FOTO-Wilson Pinheiro
A juíza Ivete Tabalipa, da 4ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, condenou a Rede Globo nesta terça-feira (21) ao pagamento de indenização por danos materiais fixados em 0,5% dos lucros auferidos com a minissérie “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes”, de autoria da novelista acreana Glória Perez, exibida em 55 capítulos, entre janeiro e abril de 2007.A decisão, publicada na edição do Diário da Justiça do Acre desta quarta, favorece parcialmente a nove herdeiros do sindicalista Wilson de Souza Pinheiro, o Wilsão, assassinado em Brasiléia (AC) na década dos 1980, com três tiros nas costas, no momento em que assistia o noticiário da TV, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia (AC), do qual era presidente.A magistrada decidiu que o valor da indenização terá que ser apurado em liquidação, devidamente corrigido pelo INPC e acrescido de juros moratórios de 1% ao mês.Não sendo possível a aferição dos lucros obtidos pela Rede Globo com a minissérie “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes”, a indenização será arbitrada em liquidação.
- Declaro resolvido o mérito, nos moldes do art. 269, I, do CPC. Face a sucumbência recíproca, condeno as partes ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados no importe de 10% (dez por cento) do valor da indenização, na proporção de 1/3 para a parte ré e 2/3 para os autores, observando quanto a estes a gratuidade judiciária deferida - escreveu na decisão a juíza Ivete Tabalipa.A ação indenizatória foi ajuizada por Ambrosio de Paiva Pinheiro, Andréia Paiva Pinheiro, Francisca Angelita Paiva Pinheiro, Hiamar de Paiva Pinheiro, Iliana de Paiva Pinheiro, Inêz de Paiva Pinheiro, Iolanda Pinheiro Bartha, Irismar de Paiva Pinheiro e Maria Terezinha de Paiva Pinheiro.A minissérie retratou momentos históricos do sindicalista Wilson Pinheiro sem a devida autorização dos herdeiros, que reivindicavam a condenação da Rede Globo ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais e pela utilização indevida dos direitos de personalidade de Wilson Pinheiro.A Rede Globo alegou que retratou a participação do sindicalista Wilson Pinheiro por ser imprescindível para a narrativa do protagonista Chico Mendes na minissérie, ante o envolvimento de ambos na causa dos seringueiros.Os fatos relacionados ao sindicalista, segundo a Rede Globo, diz respeito exclusivamente a sua vida pública, não tendo, em momento nenhum, retratado fatos de sua vida privada, limitando-se apenas a reproduzir fatos nacionalmente conhecidos e amplamente divulgados. Hiamar, filha de Wilson Pinheiro, chegou a participar da gravação da cena que retratava o velório de seu pai.O ponto controvertido da ação é a “indenizabilidade”, a título de danos morais e materiais da utilização da imagem de Wilson Pinheiro, sem autorização expressa de seus sucessores.
Embora Wilson Pinheiro fosse pessoa conhecida nacionalmente e os fatos retratados na produção televisiva de natureza pública, em razão de terem sido publicados em diversas revistas, a juíza entendeu que a exploração de sua imagem dependia do consentimento de seus sucessores.
- Não comprovando a ré a autorização dos autores para a exploração da imagem de Wilson Pinheiro, têm os autores direito à indenização em decorrência desse ato ilícito praticado pela ré - escreveu a magistrada na decisão.Porém, a juíza não reconheceu qualquer menção a cenas que tenham associado a imagem de Wilson Pinheiro a condutas desonrosas ou que sua reputação tenha sido exposta, de forma vexatória ou ofensiva, a comentários ou a palavras que pudessem desabonar a sua conduta ou a de sua família, ou ainda, que pudessem macular a sua honra, profanando a sua memória.- Assim, não há, de fato, dano moral compensável, pois ausente quaisquer provas da existência do componente psicológico, que evidencie o sofrimento ou a angústia dos autores com a retratação, na obra televisiva, da figura de seu parente.A família de Wilson Pinheiro pleiteava indenização pelo uso indevido dos direitos da imagem, entretanto, a juíza entendeu que “a causa de pedir desta é idêntica à do dano material pretendido pelos autores, razão pela qual tenho por improcedente tal pedido, uma vez que deferi-lo seria incorrer em bis in idem.”
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quarta-feira, 21 de março de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Claudia Raia substitui Flávia Alessandra em 'Gabriela'

Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
De acordo com a coluna Outro Canal, do jornal Folha de S.Paulo, Claudia Raia deve substituir Flávia Alessandra no remake de Gabriela.
As mudanças nas datas de gravações levaram Flávia a desistir da trama. Ela interpretaria a prostituta Zarolha.
As mudanças nas datas de gravações levaram Flávia a desistir da trama. Ela interpretaria a prostituta Zarolha.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Maurício Stycer-"As Brasileiras" começa com texto apelativo em ritmo de comédia pastelão
Seria precipitado avaliar uma série chamada “As Brasileiras”, formada por 22 episódios independentes, apenas com base no programa de estreia. Em todo caso, “A Justiceira de Olinda” reuniu problemas suficientes para fazer temer pelo conjunto do projeto.
O programa é derivado de “As Cariocas”, uma série em dez episódios, exibida pela Globo em 2010, por sua vez livremente inspirada no livro, com o mesmo título, de Sergio Porto (1923-1968).
O programa é derivado de “As Cariocas”, uma série em dez episódios, exibida pela Globo em 2010, por sua vez livremente inspirada no livro, com o mesmo título, de Sergio Porto (1923-1968).
Assim como sobrou muito pouco do livro de Porto na série criada por Daniel Filho, parece haver quase nada de “As Cariocas” em “As Brasileiras”, um projeto do mesmo diretor.A leveza e o bom humor do seriado original foram substituídos, ao menos neste primeiro episódio, por uma mão pesada que deu à história um tom de comédia pastelão, embalado por um texto altamente vulgar e apelativo.O argumento de “A Justiceira de Olinda” já sinalizava que o público não deveria esperar sutilezas do programa. Acreditando estar sendo traída, a morena (Juliana Paes) castra o marido (Marcos Palmeira), para só depois descobrir que cometeu um engano.
Por cerca de 30 minutos, o público foi submetido a uma coleção de piadas infames sobre o objeto em questão. “Será que o foguete sobe?”. “Cadê o penduricalho?” Ou ocorreu um “acidente nos países baixos”. E por aí foi.Também pareceu pouco animador ver a maneira como “As Brasileiras” se limitou a reproduzir clichês e cartões postais de Olinda. O texto de Marcos Bernstein incluiu pérolas como “Olinda tem 400 mil privilegiados” e “em Olinda o galo já acorda cantando frevo”.Do ponto de vista da audiência, “As Brasileiras” foi bem-sucedida, superado a minissérie “Rei Davi”, da Record, cujos primeiros três episódios haviam batido a programação da Globo. Mas, para quem esperava qualidade de um programa com a grife de Daniel Filho, deixou a desejar.
Mauricio Stycer-É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Ator estreia como transexual filho do presidente em "O Brado Retumbante"
Quando o paranaense Murilo Armacollo, 24, soube que iria interpretar Júlio/Julie, o filho transexual do presidente Paulo Ventura na minissérie "O Brado Retumbante" (Globo), sua primeira reação foi ligar para a família.
"Contei para a minha mãe, e ela me disse: 'Você sabe a responsabilidade que vai ter com esse personagem, né?'"
Murilo sabia. E ficou nervoso. "É um papel muito difícil, e era um mundo muito distante de mim", contou à coluna Outro Canal, assinada interinamente por Marco Aurélio Canônico e publicada na Folha deste domingo (22). Para somar ao nervosismo, é sua estreia na TV --com formação teatral, ele passou por musicais da Disney e teve papéis menores em "Hairspray" (2009), "Aladdin" (2010) e "New York, New York" (2011).
O ator foi buscar segurança para interpretar o papel fazendo laboratório com transexuais e entrou em contato com uma realidade triste. "Ouvi várias histórias de preconceito, agressões, não aceitação da família, de meninas que tentam a sorte no exterior, de cirurgias malsucedidas. É um mundo cruel." Segundo ele, Julie vai sofrer tudo o que uma transexual sofre nas ruas. "É polêmico, mas acredito que o Brasil vai se comover com a história." Além dos estudos para compor a mente e a personalidade de Julie, Murilo teve de se preparar fisicamente --a primeira coisa que fez foi perder 15 quilos em poucas semanas; com 1,75 m de altura, passou de 75 kg para 60 kg. "A transexual é uma mulher presa num corpo de homem. Eu tive de modelar o corpo, afinar as curvas. A gente trabalhou os movimentos, tive algumas aulas e assisti a todos os filmes de Marilyn Monroe para pegar gestos." O resultado começa a ser visto na próxima terça. Murilo gostaria que a série levasse os espectadores à reflexão. "Quero que essas meninas sejam tratadas com igualdade, que possam encontrar emprego, por exemplo."
"Contei para a minha mãe, e ela me disse: 'Você sabe a responsabilidade que vai ter com esse personagem, né?'"
Murilo sabia. E ficou nervoso. "É um papel muito difícil, e era um mundo muito distante de mim", contou à coluna Outro Canal, assinada interinamente por Marco Aurélio Canônico e publicada na Folha deste domingo (22). Para somar ao nervosismo, é sua estreia na TV --com formação teatral, ele passou por musicais da Disney e teve papéis menores em "Hairspray" (2009), "Aladdin" (2010) e "New York, New York" (2011).
João Miguel Jr./Tv Globo | ||
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O ator Murilo Armacollo, que veio do teatro, estreia na Globo na pele da transexual Julie em "O Brado Retumbante" |
O ator foi buscar segurança para interpretar o papel fazendo laboratório com transexuais e entrou em contato com uma realidade triste. "Ouvi várias histórias de preconceito, agressões, não aceitação da família, de meninas que tentam a sorte no exterior, de cirurgias malsucedidas. É um mundo cruel." Segundo ele, Julie vai sofrer tudo o que uma transexual sofre nas ruas. "É polêmico, mas acredito que o Brasil vai se comover com a história." Além dos estudos para compor a mente e a personalidade de Julie, Murilo teve de se preparar fisicamente --a primeira coisa que fez foi perder 15 quilos em poucas semanas; com 1,75 m de altura, passou de 75 kg para 60 kg. "A transexual é uma mulher presa num corpo de homem. Eu tive de modelar o corpo, afinar as curvas. A gente trabalhou os movimentos, tive algumas aulas e assisti a todos os filmes de Marilyn Monroe para pegar gestos." O resultado começa a ser visto na próxima terça. Murilo gostaria que a série levasse os espectadores à reflexão. "Quero que essas meninas sejam tratadas com igualdade, que possam encontrar emprego, por exemplo."
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
“O Brado Retumbante” é realidade disfarçada de ficção
NILSON XAVIER
A máxima televisiva “esta é uma obra de ficção e qualquer semelhança com nomes, fatos ou acontecimentos terá sido mera coincidência” deve ser seguida à risca para a minissérie global O Brado Retumbante, que estreou nesta terça-feira (17/01/2012). Mas é impossível ficar imune a tantas referências com a realidade. Mesmo quando disfarçada de um “Brasil fictício”, ao que a atração se propõe – em que, por exemplo, a sede do governo foi transferida de Brasília de volta para o Rio de Janeiro.

A TV brasileira já apresentou várias críticas ao Governo e governantes de nosso país, recheadas de metáforas com a realidade – O Salvador da Pátria, Que Rei Sou Eu?, Vale Tudo, O Bem Amado, Roque Santeiro, O Rei do Gado. Mas nunca se escancarou tanto uma realidade disfarçada de ficção como na trama de O Brado Retumbante, com personagens tão parecidos com os da vida real, em aparência ou atitudes – como os políticos e jornalistas que cercam o presidente protagonista.
O produto final é de uma qualidade inquestionável. A fotografia, a linguagem moderna e a temática remetem a alguns seriados da TV americana. Mas é no texto de Euclydes Marinho e seus colaboradores – Nelson Motta, Denise Bandeira e Guilherme Fiuza – que está o maior mérito da minissérie. Diálogos ágeis, irônicos, repletos de frases feitas, mas ácidas, com referências à história moderna de nosso país.
A direção segura – de Gustavo Fernandez em núcleo de Ricardo Waddington – prioriza o texto e valoriza a atuação dos atores. Domingos Montagner e Maria Fernanda Cândido apoiam-se em um elenco de coadjuvantes forte e interessante. Montagner vive o deputado Paulo Ventura, que vira Presidente da República da noite para o dia – literalmente – e tenta lidar com todas as consequências que isso lhe acarreta.

A audiência não correspondeu à qualidade da atração. O Brado Retumbante ficou poucos pontos acima do segundo lugar, o blockbuster A Hora do Rush 2 apresentado pelo SBT. Nesses tempos em que a “nova classe C” dita a programação da TV e comanda a audiência, é sempre bom festejar produções voltadas para um público “diferenciado”.
A máxima televisiva “esta é uma obra de ficção e qualquer semelhança com nomes, fatos ou acontecimentos terá sido mera coincidência” deve ser seguida à risca para a minissérie global O Brado Retumbante, que estreou nesta terça-feira (17/01/2012). Mas é impossível ficar imune a tantas referências com a realidade. Mesmo quando disfarçada de um “Brasil fictício”, ao que a atração se propõe – em que, por exemplo, a sede do governo foi transferida de Brasília de volta para o Rio de Janeiro.

A TV brasileira já apresentou várias críticas ao Governo e governantes de nosso país, recheadas de metáforas com a realidade – O Salvador da Pátria, Que Rei Sou Eu?, Vale Tudo, O Bem Amado, Roque Santeiro, O Rei do Gado. Mas nunca se escancarou tanto uma realidade disfarçada de ficção como na trama de O Brado Retumbante, com personagens tão parecidos com os da vida real, em aparência ou atitudes – como os políticos e jornalistas que cercam o presidente protagonista.
O produto final é de uma qualidade inquestionável. A fotografia, a linguagem moderna e a temática remetem a alguns seriados da TV americana. Mas é no texto de Euclydes Marinho e seus colaboradores – Nelson Motta, Denise Bandeira e Guilherme Fiuza – que está o maior mérito da minissérie. Diálogos ágeis, irônicos, repletos de frases feitas, mas ácidas, com referências à história moderna de nosso país.
A direção segura – de Gustavo Fernandez em núcleo de Ricardo Waddington – prioriza o texto e valoriza a atuação dos atores. Domingos Montagner e Maria Fernanda Cândido apoiam-se em um elenco de coadjuvantes forte e interessante. Montagner vive o deputado Paulo Ventura, que vira Presidente da República da noite para o dia – literalmente – e tenta lidar com todas as consequências que isso lhe acarreta.

A audiência não correspondeu à qualidade da atração. O Brado Retumbante ficou poucos pontos acima do segundo lugar, o blockbuster A Hora do Rush 2 apresentado pelo SBT. Nesses tempos em que a “nova classe C” dita a programação da TV e comanda a audiência, é sempre bom festejar produções voltadas para um público “diferenciado”.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Maurício Stycer-Programa de Dercy não era “a cara do Brasil”, mas de uma TV apelativa

A pressão da ditadura militar sobre a Globo contribuiu para a saída de Dercy, em 1970, como mostra a minissérie. “Os militares não gostavam de mim”, diz ela. “Os militares estão putos com a emissora e querem a tua cabeça também”, diz Boni, em outra cena (foto), quando a comunica que seu contrato não seria renovado.Mas a Globo também tinha interesse em se livrar dela. “Meu programa dá 70 pontos de Ibope”, diz Dercy. “Nem se desse 100%”, responde Boni. “A Globo não vai mais investir neste tipo de programa” .
Um dos programas de Dercy na Globo, chamado “Dercy de Verdade” (como o título da minissérie), promovia assistencialismo, distribuía muletas e recebia curandeiros, irmãs xifópagas e pessoas com deformidades físicas. “Sabe por que ‘Dercy de Verdade’ incomoda tanto? Porque é a cara do Brasil”, ela diz na minissérie.Na verdade, Dercy era a cara de uma televisão apelativa, popularesca, de baixa qualidade. Como mostra o livro “História da Televisão no Brasil: do início aos dias de hoje”, de Ana Paula Goulart Ribeiro, Igor Sacramento e Marco Roxo, a Globo aproveitou aquele momento, de pressão do governo e da imprensa, para se livrar também de outros nomes “antigos”, associados ao universo popularesco, que não combinavam com o seu projeto de modernização e integração nacional.
Em 1971, pressionada por causa de um episódio de baixaria exibido no programa do Chacrinha, a Globo se comprometeu a não explorar, “sob qualquer forma ou pretexto, a miséria, a desgraça, a degradação e a tragédia humanas”.Na ocasião, Boni disse que o acordo com o governo, também assinado pela Tupi, tinha o objetivo de “eliminar os espetáculos de mau gosto”.
Além de Dercy, a Globo se livrou, também, de Chacrinha, Jacinto Figueira Junior (“O Homem do Sapato Branco”) e Raul Longras, entre outros nomes populares que ocupavam a programação da emissora.
Como mostra o livro, a história da TV no Brasil é uma história de ondas de sensacionalismo e apelação desde os anos 60. Só não houve baixaria na TV na sua primeira década, quando
era um bem de consumo da elite. E, curiosamente, o conceito do que é “baixaria” mudou muito pouco nestes 50 anos.
Em tempo: O papel de Boni na minissérie “Dercy de Verdade” foi vivido por seu filho mais novo, Bruno Boni (foto). Ele tem 24 anos, é estudante e diz nao assistir televisão. É tão mau ator que cheguei a pensar, antes de saber do parentesco, que a sua escalação havia sido vingança de alguém da Globo contra Boni.
Um dos programas de Dercy na Globo, chamado “Dercy de Verdade” (como o título da minissérie), promovia assistencialismo, distribuía muletas e recebia curandeiros, irmãs xifópagas e pessoas com deformidades físicas. “Sabe por que ‘Dercy de Verdade’ incomoda tanto? Porque é a cara do Brasil”, ela diz na minissérie.Na verdade, Dercy era a cara de uma televisão apelativa, popularesca, de baixa qualidade. Como mostra o livro “História da Televisão no Brasil: do início aos dias de hoje”, de Ana Paula Goulart Ribeiro, Igor Sacramento e Marco Roxo, a Globo aproveitou aquele momento, de pressão do governo e da imprensa, para se livrar também de outros nomes “antigos”, associados ao universo popularesco, que não combinavam com o seu projeto de modernização e integração nacional.
Em 1971, pressionada por causa de um episódio de baixaria exibido no programa do Chacrinha, a Globo se comprometeu a não explorar, “sob qualquer forma ou pretexto, a miséria, a desgraça, a degradação e a tragédia humanas”.Na ocasião, Boni disse que o acordo com o governo, também assinado pela Tupi, tinha o objetivo de “eliminar os espetáculos de mau gosto”.
Além de Dercy, a Globo se livrou, também, de Chacrinha, Jacinto Figueira Junior (“O Homem do Sapato Branco”) e Raul Longras, entre outros nomes populares que ocupavam a programação da emissora.
Como mostra o livro, a história da TV no Brasil é uma história de ondas de sensacionalismo e apelação desde os anos 60. Só não houve baixaria na TV na sua primeira década, quando

Em tempo: O papel de Boni na minissérie “Dercy de Verdade” foi vivido por seu filho mais novo, Bruno Boni (foto). Ele tem 24 anos, é estudante e diz nao assistir televisão. É tão mau ator que cheguei a pensar, antes de saber do parentesco, que a sua escalação havia sido vingança de alguém da Globo contra Boni.
sábado, 14 de janeiro de 2012
'O Brado Retumbante' cria Brasil fictício e líder honesto

Foto: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias/Divulgação
MARIANA TRIGO O Brado Retumbante, minissérie da Globo que estreia no próximo dia 17, pretende retratar o que poderia ser um simulacro do Brasil. Na trama, o autor Euclydes Marinho, incomodado com a onipresente corrupção do país, escreveu uma história sobre um presidente da República íntegro e honesto - porém mulherengo -, que também é mostrado na intimidade. Vivido pelo protagonista Domingos Montagner, o presidente Paulo Ventura assume o cargo após uma manobra política e se torna uma espécie de fantoche do sistema. A produção de oito capítulos mostra a trajetória do personagem como deputado até o momento em que um grupo de velhas raposas" da política articula para que ele se torne presidente da Câmara.
Em seguida, um acidente aéreo mata o então presidente e seu vice. Paulo Ventura assume os 15 meses restantes como líder do país. Neste cenário de conchavos, a trama também mostra a relação do protagonista com sua ex-mulher Antônia, de Maria Fernanda Cândido, que se torna primeira-dama ao retornar para o marido. E também os conflitos com os filhos, especialmente com o transexual Julio/Julie, vivido pelo estreante Murilo Armacollo. Para pensar nas tramoias políticas, o autor convidou os jornalistas Guilherme Fiúza e Nelson Motta, além da socióloga Denise Bandeira para auxiliá-lo na trama.
Na direção, Euclydes estreia sua primeira parceria com o Ricardo Waddington, diretor de núcleo. "Quis mostrar que, por trás de todo presidente, existe um ser humano que tem dor de barriga, mãe e mulher. Mas é tudo ficção. Não tem nada a ver com alguém que está na política ou passou por ela", afirma o autor. Para tornar o produto com um acabamento mais requintado e próximo ao cinema, todos os cenários desenvolvidos por Isabela Urman, com produção de arte de Nininha Medicis, são fechados. Ou seja, diferentemente dos demais cenários da teledramaturgia, eles possuem teto e os bastidores dos estúdios não ficam expostos, o que requer uma iluminação diferenciada, com direção de fotografia de Fred Rangel. "Nos inspiramos na Riviera Francesa para a criação da sede do governo, que tem arquitetura eclética e traços de Art Nouveau. Nos interiores, quadros de Portinari e um toque modernista", frisa a cenógrafa.
Nestes cenários de traços elegantes e sóbrios, a minissérie pretende se estabelecer como um produto denso no horário da segunda linha de shows, deixado anteriormente por O Astro e que, em breve, vai ser ocupado pela minissérie Gabriela. "Há muito tempo a Globo não visitava esse universo maduro. Isso foi o que mais me atraiu. E é delicado falar desse assunto. É sensível abordar uma trama que mostra a vida do maior representante do país", avalia Ricardo Waddington. Em meio ao intenso panorama onde se passa a história, os autores inseriram breves pitadas de humor através dos personagens de Julieta, vivida por Maria do Carmo Soares, que interpreta a neurótica mãe do presidente. Ela contracena muito com Beijo, o tio trambiqueiro de Paulo Ventura, de Otávio Augusto.
Isso sem falar nas armações da bela Marta, de Juliana Schalch, que vive a filha bipolar do presidente. "Ela movimenta muito a vida do pai, que é um presidente que o Brasil gostaria muito de ter", acredita Juliana. Já no comando de toda a articulação política para colocar o protagonista no poder, está o Senador, vivido por Luiz Carlos Miéle. Ao seu lado, o vilão e maior inimigo de Paulo no poder, o Ministro da Justiça Floriano, interpretado por José Wilker. O duelo de ambos e a obsessão do protagonista em colocá-lo na cadeia promete ser um dos focos da história. "Os fatos políticos que acontecem na minissérie podem ser identificados em vários momentos da História mundial. Em contrapartida, vamos mostrar um presidente em seus assuntos mais cotidianos", esmiuça Domingos Montagner, que estreia como protagonista na história que conta com direção geral de Gustavo Fernandez.
"Vamos usar uma estética bem realista e pouca luz para criar um suspense cinematográfico. Quero aproximar o máximo possível do documental, com um tom mais jornalístico", descreve o diretor.
Em seguida, um acidente aéreo mata o então presidente e seu vice. Paulo Ventura assume os 15 meses restantes como líder do país. Neste cenário de conchavos, a trama também mostra a relação do protagonista com sua ex-mulher Antônia, de Maria Fernanda Cândido, que se torna primeira-dama ao retornar para o marido. E também os conflitos com os filhos, especialmente com o transexual Julio/Julie, vivido pelo estreante Murilo Armacollo. Para pensar nas tramoias políticas, o autor convidou os jornalistas Guilherme Fiúza e Nelson Motta, além da socióloga Denise Bandeira para auxiliá-lo na trama.
Na direção, Euclydes estreia sua primeira parceria com o Ricardo Waddington, diretor de núcleo. "Quis mostrar que, por trás de todo presidente, existe um ser humano que tem dor de barriga, mãe e mulher. Mas é tudo ficção. Não tem nada a ver com alguém que está na política ou passou por ela", afirma o autor. Para tornar o produto com um acabamento mais requintado e próximo ao cinema, todos os cenários desenvolvidos por Isabela Urman, com produção de arte de Nininha Medicis, são fechados. Ou seja, diferentemente dos demais cenários da teledramaturgia, eles possuem teto e os bastidores dos estúdios não ficam expostos, o que requer uma iluminação diferenciada, com direção de fotografia de Fred Rangel. "Nos inspiramos na Riviera Francesa para a criação da sede do governo, que tem arquitetura eclética e traços de Art Nouveau. Nos interiores, quadros de Portinari e um toque modernista", frisa a cenógrafa.
Nestes cenários de traços elegantes e sóbrios, a minissérie pretende se estabelecer como um produto denso no horário da segunda linha de shows, deixado anteriormente por O Astro e que, em breve, vai ser ocupado pela minissérie Gabriela. "Há muito tempo a Globo não visitava esse universo maduro. Isso foi o que mais me atraiu. E é delicado falar desse assunto. É sensível abordar uma trama que mostra a vida do maior representante do país", avalia Ricardo Waddington. Em meio ao intenso panorama onde se passa a história, os autores inseriram breves pitadas de humor através dos personagens de Julieta, vivida por Maria do Carmo Soares, que interpreta a neurótica mãe do presidente. Ela contracena muito com Beijo, o tio trambiqueiro de Paulo Ventura, de Otávio Augusto.
Isso sem falar nas armações da bela Marta, de Juliana Schalch, que vive a filha bipolar do presidente. "Ela movimenta muito a vida do pai, que é um presidente que o Brasil gostaria muito de ter", acredita Juliana. Já no comando de toda a articulação política para colocar o protagonista no poder, está o Senador, vivido por Luiz Carlos Miéle. Ao seu lado, o vilão e maior inimigo de Paulo no poder, o Ministro da Justiça Floriano, interpretado por José Wilker. O duelo de ambos e a obsessão do protagonista em colocá-lo na cadeia promete ser um dos focos da história. "Os fatos políticos que acontecem na minissérie podem ser identificados em vários momentos da História mundial. Em contrapartida, vamos mostrar um presidente em seus assuntos mais cotidianos", esmiuça Domingos Montagner, que estreia como protagonista na história que conta com direção geral de Gustavo Fernandez.
"Vamos usar uma estética bem realista e pouca luz para criar um suspense cinematográfico. Quero aproximar o máximo possível do documental, com um tom mais jornalístico", descreve o diretor.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
DERCY DE VERDADE: Palavrões com Qualidade
Nilson Xavier

Foi tudo muito rápido. O primeiro capítulo de Dercy de Verdade já começou no embalo da estreia do BBB12, engatou e atropelou a vida da comediante. Em um único capítulo, Dercy cresceu, ficou falada em Santa Maria Madalena, casou-se de mentirinha, foi para São Paulo, voltou, teve uma filha, foi para o Rio de Janeiro…
Não é fácil contar mais de 100 anos de vida de uma personalidade em apenas quatro capítulos – mas a minissérie bem que poderia ser mais longa. Ficou aquela impressão de que se precisava manter o telespectador grudado na TV. Lembrou a estreia da novela O Astro, que teve um primeiro capítulo alucinante.
Direção de arte, cenário e figurinos impecáveis – como costumam ser as minisséries da Globo. A fotografia teve predominância de tons pastel para representar a juventude de Dercy (Heloísa Périssé), contrastando com o colorido da apresentação em um teatro da Dercy já velha (Fafy Siqueira) – ou a Dercy real.
Heloísa Périssé fez uma Dercy divertida, mas que por vezes soou caricata – lembrou as várias personagens divertidas com as quais nos acostumamos a ver a atriz. Já o pouco que se viu de Fafy Siqueira foi o suficiente para perceber que ela encarnou Dercy Gonçalves, literalmente – apesar da voz diferente e da cara de Fafy eternamente lembrar o falecido Ronald Golias!
O texto é de Maria Adelaide Amaral, a “rainha das minisséries” – biográficas, como Um Só Coração, JK e Dalva e Herivelto. A direção geral é de Jorge Fernando, com quem Maria Adelaide trabalhou recentemente, na novela Ti-Ti-Ti. Um dos pontos altos da minissérie foi a presença da Dercy real, através de imagens de arquivo, da narração e da bela abertura.
O primeiro capítulo abrangeu as décadas de 1920 e 1930. Alguns pontos da direção de Jorge Fernando lembraram novelas de Walcyr Carrasco – os dois trabalharam em tramas de época que ocupavam o mesmo período da minissérie. A equipe do diretor em um texto de época com uma personagem de humor acentuou essa semelhança com a obra de Carrasco. Mas a trilha incidental foi o que saltou aos olhos. Até os acordes do tema de abertura de Chocolate com Pimenta foram ouvidos.
Dercy de Verdade já entra para a história como o programa em que se ouviram mais palavrões na TV brasileira. Isso justifica o horário em que é apresentada. Diante de uma obra tão bem acabada, de inegável qualidade, esses palavrões soaram pequenos. Dercy estava acima de tudo isso. A cena em que ela cospe na plateia durante uma apresentação soa como um tapa com luva de pelica na sociedade que a achincalhou. Dercy cuspiu na cara da sociedade e a sociedade aplaudiu.

Foi tudo muito rápido. O primeiro capítulo de Dercy de Verdade já começou no embalo da estreia do BBB12, engatou e atropelou a vida da comediante. Em um único capítulo, Dercy cresceu, ficou falada em Santa Maria Madalena, casou-se de mentirinha, foi para São Paulo, voltou, teve uma filha, foi para o Rio de Janeiro…
Não é fácil contar mais de 100 anos de vida de uma personalidade em apenas quatro capítulos – mas a minissérie bem que poderia ser mais longa. Ficou aquela impressão de que se precisava manter o telespectador grudado na TV. Lembrou a estreia da novela O Astro, que teve um primeiro capítulo alucinante.
Direção de arte, cenário e figurinos impecáveis – como costumam ser as minisséries da Globo. A fotografia teve predominância de tons pastel para representar a juventude de Dercy (Heloísa Périssé), contrastando com o colorido da apresentação em um teatro da Dercy já velha (Fafy Siqueira) – ou a Dercy real.
Heloísa Périssé fez uma Dercy divertida, mas que por vezes soou caricata – lembrou as várias personagens divertidas com as quais nos acostumamos a ver a atriz. Já o pouco que se viu de Fafy Siqueira foi o suficiente para perceber que ela encarnou Dercy Gonçalves, literalmente – apesar da voz diferente e da cara de Fafy eternamente lembrar o falecido Ronald Golias!
O texto é de Maria Adelaide Amaral, a “rainha das minisséries” – biográficas, como Um Só Coração, JK e Dalva e Herivelto. A direção geral é de Jorge Fernando, com quem Maria Adelaide trabalhou recentemente, na novela Ti-Ti-Ti. Um dos pontos altos da minissérie foi a presença da Dercy real, através de imagens de arquivo, da narração e da bela abertura.
O primeiro capítulo abrangeu as décadas de 1920 e 1930. Alguns pontos da direção de Jorge Fernando lembraram novelas de Walcyr Carrasco – os dois trabalharam em tramas de época que ocupavam o mesmo período da minissérie. A equipe do diretor em um texto de época com uma personagem de humor acentuou essa semelhança com a obra de Carrasco. Mas a trilha incidental foi o que saltou aos olhos. Até os acordes do tema de abertura de Chocolate com Pimenta foram ouvidos.
Dercy de Verdade já entra para a história como o programa em que se ouviram mais palavrões na TV brasileira. Isso justifica o horário em que é apresentada. Diante de uma obra tão bem acabada, de inegável qualidade, esses palavrões soaram pequenos. Dercy estava acima de tudo isso. A cena em que ela cospe na plateia durante uma apresentação soa como um tapa com luva de pelica na sociedade que a achincalhou. Dercy cuspiu na cara da sociedade e a sociedade aplaudiu.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
"Eu não escreveria uma série sobre Dercy se ela não pudesse falar palavrão", diz Maria Adelaide Amaral
James Cimino
Do UOL, em São Paulo
Parece estranho ouvir alguém dizer que a irreverente Dercy Gonçalves era uma mulher moralista e conservadora, mas é o que garante a autora da série “Dercy de Verdade”, que estreia hoje na Globo, e da biografia da comediante, “Dercy de Cabo a Rabo”, Maria Adelaide Amaral. Em entrevista ao UOL – Televisão, Maria Adelaide contou um pouco dos 15 dias em que “praticamente morou” com a comediante para escrever o livro e afirmou que não escreveria uma série sobre ela se não pudesse ter palavrão. Leia mais abaixo:
UOL – Por que você diz que Dercy era moralista?

Eu gostava muito de cantar. Cantava sempre, tinha boa voz, cantava mesmo apanhando, mesmo sofrendo, porque o canto não exprime so felicidade; muitas vezes era a forma de eu chorar."
Trecho do livro"Dercy de Cabo a Rabo", de Maria Adelaide AmaralMaria Adelaide Amaral – Para mim isso também foi uma surpresa, mas ela tinha severos princípios morais. Ela criou a filha longe da vida artística porque não queria que ela passasse pelos mesmos problemas que passou. Ela fez a filha casar e casar virgem. Queria um marido para levar Decimar [a filha] ao altar e dizia para ela que ela tinha que ser mais direita que as outras porque era filha de Dercy Gonçalves.
UOL – Há um trecho no livro em que ela conta que, para ela, cantar era uma forma de chorar. Você alguma vez a viu chorando?
Maria Adelaide Amaral – Ela não chorava por fora, mas chorava por dentro. Dercy era uma pessoa muito triste, embora fosse uma pessoa naturalmente engraçada. Mas pessoas próximas à minha mãe – que ia escondida assistir aos espetáculos dela, já que, naquela época, o pessoal da alta sociedade não admitia que via suas peças – diziam que ela era uma pessoa muito triste. Eu passei oito horas por dia com ela fazendo as entrevistas durante 15 dias. Estava muito antenada e percebi que ela era triste, porque ela sofreu e foi muito humilhada.
UOL – E como era a rotina da Dercy?
Maria Adelaide Amaral – Era acordar maquiada. Com a maquiagem do dia anterior. Ela mesma diz no livro que tirava a maquiagem poucas vezes na semana. Aí ela ia para a cozinha. Cozinhava muito bem, mas tinha hábitos alimentares “hardcore”. Era feijoada de madrugada, rabada às 6h da manhã, linguiça de porco... Ela não tomava café da manhã como a gente, mas comia bastante. Tanto que teve um câncer de estômago. Não bebia e quando escrevi o livro tinha deixado de fumar fazia 20 anos. Só era viciada em jogo.
UOL – Você escreveu o livro em primeira pessoa, como se a Dercy estivesse falando com o leitor. Foi difícil de organizar o fluxo de consciência dela, já que a gente percebe que ela começa um assunto e termina em outro?

Ao me chamar de puta, (...) me colocavam na mesma categoria de artistas, e não havia nada que eu achasse mais bonito. Até me orgulhei do título. Sou puta? Então quero ser uma grande puta.
Trecho do livro "Dercy de Cabo a Rabo", de Maria Adelaide AmaralMaria Adelaide Amaral – Não foi muito difícil não. Desde o começo eu sabia que seria assim e dei uma ordem aos fatos. Mesmo assim, muitas vezes ela me contou o mesmo acontecimento de maneiras diferentes. Aí eu ligava para ela e perguntava qual era a versão verdadeira e ela dizia: “Você escolhe, porra!”
UOL – Você alguma vez se chocou com a maneira crua com que ela contava os fatos?
Maria Adelaide Amaral – Olha, eu dificilmente me choco com as coisas. Trabalhei nos anos 70 em várias redações. As coisas que me escandalizam estão mais no campo da ética do que da moral. Mas uma vez, quando me separei, ela ficou sabendo e me ligou. “Você separou do marido? Tá querendo dar, é?” Respondi para ela: “Dercy, eu sou uma senhora, você me respeite!” Ela ficou quieta... Jamais imaginei que ela fosse tão conservadora.
UOL – E como foi para aprovar o roteiro da minissérie junto à direção da Globo com os palavrões?
Maria Adelaide Amaral – Não tinha como não ter palavrão, né? Eu não teria escrito a minissérie do JK se não pudesse falar da amante dele e não escreveria uma série sobre Dercy sem colocar palavrão...
Do UOL, em São Paulo
Fafy Siqueira interpretará Dercy Gonçalves em minissérie sobre a comediante que começa hoje
UOL – Por que você diz que Dercy era moralista?



Trecho do livro"Dercy de Cabo a Rabo", de Maria Adelaide Amaral
UOL – Há um trecho no livro em que ela conta que, para ela, cantar era uma forma de chorar. Você alguma vez a viu chorando?
Maria Adelaide Amaral – Ela não chorava por fora, mas chorava por dentro. Dercy era uma pessoa muito triste, embora fosse uma pessoa naturalmente engraçada. Mas pessoas próximas à minha mãe – que ia escondida assistir aos espetáculos dela, já que, naquela época, o pessoal da alta sociedade não admitia que via suas peças – diziam que ela era uma pessoa muito triste. Eu passei oito horas por dia com ela fazendo as entrevistas durante 15 dias. Estava muito antenada e percebi que ela era triste, porque ela sofreu e foi muito humilhada.
UOL – E como era a rotina da Dercy?
Maria Adelaide Amaral – Era acordar maquiada. Com a maquiagem do dia anterior. Ela mesma diz no livro que tirava a maquiagem poucas vezes na semana. Aí ela ia para a cozinha. Cozinhava muito bem, mas tinha hábitos alimentares “hardcore”. Era feijoada de madrugada, rabada às 6h da manhã, linguiça de porco... Ela não tomava café da manhã como a gente, mas comia bastante. Tanto que teve um câncer de estômago. Não bebia e quando escrevi o livro tinha deixado de fumar fazia 20 anos. Só era viciada em jogo.
UOL – Você escreveu o livro em primeira pessoa, como se a Dercy estivesse falando com o leitor. Foi difícil de organizar o fluxo de consciência dela, já que a gente percebe que ela começa um assunto e termina em outro?
"Cala a boca, Etelvina!"



Trecho do livro "Dercy de Cabo a Rabo", de Maria Adelaide Amaral
UOL – Você alguma vez se chocou com a maneira crua com que ela contava os fatos?
Maria Adelaide Amaral – Olha, eu dificilmente me choco com as coisas. Trabalhei nos anos 70 em várias redações. As coisas que me escandalizam estão mais no campo da ética do que da moral. Mas uma vez, quando me separei, ela ficou sabendo e me ligou. “Você separou do marido? Tá querendo dar, é?” Respondi para ela: “Dercy, eu sou uma senhora, você me respeite!” Ela ficou quieta... Jamais imaginei que ela fosse tão conservadora.
UOL – E como foi para aprovar o roteiro da minissérie junto à direção da Globo com os palavrões?
Maria Adelaide Amaral – Não tinha como não ter palavrão, né? Eu não teria escrito a minissérie do JK se não pudesse falar da amante dele e não escreveria uma série sobre Dercy sem colocar palavrão...
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Trailer da segunda temporada de "Game of Thrones" é divulgado; assista
A segunda temporada de “Game of Thrones” – que estreia em abril de 2012 nos Estados Unidos – teve o teaser divulgado na última sexta-feira (9). O vídeo chamado “The Cold Winds Are Rising” é narrado pelo ator britânico Stephen Dillane, que entra na série no papel de Stannis Baratheon, irmão do rei Robert. Assista:
"Game of Thrones" é uma série de televisão norte-americana baseada nos livros da saga “A Song of Ice and Fire”, de George R. R. Martin; e é exibida pelo canal de televisão a cabo HBO. O seriado se passa nos Sete Reinos de Westeros e narra uma ficção medieval.
A segunda temporada terminou de ser filmada em dezembro com locações na Croácia e na Islândia. As filmagens da terceira temporada começam em maio ou junho de 2012, de acordo com o ator Charles Dance, o Lord Tywin da série, em entrevista ao site Attention Deficil Delirium.
"Game of Thrones" é uma série de televisão norte-americana baseada nos livros da saga “A Song of Ice and Fire”, de George R. R. Martin; e é exibida pelo canal de televisão a cabo HBO. O seriado se passa nos Sete Reinos de Westeros e narra uma ficção medieval.
A segunda temporada terminou de ser filmada em dezembro com locações na Croácia e na Islândia. As filmagens da terceira temporada começam em maio ou junho de 2012, de acordo com o ator Charles Dance, o Lord Tywin da série, em entrevista ao site Attention Deficil Delirium.
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Minissérie da Globo mostra lado moralista de Dercy Gonçalves
LUIZA SOUTO/FOLHA
DO RIO
DO RIO
Uma mulher casta, séria e defensora da família. Criou a única filha com rédeas curtas e a fez casar virgem com quase 30 anos de idade.
Essa era Dolores Gonçalves Costa, mas muitos só a conhecem como Dercy Gonçalves (1907-2008), uma atriz que se consagrou pelas caretas, palavrões e amantes.
O que poucos sabem será exibido em minissérie, a partir de janeiro, na Globo, e em filme, previsto para 2013. "Na intimidade, ela tinha muito pouco a ver com sua imagem pública", explicou à Folha Maria Adelaide Amaral, autora do livro "Dercy de Cabo a Rabo" (ed. Globo), que inspirou a minissérie "Dercy de Verdade", que estreia em 9 de janeiro de 2012.
João Miguel Júnior/Tv Globo/Ana Carolina Fernandes/Folhapress | ||
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A atriz Fafy Siqueira (à esquerda) interpreta Dercy Gonçalves na minissérie "Dercy de Verdade", da Globo |
"Dercy construiu esse marketing e faturou em cima dele, do escracho, do palavrão. Na vida real, ela era de princípios rígidos, cheia de moralismos", continua. "Uma velha dama digna é a melhor frase para resumir Dercy", diz a autora, lembrando do filme "A Velha Dama Indigna" (1965), do francês René Allio, baseado em peça de Bertolt Brecht.
O texto, aliás, fala de um filho preconceituoso que acha a mãe indigna por, aos 80 anos, aproveitar o tempo que ainda lhe resta.
Na minissérie, dividida em quatro capítulos, Heloísa Périssé, 45, e Fafy Siqueira, 57, terão a missão de mostrar que, apesar de uma vida sofrida, Dercy Gonçalves, morta em 2008, aos 101 anos, não baixou a cabeça nem quando foi censurada pela ditadura. "É verdade que ela é responsável por essa imagem que se formou a seu respeito. Às vezes, eu falava pra ela parar de fazer isso ou aquilo, mas ela provocava", lembra Maria Adelaide. A versão durona de Dercy é a que marcou sua única filha, Decimar Martins Senra, 76. "Acho que vi mamãe chorar apenas três vezes. Ela não se abalava com nada", disse. "Mamãe era muito séria. Namorei 13 anos antes de casar e ela vivia dizendo 'não dê', 'não fale palavrão'. Casei virgem por acreditar no que ela dizia. E valeu a pena", diz.
RELACIONAMENTOS
Decimar é fruto de um relacionamento de Dercy com o produtor de café Valdemar Martins. Ele a curou de tuberculose e ajudou a atriz até a filha do casal completar dois anos de idade.
"Mamãe gostava dele, mas não amava. Ele pediu a ela que largasse o teatro. Mas esse sim era o grande amante de sua vida dela. Então, ela acabou largando Valdemar." Dercy, segundo a própria filha, nunca teve um amor. Com seu primeiro marido, o ator Eugênio Pascoal --com quem fugiu de sua cidade, Santa Maria Madalena (a cerca de 220 km do Rio)-- teve praticamente uma relação de amizade. Dercy contava que sua primeira noite de núpcias foi traumatizante. Após a morte do marido, se envolveu com Valdemar, que era casado. Aí veio o acrobata Vito Tadei, o jornalista Augusto Duarte, e seu amigo inseparável, por quem tinha uma paixão platônica, Homero Kossac. Ele, inclusive, viverá seu psicanalista na obra. "Ele disse que chegaram a sair, trocar uns beijos ao luar", revelou Maria Adelaide.
Dentista por formação, Homero acabou virando ator e diretor ao conhecer Dercy. Foi na casa de Kossac que autora e atriz se conheceram, em 1993, durante uma feijoada que ele fez para Dercy. Maria Adelaide lembra do convite para o livro:"Em cinco minutos ela tinha determinado que, porque eu falava palavrão direitinho, era a pessoa certa para escrever sua biografia. Para ela, eu não era metida a besta".
Dercy de Verdade
Estreia da minissérie
QUANDO Previsto para 9/1, Globo
CLASSIFICAÇÃO não informada
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Minissérie ‘O Tempo e o Vento’ estreia dia 2 de janeiro no canal Viva
Baseada na obra homônima de Érico Veríssimo, a minissérie "O Tempo e o Vento" chega ao canal Viva, no dia 2 de janeiro, para ocupar a faixa das 23h15. Com 25 capítulos, a trama é singular por ter quatro fases distintas e contar com um elenco formado por grandes nomes da teledramaturgia brasileira, como Glória Pires, Lima Duarte, Tarcísio Meira, Eloísa Mafalda, José Mayer e Carla Camurati, entre outros. Os saudosos José Lewgoy, Armando Bogus, Lilian Lemmertz e Mario Lago, que completaria 100 anos em 2011, também fazem parte da produção.
Exibida originalmente em 1985, a história mostra um pouco sobre a formação do Rio Grande do Sul por pessoas advindas de diversos outros estados brasileiros – característica que foi preservada na escolha do elenco. Com direção de Paulo José, a minissérie emociona ao mesmo tempo que apresenta fatos históricos, narrados sob um ponto de vista muito peculiar, sobre as mudanças que ocorreram de 1680 até 1945.Os assinantes poderão acompanhar o desenvolvimento da região pela ótica da família Cambará, contando com as lembranças de Bibiana (vivida por Louise Cardoso na segunda fase e por Lilian Lemmertz na terceira), que se casa com o capitão Rodrigo (Tarcísio Meira). Um dos destaques da história, Glória Pires deu vida à emblemática Ana Terra, avó de Bibiana e uma referência para a neta.
O Tempo e o Vento – Inédito
VIVA - Canal Globosat
No ar de segunda a sexta, às 23h15
Horário alternativo: segunda a sexta, às 4h30
Exibida originalmente em 1985, a história mostra um pouco sobre a formação do Rio Grande do Sul por pessoas advindas de diversos outros estados brasileiros – característica que foi preservada na escolha do elenco. Com direção de Paulo José, a minissérie emociona ao mesmo tempo que apresenta fatos históricos, narrados sob um ponto de vista muito peculiar, sobre as mudanças que ocorreram de 1680 até 1945.Os assinantes poderão acompanhar o desenvolvimento da região pela ótica da família Cambará, contando com as lembranças de Bibiana (vivida por Louise Cardoso na segunda fase e por Lilian Lemmertz na terceira), que se casa com o capitão Rodrigo (Tarcísio Meira). Um dos destaques da história, Glória Pires deu vida à emblemática Ana Terra, avó de Bibiana e uma referência para a neta.
O Tempo e o Vento – Inédito
VIVA - Canal Globosat
No ar de segunda a sexta, às 23h15
Horário alternativo: segunda a sexta, às 4h30
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Tuca Andrada será marido de Dercy Gonçalves na série da Globo sobre a vida da humorista
Da Redação UOL
Depois de interpretar o cangaceiro Zóio-Furado, na novela “Cordel Encantado”, Tuca Andrada será Augusto Duarte, marido de Dercy (Heloísa Perissé), em “Dercy de Verdade”, nova produção da Globo em homenagem à humorista. Augusto era um jornalista que conhecia como ninguém os bastidores e negócios do Teatro de Revista.Apesar das infidelidades nas finanças e no amor, Dercy dependia de Augusto para que sua casa tivesse uma aparência de respeitabilidade, por isso aceitava as traições do marido.
Prevista para estrear em 2012, a série tem autoria de Maria Adelaide Amaral e direção de Jorge Fernando. O elenco conta ainda com Fafy Siqueira e Fernando Eiras, entre outros.
Tuca Andrada grava a série sobre Dercy Gonçalves (novembro/2011)
Prevista para estrear em 2012, a série tem autoria de Maria Adelaide Amaral e direção de Jorge Fernando. O elenco conta ainda com Fafy Siqueira e Fernando Eiras, entre outros.
Com direção de Jorge Fernando, a série "Dercy", que estreia em janeiro de 2012, escrita por Maria Adelaide Amaral, começa a ser filmada no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Heloisa Périssé (na foto) e Fafy Siqueira viverão Dercy Gonçalves em diferentes fases. Tuca Andrada, que interpreta Augusto, um dos namorados de Dercy (1/11/11)
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Globo divulga primeira imagem da minissérie "Dercy"

A Globo divulgou recentemente a primeira foto da minissérie que contará a vida de Dercy Gonçalves.
Na imagem, está Luisa Périssé, filha da atriz Heloísa Périssé e Lug de Paula, que fará a sua estreia na atuação.A jovem, que tem 12 anos, viverá Dercy na adolescência. Ela já gravou suas primeiras cenas em Santa Maria Madalena, cidade natal da comediante, no Rio.Logo depois, a humorista será interpretada por Heloísa e por Fafy Siqueira.Além delas, foram escalados para a minissérie os atores Tato Gabus Mendes, que fará Ademar Martins, primeiro marido da humorista e pai de sua única filha, Dercimar; Fernando Eiras, para o papel de Pascoal, primeiro namorado dela; Eduardo Galvão, como o empresário Walter Pinto; e Tuca Andrada como Augusto.De autoria de Maria Adelaide Amaral, "Dercy" estreia em 2012, na Globo.
sábado, 8 de outubro de 2011
Globo inicia gravações da minissérie "Dercy" no dia 25

Com autoria de Maria Adelaide Amaral e direção de Jorge Fernando, as primeiras cenas da história serão gravadas em Madalena, no Rio, a terra natal da comediante.De acordo com a coluna Outro Canal, a Globo promete usar tecnologia de cinema na minissérie.
Participarão de "Dercy" os atores Périssé e Fafy Siqueira, que viverão Dercy Gonçalves na juventude e na idade madura; Tato Gabus Mendes, que fará Ademar Martins, primeiro marido da humorista e pai de sua única filha, Dercimar; Fernando Eiras, como Pascoal, primeiro namorado dela; Eduardo Galvão, como o empresário Walter Pinto; e Tuca Andrada como Augusto.A minissérie estreia em janeiro.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Definido o elenco da minissérie sobre Dercy Gonçalves
Fechado o elenco da minissérie Dercy, de Maria Adelaide Amaral, com direção de Jorge Fernando, que tem estreia prevista para janeiro, na Globo. Além de Heloísa Périssé e Fafy Siqueira, que interpretarão Dercy Gonçalves na juventude e na idade madura, foram escalados: Tato Gabus Mendes, que fará Ademar Martins, primeiro marido da comediante e pai de sua única filha, Dercimar; Fernando Eiras, como Pascoal, primeiro namorado dela; Eduardo Galvão no papel do empresário Walter Pinto e Tuca Andrada como Augusto. As gravações começam no final de outubro em Santa Maria Madalena, cidade natal da atriz, na região serrana do Rio.
Depois de exibida na TV, a série chegará aos cinemas. Paulão, conhecido diretor de fotografia de cinema, também está na equipe. Os figurinos levarão a assinatura de Marília Carneiro.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Hebe Camargo pode virar personagem de minissérie da Globo

Foto: Philippe Lima/AgNews
De acordo com a coluna Sem Intervalo, do jornal O Estado de S.Paulo, a apresentadora Hebe Camargo pode virar personagem na minissérie sobre Dercy Gonçalves que Maria Adelaide Amaral está preparando para a Globo, com previsão de estreia para janeiro.
Em entrevista à coluna, a autora disse que a própria Hebe e outros amigos incondicionais de Dercy poderão aparecer no último capítulo da trama. Maria Adelaide está escrevendo o terceiro capítulo.
Em entrevista à coluna, a autora disse que a própria Hebe e outros amigos incondicionais de Dercy poderão aparecer no último capítulo da trama. Maria Adelaide está escrevendo o terceiro capítulo.
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quinta-feira, 14 de julho de 2011
Minissérie "Agosto" vai ser reprisada pelo canal Viva
A minissérie "Agosto" (1993), com Vera Fischer, José Mayer e Lima Duarte, entre outros, será reprisada pelo canal Viva a partir de 10 de agosto, às 23h15.
Agosto foi uma minissérie brasileira exibida em 1993 pela Rede Globo de Televisão, entre 24 de agosto e 17 de setembro de 1993 . Adaptada do romance homônimo de Rubem Fonseca, Agosto teve 16 capítulos, escritos por Jorge Furtado e dirigidos por Paulo José.A história retrata com licenças ficcionais, os acontecimentos que culminaram no suicídio do presidente Getúlio Vargas.
Agosto foi uma minissérie brasileira exibida em 1993 pela Rede Globo de Televisão, entre 24 de agosto e 17 de setembro de 1993 . Adaptada do romance homônimo de Rubem Fonseca, Agosto teve 16 capítulos, escritos por Jorge Furtado e dirigidos por Paulo José.A história retrata com licenças ficcionais, os acontecimentos que culminaram no suicídio do presidente Getúlio Vargas.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Daniel Filho grava participação em "O Astro" sem contrato
Ainda sem contrato assinado, Daniel Filho começa a gravar sua participação em "O Astro" (Globo), na próxima semana.
A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta quarta-feira (11).
A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta quarta-feira (11).
TV Globo/Divulgação | ||
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Daniel Filho, que vai gravar participação em "O Astro", da Globo |
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sexta-feira, 29 de abril de 2011
Canal Viva inaugura nova faixa de minisséries com "Anos Dourados"

Divulgação/Rede Globo
Exibida originalmente em 1986, foi dirigida por Roberto Talma e o elenco ainda contava com nomes como Isabela Garcia, Betty Faria, José de Abreu, Nívea Maria, José Lewgoy, Taumaturgo Ferreira e Antonio Calloni. A minissérie reestréia dia 02 de maio, às 23h; com horário alternativo às 4h30.
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