O estudo divulgado pelo FDA nesta quarta-feira sugere um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos, de trombose venosa e tromboembolia pulmonar. Dois artigos publicados no British Medical Journal (BMJ) levantaram a mesma questão.As pacientes em uso de anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona devem seguir todas as recomendações do médico que as acompanha. É importante comunicar imediatamente ao médico caso desenvolvam reações adversas durante o uso, mesmo que as reações constem da bula.
Em observação
A Anvisa informa aos profissionais de saúde e pacientes que ainda não concluiu parecer definitivo sobre os medicamentos, mas permanece acompanhando o assunto. No momento a posição da Anvisa é favorável ao uso, desde que utilizados sob supervisão médica e de acordo com as orientações contidas na bula.
Estudos publicados anteriormente, em 2007 e 2009, também abordaram o risco de coágulos sanguíneos em mulheres que usam pílulas anticoncepcionais contendo drospirenona. Entretanto, esses estudos tiveram resultados conflitantes.

sábado, 29 de outubro de 2011

Jackson provavelmente tomou oito sedativos extras, diz perito

Ele pode ter engolido oito comprimidos de lorazepam no dia em que morreu.Conrad Murray é acusado de homicídio involuntário do cantor americano.

Da Reuters
 
Comente agora
Conrad Murray (Foto: AP)O médico Conrad Murray (Foto: AP)
Michael Jackson pode ter engolido oito comprimidos adicionais do sedativo lorazepam na manhã em que morreu, em 2009, disse em depoimento nesta sexta-feira uma testemunha perita. O doutor Paul White, previsto para ser a última testemunha da defesa no julgamento por homicídio involuntário do médico do cantor, doutor Conrad Murray, criticou as teorias da acusação sobre o que aconteceu nas horas antes de Jackson ser encontrado sem vida em sua cama.

As autoridades concluíram que Jackson morreu em 25 de junho de overdose do anestésico propofol, com lorazepam contribuindo para a morte. Murray admitiu ter dado a Jackson propofol e duas injeções de dois miligramas cada de lorazepam para ajudá-lo a dormir. Mas a autópsia detectou no corpo de Jackson níveis mais altos de lorazepam.Usando modelos matemáticos para explicar os efeitos de doses diferentes de drogas, White disse que Jackson pode ter engolido oito outros comprimidos de lorazepam durante uma longa noite insone, elevando o nível da droga em seu sangue ao nível constatado na autópsia. "O fato de haver uma quantidade mesmo minúscula de lorazepam livre (no estômago) é consistente com a teoria de que ele tomou o lorazepam por via oral", disse White.O perito criticou o cenário proposto na semana passada por um perito da acusação, segundo o qual Murray pode ter aplicado em Jackson muito mais injeções do sedativo do que admitiu à polícia. White disse que doses tão altas teriam levado o paciente a perder a consciência rapidamente."Não posso imaginar ninguém sentado ao lado da cama injetando repetidas e grandes doses de lorazepam em alguém", disse White. A expectativa era de que White falasse ainda nesta sexta-feira sobre a alegação central dos advogados de Murray: que Jackson teria tomado uma dose extra e fatal de propofol sem o conhecimento de Murray.White disse ao júri na quinta-feira que parece incomum que Jackson tivesse morrido da dose relativamente pequena de 25 miligramas de propofol que Murray disse à polícia ter injetado no popstar. Murray nega ter cometido homicídio involuntário, mas, se for condenado, pode ser sentenciado a até quatro anos de prisão. A expectativa é de que a defesa encerre seus argumentos no início da próxima semana, sem Murray ser chamado para depor.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Alho ajuda a prevenir doenças e deve ser consumido cru, diz nutricionista

Ele tem vitaminas A, B1, B2, C.Compostos controlam glicose e colesterol.

Do G1 MG
 



O alho faz parte de um grupo de alimentos chamados funcionais, que tem componentes ativos capazes de auxiliar na prevenção de doenças. De acordo com a nutricionista Joyce Batista Andrade, ele tem vitaminas A, B1, B2, C e compostos que podem ajudar no controle da glicose e colesterol. Ainda segundo a especialista, ele pode prevenir doenças cardiovasculares, gripe e até mesmo o câncer.
Para aproveitar todos os benefícios que o alho pode oferecer, a nutricionista diz que é necessário comê-lo cru e triturado. Dessa forma, todas as propriedades do alimento, comumente usado como tempero, vão ser liberadas.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Anvisa proíbe emagrecedor derivado de anfetamina e mantém venda de sibutramina

Camila Campanerut
Do UOL Ciência e Saúde
Em Brasília
  • Genérico da sibutramina, medicamento para emagrecer que está na mira dos técnicos da Anvisa desde que um estudo indicou aumento do risco de problemas cardiovasculares com o uso da droga Genérico da sibutramina, medicamento para emagrecer que está na mira dos técnicos da Anvisa desde que um estudo indicou aumento do risco de problemas cardiovasculares com o uso da droga
A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável por regular os medicamentos no país, votou nesta terça-feira (4) pela proibição de três inibidores de apetite derivados de anfetaminas (anfepramona, femproporex e mazindol). Já o uso de medicamentos à base de sibutramina  – que causou maior polêmica – foi liberado, mas sob controle maior de uso e de venda. As normas de restrição ainda serão definidas pela agência.
A decisão dos diretores seguiu o relatório do diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano que estabeleceu a proibição da produção e o cancelamento de registros válidos e impedimento de novos registros de medicamentos baseados em anfepramona, femproporex e mazindol.Dos quatro diretores que votaram o tema, apenas um foi contra a venda de sibutramina. Já em relação aos anfetamínicos, a decisão de proibir a venda foi unânime. Depois de publicada a norma pela agência, as farmácias terão o prazo de 60 dias para retirar os produtos das prateleiras.A discussão sobre o tema começou no início do ano, sob a alegação de que os riscos à saúde desses remédios superam os benefícios. No começo dos debates, a ideia era banir todos medicamentos com derivados de anfetaminas (femproporex, mazindol e anfepramona) e a sibutramina.Relatório elaborado pelos técnicos da Anvisa e apresentado aos membros da Câmara Técnica de Medicamentos no mês passado já mostrava que a agência havia recuado na decisão de proibir a venda de emagrecedores. A pressão feita por médicos e indústria farmacêutica pode ter sido um dos motivos para flexibilizar a ideia original.Estudos indicam que os medicamentos derivados da anfetamina, também chamados de anorexígenos, podem provocar problemas cardiopulmonares e no sistema nervoso central. Além de femproporex, mazindol e anfepramona, há outros produtos desse tipo no mercado, como a dietilpropiona. A agência ainda não definiu se eles serão mantidos.

Termo de compromisso

A sibutramina, droga que aumenta a saciedade, é um dos principais substâncias utilizadas para pessoas no tratamento de pessoas com problemas de sobrepeso e obesidade. Desde março do ano passado, elas passaram a ter um controle maior de prescrição e venda no Brasil, após um estudo indicar que o uso contínuo pode aumentar o risco de infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Na Europa, o uso da droga é proibido.As análises sobre estes produtos disponíveis no mercado verificaram que eles são mais indicados para obesos sem histórico de doenças cardíacas, pacientes com diabetes, mulheres com ovários policísticos e aqueles com hepatite não alcoólica. Deve ser recomendado, inclusive, o descontinuidade do uso para pacientes que não responderam em quatro semanas ao tratamento com esta substância.
Barbano ressaltou que o uso dos medicamentos com sibutramina estará sob monitoramento pela agência por mais 12 meses para a análise do perfil de segurança do produto. Ele recomenda ainda que os médicos e pacientes deverão assinar um termo de compromisso e que terão a responsabilidade de reportar qualquer tipo de efeito colateral decorrente do uso deste remédio. Mas todas as normas de restrição ainda serão definidas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Brasil testa polipílula que poderá prevenir doenças cardiovasculares

MARIANA VERSOLATO/FOLHA
DE SÃO PAULO

Uma pílula que reúne quatro remédios para controlar a pressão arterial e o colesterol e prevenir o entupimento de vasos sanguíneos está sendo testada em diferentes países, incluindo o Brasil, para reduzir a incidência de doenças cardiovasculares.
São dois os alvos: pacientes com risco moderado que não têm bons resultados com dieta e exercícios e pessoas com risco elevado, que já tiveram infarto ou derrame.
Arte

O país já participou da primeira fase do primeiro estudo internacional com a chamada polipílula.
Os resultados, publicados em maio na revista "PLoS One", mostraram que a pílula pode diminuir em 60% o risco de infarto e derrame em pessoas com risco moderado. Na pesquisa, esses pacientes tinham idade média de 60 anos, eram obesos e tinham pressão arterial e colesterol pouco elevados, além de outros fatores de risco. "São pessoas que não necessitariam de medicação, mas, infelizmente, boa parte delas não consegue reduzir o risco com outras medidas", diz Otávio Berwanger, cardiologista do HCor (Hospital do Coração) e coordenador da pesquisa no Brasil. Ao todo, 378 voluntários participaram do trabalho, que também foi feito na Índia, na Austrália, na Holanda, na Nova Zelândia e nos Estados Unidos.
A NOVA PESQUISA
A segunda fase do estudo começa em novembro, com pacientes que já tiveram infarto ou AVC e tomam os remédios separadamente. No Brasil, a pesquisa envolverá 22 hospitais, além do HCor, e 2.000 pessoas em todas as regiões do país. Além disso, em 2012, o país deve participar da terceira fase de uma pesquisa já iniciada na Índia, na China e no Canadá. Dessa vez, o responsável pela pesquisa brasileira será o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. O objetivo, segundo o cardiologista Álvaro Avezum, diretor da divisão de pesquisa do instituto, é testar a medicação em 2.000 pacientes de São Paulo com risco cardíaco moderado.
MEDICALIZAÇÃO
De acordo com Luiz Antonio Machado César, presidente da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) e cardiologista do InCor (Instituto do Coração da USP), a ideia é simplificar e baratear o tratamento. Berwanger lembra que, hoje, no máximo metade dos pacientes de alto risco segue o tratamento corretamente. "Se pudermos facilitar a vida do paciente, mantendo os benefícios dos remédios, com custo menor e maior adesão, será muito interessante." Ele afirma, no entanto, que a ideia não é "medicalizar" a prevenção de quem tem risco moderado. "A adesão a dieta e exercícios é péssima, apesar de as mudanças serem fundamentais. Essas pessoas não sentem nada, mas a tendência é piorar", afirma.
"Mudar o estilo de vida da população é utopia. Do jeito que a gente montou nossas cidades e a nossa vida nos grandes centros, essa opção não existe", afirma César.
Berwanger recorda, no entanto, que não se trata da "pílula da vida eterna", e que o controle de fatores como tabagismo e obesidade, deverá ser mantido, mesmo para quem tomar a polipílula.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Efeito rápido é atrativo de nova pílula para impotência

Versão solúvel e de uso diário são armas contra concorrência dos genéricos
Comprimidos agem a partir de 15 minutos após o uso; princípio ativo é o mesmo das fórmulas tradicionais
 
DÉBORA MISMETTI/FOLHA
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE

Um comprimido para disfunção erétil com sabor de menta e que se dissolve na boca acaba de ser lançado no mercado brasileiro.
A nova versão do Levitra (vardenafila), da Bayer, vem em embalagem "discreta", para parecer mais um chiclete do que um remédio.Sua absorção é mais rápida do que a do comprimido comum. A partir de 15 minutos após o consumo, os efeitos já começam, contra 40 minutos da pílula tradicional.Em março, a Pfizer, fabricante do Viagra, lançou uma versão mastigável, também com sabor menta, no México. Batizado de Viagra Jet, o comprimido ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
A Eli Lilly, fabricante do Cialis (tadalafila) fez sua investida no ano passado, quando criou uma forma de uso diário do remédio.Isso dispensa o homem de ter que planejar o ato sexual, porque a ação da droga é constante.Segundo o urologista André Cavalcanti, professor da Unirio (Universidade Federal do Estado do RJ), a ação mais rápida dos comprimidos solúveis e o fato de que eles dispensam o copo de água são vantagens, mas isso não muda a qualidade do efeito para o paciente.
"Facilita o acesso e tira a conotação de medicação, o que pode até estimular o uso recreativo. Mas não muda muita coisa. É uma opção de diferenciação da marca frente aos genéricos."
A patente do Viagra, expirada em abril de 2010, permitiu a venda dos genéricos da sildenafila, princípio ativo do remédio.Segundo Odnir Finotti, presidente da PróGenéricos, há comprimidos hoje vendidos por R$ 5. O Viagra é encontrado por cerca de R$ 12 a unidade nas farmácias.
Finotti diz que a criação de novas versões dos comprimidos é uma tentativa de criar nichos para atrair o consumidor. "Mas o importante é o preço: será que as pessoas vão conseguir pagar?"
USO DIÁRIO
Para o urologista Celso Gromatzky, do Hospital Sírio-Libanês, os remédios solúveis aumentam o conforto dos pacientes, mas foi o lançamento do comprimido de uso diário que mais os ajudou.
"Alguns pacientes têm um grau de ansiedade tamanho que não conseguem administrar o uso do comprimido sob demanda [antes da relação sexual]."O uso diário da tadalafila de 5 mg é seguro, segundo o médico, desde que não haja contraindicação. "Temos experiência de uso dessas drogas com doses mais altas para recuperação de pacientes após cirurgia de próstata."

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Recall de antisséptico bucal Oral-B chega ao Brasil

A Procter & Gamble, a maior fabricante do mundo de produtos para o lar e higiene pessoal, anunciou nesta sexta-feira que está recolhendo alguns tipos de antissépticos bucais Oral-B no Brasil.
De acordo com comunicado da empresa, a medida preventiva foi tomada depois que foram encontrados agentes microbianos fora de especificação em alguns produtos fabricados em uma de suas unidades terceirizadas na Colômbia.
A empresa já havia anunciado nesta sexta que recolheria 35.892 enxaguantes bucais na China, todos de um lote com vencimento em 30 de junho de 2014.
No Brasil, os produtos que serão recolhidos são os antissépticos bucais Oral-B nos tamanhos 2 litros, 750 ml e 500 ml. A P&G não informou quantos produtos serão tirados do mercado no país.
"As demais versões e aqueles produzidos no Brasil atendem a todas as especificações de qualidade e continuarão disponíveis aos consumidores", informa a empresa. A informação sobre o local de produção está disponível no verso de cada embalagem.
Na nota, a P&G diz que mesmo que o nível microbiano esteja presente nos antissépticos, não representa "praticamente nenhum risco às pessoas saudáveis. Entretanto pessoas com sistema imunológico severamente debilitado podem estar suscetíveis a efeitos adversos."
A empresa afirma ainda que os consumidores devem descartar o produto afetado, guardar a embalagem e contatar a P&G Brasil pelos números 0800 727 1086, 0800 727 1085, ou 0800 727 1164 para obter reembolso.
 

Droga pode prevenir infecção do vírus HIV

Duas pesquisas realizadas na África mostraram até 73% de redução no risco de contração do víruspor Redação Galileu
Um comprimido diário, que custa apenas 25 centavos de dólar, pode prevenir homens e mulheres de contrair o vírus HIV de parceiros soropositivos. A descoberta, resultado de dois estudos na África, fornece oportunidades sem precedentes de prevenir o crescimento de infecções. A primeira pesquisa, chamada de Partners PrEP, foi realizada pela Universidade de Washington, nos EUA, nos países do Quênia e de Uganda. Os cientistas recrutaram 4758 casais, sendo soropositivo um dos parceiros de cada par. Os não infectados tomaram uma dose diária ou da droga Viread (tenofovir), ou da Truvada (combinação de tenofovir e emtricitabina), ou de placebo. Apenas 13 participantes que tomaram a droga combinada foram infectados, comparados aos 78 que tomaram placebo, representando uma redução de 73% no risco de infecção. Entre as pessoas que tomaram o Viread, 18 contraíram o vírus, o que mostra uma redução de 62%. O outro estudo foi conduzido juntamente pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e pelo Ministério de Saúde de Botsuana, país onde foi realizada a pesquisa. Nela, 1200 pessoas sexualmente ativas e não portadoras do vírus receberam ou uma dose diária de Truvada, ou de placebo. Depois de mais de dois anos, nove pessoas que tomaram Truvada foram infectadas, ao lado dos 24 entre os que tomaram placebo – uma diminuição de 63% do risco.
Os resultados dos dois estudos vão ser apresentados na Conferência da International Aids Society (IAS), em Roma, na Itália, que acontece ainda neste mês.

(via New Scientist)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Remédios para dor podem aumentar riscos de arritmia e AVC

Alguns medicamentos podem elevar riscos de arritmias. Foto: Getty Images Alguns medicamentos podem oferecer risco cardíaco
Foto: Getty Images

Alguns anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, comumente usado em tratamentos de artrite, podem elevar os riscos de acidente vascular cerebral (AVC), segundo estudo publicado no British Medical Journal e no jornal Daily Mail desta terça-feira (5).Segundo cientistas dinamarqueses que acompanharam mais de 30 mil voluntários, pacientes que tomam o medicamento diariamente têm 40% mais chances de desenvolver arritmias cardíacas e outras complicações. Outros analgésicos conhecidos como inibidores de Cox-2, usados em tratamentos de artrite, aumentam os riscos cardíacos em até 70%.Esta é a primeira vez que pesquisadores descobrem que anti-inflamatórios não esteroidais podem alterar o ritmo cardíaco, podendo levar a derrames. Pacientes idosos, com artrite reumatoide ou problemas renais crônicos são os que mais apresentam riscos de desenvolver complicações pelo uso dos medicamentos.
O interessante é que a pesquisa sugeriu que os maiores riscos estão nos dois primeiros meses de tratamento, diminuindo em seguida. Alguns medicamentos já são prescritos pelos médicos com cautela, em especial naqueles que têm problemas cardíacos ou circulatórios e o uso dos remédios é sempre avaliado tendo em vista o custo-benefício do tratamento.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Remédios contra Aids podem causar envelhecimento precoce

Um tipo de medicamento genérico usado para tratamento do HIV na África e em outras regiões pobres do planeta pode causar envelhecimento precoce e doenças relacionadas com idade avançada, como problemas cardíacos e demência, afirmaram cientistas no domingo (26).
Em um estudo no jornal "Nature Genetics", pesquisadores britânicos descobriram que os remédios, conhecidos como inibidores da transcriptase reversa (NRTIs, em inglês), causam danos ao DNA na mitocôndria do paciente --as "baterias" que dão força para as células. Os cientistas disseram ser improvável que os mais recentes coquetéis de remédios contra a Aids --fabricados por empresas como Gilead, Merck, Pfizer e GlaxoSmithKline-- poderiam causar níveis similares de danos, já que se acredita que eles sejam menos tóxicos para as mitocôndrias. Mas é necessário realizar novas pesquisas para se ter certeza.
"Leva tempo para que esses efeitos colaterais fiquem aparentes, então há uma interrogação sobre o futuro, para descobrir se essas novas drogas vão causar ou não este tipo de problema," disse Patrick Chinnery, do Instituto de Medicina Genética da Universidade de Newcastle, em entrevista por telefone. "Provavelmente, eles não causam isso, mas não temos como ter certeza, pois não tivemos o tempo necessário para descobrir."
As descobertas, contudo, ajudam a explicar porque pessoas com HIV quando são tratadas com os medicamentos antigos contra a AIDS mostram, em alguns casos, sinais avançados de fragilidade e doenças como problemas cardíacos e demência enquanto jovens, afirmaram os pesquisadores.
"O DNA nas nossas mitocôndrias é copiado durante a nossa vida e, conforme envelhecemos, naturalmente acumula erros," disse Chinnery, que liderou o estudo. "Acreditamos que estas drogas contra o HIV aceleram o ritmo de criação desses erros. Então, em um prazo de dez anos, o DNA de uma pessoa pode ter acumulado a mesma quantidade de erros do que uma pessoa que envelheceu naturalmente 20 ou 30 anos."
Os remédios NRTI --sendo o mais conhecido o AZT, também chamado de zidovudine e criado originalmente pela GSK-- foram um grande avanço no tratamento do HIV quando surgiram no final da década de 1980. Eles aumentaram a vida dos pacientes e ajudaram a tornar o HIV uma doença crônica com gerenciamento possível em vez de uma sentença de morte. Preocupações sobre o nível tóxico dos NRTIs, especialmente em uso de longo prazo, culminaram com uma utilização menor em países ricos, onde foram substituídos por remédios mais caros e com efeitos colaterais menores.
Mas, em países pobres, onde o acesso aos medicamentos genéricos é, normalmente, a única maneira que os pacientes têm de HIV receber tratamento, os NRTIs ainda são usados de maneira generalizada.

domingo, 26 de junho de 2011

Brasil ajuda a pesquisar 'superpílula' para doenças cardiovasculares

Remédio promete substituir quatro outros medicamentos.
Produto poderá sair por um quarto do custo atual de tratamento.

Do G1, com informações do Jornal Nacional


Pesquisadores do Brasil e de seis outros países completaram com sucesso a primeira fase de testes de um remédio para prevenir doenças cardiovasculares, como informa reportagem do Jornal Nacional. O produto promete substituir quatro medicamentos para prevenir doenças cardiovasculares, a principal causa de mortes no país.
A superpílula combina um princípio ativo que evita o entupimento de artérias do coração, outro que baixa os níveis de colesterol no sangue e dois para reduzir a pressão. Segundo os pesquisadores, a novidade pode melhorar a vida de 30 milhões de pessoas.
Na primeira fase de testes, feita em sete países, 400 pacientes com risco de sofrerem infarto ou derrame experimentaram o remédio.
“Em todos esses países se viu uma redução de 60% no risco da pessoa sofrer um derrame ou infarto no futuro. E uma redução importante na pressão arterial, no colesterol, no risco da pessoa sofrer esse evento”, explicou o diretor de Pesquisas do Hospital do Coração, Otávio Berwanger.Os resultados deixaram os pesquisadores esperançosos e eles já criaram uma nova versão do remédio, que começa a ser testada em breve no Brasil e em mais cinco países. Durante um ano e meio, 8 mil pessoas que já tiveram derrame ou infarto vão tomar o medicamento.Só depois dessa nova pesquisa é que vai ser definida a produção em escala da pílula. Os cientistas já sabem que os efeitos colaterais são semelhantes aos do tratamento atual: sangramento, dor no estômago, dor de cabeça, náuseas.Mas será bem mais econômico. Segundo o Ministério da Saúde, o novo remédio deve custar, por ano, R$ 205, um quarto do que os pacientes gastam hoje com medicamentos convencionais.
“Sendo positivo, os resultados e tem todas as indicações de que será positiva, em 2013, a gente já introduz ele dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou o secretário Nacional de Ciência e Tecnologia, Carlos Gadelha.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ALERTA-Estudo liga combinação de remédios a maior risco de morte em idosos

DA BBC BRASIL

Um estudo revelou que a combinação de medicamentos usados para combater problemas cardíacos, depressão e alergias podem aumentar o risco de morte e de deterioração de funções cerebrais entre idosos.
Cientistas estimam que metade das pessoas com 65 anos ou mais consomem regularmente tais medicamentos. A pesquisa foi realizada entre 13 mil pessoas de 65 anos ou mais, pela Universidade de Anglia, no Reino Unido, a partir de dados coletados entre 1991 e 1993 envolvendo medicamentos vendidos mediante a apresentação de receita médica ou outros que dispensavam a apresentação de receita. O estudo se centrou nos efeitos colaterais desses remédios sobre uma substância química chamada acetilcolina, produzida no cérebro. A aceliticolina é um neurotransmissor que exerce um papel vital no sistema nervoso, o de passar mensagens de célula nervosa para célula nervosa. Mas muitos remédios, quando tomados simultaneamente, afetam o funcionamento da acetilcolina.
CLASSIFICAÇÃO
A pesquisa classificou 80 medicamentos de acordo com sua suposta capacidade ''anticolinérgica''. Anticolinérgicos são substâncias extraídas de plantas ou sinteticamente produzidas que inibem a produção de acetilcolina.
Elas foram classificadas em um placar que ia de 1 a 5.
Remédios considerados amenos foram avaliados como sendo de categoria 1. Os de efeitos considerados moderados foram listados como sendo 2. E os avaliados como tendo efeitos severos foram listados na categoria 3. Pacientes que tomavam uma droga considerada severa, juntamente com outras duas consideradas amenas eram enquadrados na categoria 5. Entre os considerados moderados figuram o analgésico codeína e o anticoagulante warfarin. Os que foram classificados como severos estão o ditropan, tomado para prevenir incontinência, e o antidepressivo seroxat. Entre 1991 e 1993, 20% dos pacientes que marcaram 4 pontos ou mais morreram. Entre aqueles que não tomaram medicamentos anticolinérgicos, apenas 7% morreram. Pacientes que marcaram 4 pontos ou mais tiveram um aumento de 4% na degeneração de suas funções cerebrais.
O estudo não pode, no entanto, concluir que necessariamente os medicamentos causaram morte ou reduziram as funções cerebrais, apenas indica uma associação.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pesquisa explica como analgésico também pode atacar depressão

REINALDO JOSÉ LOPES/FOLHA
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE

Pesquisadores nos EUA acabam de mostrar como um analgésico, a cetamina, também produz um efeito antidepressivo bem mais potente do que os remédios contra depressão disponíveis hoje.

A chave para o impressionante efeito da cetamina é a ação sobre um fator do cérebro que ajuda os neurônios a sobreviverem e formarem conexões entre si, consolidando memórias, por exemplo. Detalhes do estudo estão em artigo na revista científica "Nature". Lisa Monteggia e seus colegas da Universidade do Texas em Dallas avaliaram o potencial antidepressivo do remédio contra a dor em camundongos.
Já havia indícios de que, quando injetada, a cetamina é capaz de aliviar os sintomas de uma depressão forte -e isso em questão de apenas duas horas, com efeitos durando cerca de duas semanas.
Os antidepressivos tradicionais, por outro lado, podem demorar semanas para fazer efeito. Casos críticos, em que há risco de suicídio do paciente, poderiam se beneficiar muito de uma ação mais rápida do remédio.
ROEDOR TRISTE
Para comprovar esse efeito e entender como a droga atua, os cientistas ministraram cetamina a modelos animais de depressão --basicamente roedores cujo comportamento reproduz aspectos importantes da doença.Injeções do remédio tiveram efeito antidepressivo após 30 minutos nos animais.
Mas camundongos geneticamente modificados para não produzir o BDNF, o fator cerebral que atua como "salva-vidas" de neurônios, não se beneficiaram, indicando que esse fator é o alvo do medicamento no cérebro. Para os cientistas, a descoberta reforça a possibilidade de utilizar esse mecanismo em futuros antidepressivos de ação mais rápida.O princípio é mais importante do que a substância, já que a cetamina em si pode ter efeitos colaterais indesejáveis.

Melhor é fumar...Droga antifumo traz risco cardíaco, segundo estudo

DA ASSOCIATED PRESS

A FDA (agência reguladora de medicamentos e alimentos dos EUA) declarou nesta quinta-feira que o medicamento antitabagismo Champix, da Pfizer, pode aumentar o risco de ataque cardíaco em pacientes com problemas cardiovasculares.
"[Usuários dizem que Champix induz ao suicídio e processam Pfizer nos EUA]":
Os reguladores divulgaram um estudo com 700 pacientes com problemas cardíacos que mostra um pequeno aumento nos problemas do coração entre aqueles que tomaram o remédio, em comparação àqueles que receberam placebo.
A agência reguladora destacou que a droga ajudava os pacientes a parar de fumar, mas que esse benefício "deveria ser comparado aos riscos potenciais em pacientes fumantes com doença cardiovascular".
O Chanpix se liga aos receptores de nicotina no cérebro, reduzindo os sintomas da abstinência.
A FDA irá adicionar novas advertências ao rótulo do medicamento, relacionadas aos resultados da pesquisa. Os pacientes também receberão um guia atualizado com a prescrição do Chanpix, que fala sobre os riscos ao coração. A farmacêutica Pfizer vai ser obrigada a analisar um grande grupo de estudos para definir melhor o risco cardíaco, de acordo com a FDA. A empresa disse em comunicado que "as taxas globais de eventos cardiovasculares relatadas no estudo foram baixas". Aprovado em maio de 2006, o Chanpix já foi usado por milhões de pacientes nos EUA, embora as vendas tenham diminuído desde 2008, quando a droga foi ligada a efeitos psicológicos, como depressão e pensamentos suicidas.
Atualmente, estampa um aviso do tipo mais grave sobre esses riscos. O medicamento concorrente, da GlaxoSmithKline, Zyban, carrega o mesmo aviso.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cientistas combatem câncer hepático com ondas eletromagnéticas

Cientistas mexicanos do Cinvestav (Centro de Pesquisa e de Estudos Avançados) trabalham no desenvolvimento de um tratamento que emprega ondas eletromagnéticas de baixa frequência para combater o câncer hepático em estado avançado, informou a entidade na terça-feira (17).
Os pesquisadores conseguiram diminuir em 50% o número e o tamanho das lesões preneoplásicas, que são parte inicial do desenvolvimento do câncer, informou em comunicado Mónica Jiménez García, doutoranda do Cinvestav.Mónica explicou que, ao contrário das radioterapias que matam tanto às células malignas como as benignas, porque empregam energia muito alta, o uso de ondas eletromagnéticas de baixa frequência não chega a prejudicar as células saudáveis.A acadêmica, especialista em física médica, é assessorada pelos cientistas Saúl Villa Treviño, do departamento de Biologia Celular, e Juan José Godina Nava, da área de física do centro de altos estudos.O objetivo da pesquisa é determinar o efeito do campo eletromagnético controlado quando aplicado na fase avançada do desenvolvimento do câncer de fígado.
No estudo, os pesquisadores utilizaram a unidade hertz, frequência que se caracteriza por ser muito baixa, "não gera calor e tem longitudes que não afetam o organismo", destaca a nota.
Para realizar o experimento, os cientistas utilizaram ratos de laboratório com câncer hepático induzido quimicamente, que foram submetidos a uma exposição controlada de campo eletromagnético, mediante um equipamento desenhado e construído pelo também pesquisador do Cinvestav Miguel Ángel Rodríguez Segura.Durante um mês, os animais foram expostos diariamente às ondas eletromagnéticas por vários minutos, num processo em que um computador registrou informações sobre a amplitude do campo eletromagnético, frequência, tipo de onda e tempo de exposição.
Segundo a doutoranda, em países como Alemanha e Itália já se fazem tratamentos similares "de maneira experimental". No entanto, ela afirmou que ainda é necessário fazer muitas experiências sobre o assunto, até para saber se o tratamento é capaz de reduzir o tamanho de um tumor, já que muitos pacientes costumam ir ao médico quando a doença já está muito avançada.
De acordo com a acadêmica, o método das ondas eletromagnéticas de baixa frequência pode ser útil como tratamento preventivo em pessoas com predisposição ao câncer hepático.

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