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sábado, 14 de maio de 2011

Terremoto atinge Fukushima; funcionário de usina nuclear morre

Do UOL Notícias*Em São Paulo

Um terremoto de 5,7 pontos na escala Richter atingiu a costa da província japonesa de Fukushima na manhã deste sábado (14), mas não há relatos sobre danos na região ou nas duas usinas nucleares localizadas na área. O tremor ocorreu às 8h36 no horário local (20h36 em Brasília) e seu epicentro foi localizado em frente à costa de Fukushima, a uma profundidade de 30 quilômetros. Não foi gerado alerta de tsunami, segundo informou a Agência Meteorológica do Japão.

Um trabalhador da usina de Fukushima morreu hoje após perder a consciência enquanto carregava materiais em um edifício da central, informou a agência japonesa "Kyodo". A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina, indicou que não foram encontrados resíduos de substâncias radioativas no corpo do funcionário, que não apresentava feridas aparentes. O operário perdeu a consciência uma hora depois de iniciar sua jornada de trabalho, às 6h locais (18h de sexta-feira no horário de Brasília), quando entrava em uma sala médica das instalações da usina de Fukushima.O terremoto deste sábado foi sentido em Tóquio e na maior parte do nordeste japonês, com intensidade relativamente baixa. A região é castigada por frequentes tremores desde 11 de março, quando o terremoto de 9 graus e o posterior tsunami devastaram a costa noroeste do Japão e provocaram o grave acidente na usina nuclear de Fukushima.Desde 11 de março, o Japão sofreu mais de 500 réplicas superiores a 5 pontos na escala Richter, a maioria das quais gerou mais angústia entre a população do que danos.

Nível de radiação a que estamos expostos e seus efeitos

  • Fonte: The Guardian e Radiologyinfo.org

Usina fechada
A pedido do Governo, a usina nuclear de Hamaoka, que fica 200 quilômetros ao sul de Tóquio, paralisou totalmente as atividades nos dois reatores que mantinha em operação.A Chubu Electric, operadora da central, interrompeu as reações de fissão do reator 5 no começo da manhã deste sábado ao inserir as chamadas barras de controle no núcleo, o que detêm o processo de geração de energia. Antes disso, na sexta-feira a companhia havia paralisado com sucesso a unidade 4.A usina de Hamaoka está situada em um ponto de confluência de placas tectônicas e há um alto risco de ser atingida por um terremoto de até 8 pontos na escala Richter nos próximos 30 anos.A Chubu Electric foi obrigada a submeter-se às exigências do Governo, que na semana passada, em uma decisão sem precedentes, pediu que a central fosse fechada temporariamente para evitar maiores riscos após a crise nuclear na central de Fukushima, gravemente danificada pelo terremoto de 9 graus de 11 de março.Hamaoka, que não foi afetada por esse devastador terremoto, contava com três reatores de mais de 1 mil megawatts de potência, embora só dois estivessem ativos, já que a unidade 3 se encontrava sob revisão de rotina desde novembro.

*Com agências internacionais

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Polícia encontra 10 corpos perto da central nuclear de Fukushima

(AFP) -A polícia japonesa anunciou nesta quinta-feira ter encontrado 10 corpos de vítimas do tsunami do dia 11 de março na área ao redor da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, onde os técnicos continuam bombeando toneladas de água contaminada pela radiação.
Mais de 300 policiais, vestidos com uniformes e máscaras protetoras, começaram a varrer um raio de 10 km em torno da usina pela primeira vez desde o terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami que devastou a região.Alguns dos corpos estavam dentro de veículos arrastados pela onda gigante ou debaixo de escombros, explicou à AFP um porta-voz da polícia.Depois da catástrofe na usina de Fukushima, as autoridades evacuaram a população residente em um perímetro de 20 quilômetros ao redor de suas instalações devido aos níveis altos de radiação.No dia 3 de abril, a polícia concentrou suas buscas apenas na faixa situada entre 10 e 20 quilômetros da zona de exclusão.As buscas começaram às 10H00 (22H00 de Brasília de quarta) e terminaram ao anoitecer."É difícil estimar a quantidade de pessoas desaparecidas na região. Precisamos encontrá-las o mais rápido possível", acrescentou.
"Se os corpos emitirem uma taxa alta demais de radioatividade, teremos que lavá-los antes de levá-los para o necrotério para a autópsia", indicou o porta-voz.Segundo estimativas da polícia, 13.349 pessoas perderam a vida na tragédia, enquanto 14.867 ainda são consideradas desaparecidas.O imperador Akihito e a imperatriz realizaram nesta quinta-feira sua primeira visita à zona afetada pelo desastre para se encontrar com moradores da província de Chiba, vizinha a Tóquio.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vídeo mostra destruição dentro de reator nuclear da usina de Fukushima

Imagens foram feitas do alto de guindaste no dia 24 de março.

A empresa que opera o complexo atômico de Fukushima Daiichi, a Tokyo Electric Power Company, filmou a destruição no reator número 4 no dia 24 de março usando um guindaste.É possível ver vapor e fumaça subindo do reator, já que à época, funcionários tentavam controlar a temperatura jogando água sobre o prédio.Também na sexta-feira foi anunciado que milhares de pessoas retiradas da área próxima ao complexo não poderão voltar às suas casas por muito tempo.Autoridades descobriram que a radiação afetou até o lençol freático da região.
Imagem do interior de reator de Fukushima Daiichi (Foto: BBC)
Imagem do interior de reator 4 de Fukushima Daiichi (Foto: BBC)

quinta-feira, 31 de março de 2011

Fukushima: radioatividade detectada em lençol d'água subterrâneo

Iodo radioativo foi descoberto num lençol d'água situado a 15 metros sob a central nuclear acidentada de Fukushima, declarou na noite desta quinta-feira o operador do sítio, a Tokyo Electric Power (Tepco).

Barreira salva cidade do tsunami no Japão

Mar ultrapassou muralha, mas evitou destruição total da cidade.

BBC
Mantida em relativa segurança pelas suas barreiras marinhas, a cidade japonesa de Oirase já se prepara para um possível próximo tsunami.
O mar superou a muralha de proteção, mas sem ela, a destruição teria sido bem maior.Na Prefeitura da cidade, o prefeito, Takashi Narita, já estuda medidas de prevenção.'A população da área, se possível, deveria se mudar para terras mais altas. Mas comprar terras e construir casas é caro', afirmou.O prefeito de Oirase já planeja elevar e reforçar a muralha de proteção.Por isso, se tiver verbas, Narita pretende construir barreiras ainda mais altas e resistentes.Quilômetros abaixo, a cidade litorânea de Taro foi varrida do mapa pelo tsunami.As muralhas construídas há 60 anos não resistiram à tragédia.

Radioatividade da usina de Fukushima atinge ao menos 7 países na Europa‎

A Europa detectou os primeiros traços de radiação provenientes da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão. O material vazou e se espalhou na água e no ar desde que os reatores nucleares foram parcialmente destruídos pelo terremoto seguido de tsunami no dia 11 de março. Alemanha, Espanha, França, Itália, Irlanda, Suécia e Noruega estão entre os países que já confirmaram ter encontrado partículas da substância radioativa iodo-131.

Ernani Lemos

Amostras de ar contaminado em Dublin pela radioatividade da usina de Fukushima Daiichi, no Japão

O Institudo de Proteção Radiológica da Irlanda (RPII, na sigla em inglês) detectou apenas 20 unidades desse material por metro cúbico de ar. “Nesse nível, o iodo radioativo não apresenta nenhum risco à saúde humana. Para ser preocupamente, o número teria que estar em dezenas de milhares.”, afirmou ao Opera Mundi Ciara McMahon, diretora de vigilância ambiental do RPII. “Por estarem mais próximos do Japão, países como os Estados Unidos foram mais atingidos, mas mesmo nesses lugares a radiação não chega a ser preocupante. Não há motivo para alarme por aqui e essa é uma mensagem que vale para toda a Europa. Nós mantemos contato com instituições similares dos países vizinhos e as nossas medições são muito consistentes com as apresentadas por esses lugares.”, completou. Desde o terremoto no Japão, o  instituto aumentou a frequência de testes para checar a radiação na água e no ar. A medição passou de mensal para diária. A Agência Britânica de Proteção à Saúde também intensificou as medidas de segurança. A entidade informou que chegou a encontrar 300 unidades de iodo-131 por metro cúbico de ar. Ainda assim, as partículas detectadas agora representam menos de um milionésimo do que foi encontrado nos países europeus após o desastre de Chernobyl em 1986. O iodo-131 foi apontado como a causa de câncer da tireoide entre crianças expostas aos lugares mais próximos do acidente.
Futuro
A radioatividade se dispersa do Japão para o hemisfério norte e se dilui enquanto viaja para o leste. Isso significa que o nível de partículas nucleares no ar da Europa pode aumentar em breve, de acordo com a direção e com a velocidade do vento. “É claro que nós esperamos o aumento na medição de radioatividade, mas, por enquanto, não temos razão para nos preocupar com esse futuro breve. Tudo indica que a quantidade de iodo-131 por aqui não vai chegar a um nível suficientemente alto para provocar riscos à saúde”, afirmou Ciara. “Além disso, esse tipo de substância tem o que nós chamamos de meia-vida curta, ou seja, a cada oito dias ela perde metade da radiação, tornando-se menos nociva ao ser humano.”

Opera Mundi/UOL

Mar de Fukushima tem nível de iodo 4.385 vezes superior

Água analisada foi colhida a 300 metros da central nuclear.
Nível de radiação na região vem subindo.

Da France Fresse
 
Um nível de iodo radioativo 4.385 vezes superior ao padrão de segurança foi medido na água do mar a cerca de 300 metros da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, informou nesta quinta-feira (31) a operadora Tokyo Electric Power Co (Tepco).
A medição desta quinta é superior ao resultado obtido na véspera, quando o nível de iodo radioativo foi 3.355 vezes superior ao normal na água do mar recolhida na mesma área.A água do mar analisada nos últimos dois dias tem o nível de iodo 131 mais alto desde o início da crise nuclear em Fukushima, inundada por um tsunami em 11 de março passado.
O problema é provocado, provavelmente, porque a água utilizada para resfriar os reatores nucleares vazou para o mar.
Efeitos da radiação nuclear sobre a saúde humana (Foto: Arte/G1)(Foto: Arte/G1)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Empresa diz que desativará quatro reatores de Fukushima

Japão se esforça para controlar crise nuclear semanas após o terremoto.Presidente da companhia foi internado com hipertensão.

Do G1, com agências internacionais
A companhia japonesa Tokyo Electric Power Co (Tepco), disse nesta quarta-feira (30) que irá sucatear quatro reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi, enquanto o país se esforça para controlar a crise nuclear duas semanas após o forte terremoto e tsunami que devastaram o Japão, informou a agência Kyodo.
A empresa também disse que os esforços para conter a crise vão levar tempo. Tsunehisa Katsumata, executivo da Tepco, afirmou que "várias semanas" será pouco tempo para estabilizar os reatores.
Em um sinal de que a dimensão da catástrofe é enorme, Katsumata admitiu em uma entrevista coletiva que o custo de compensação do desastre irá prejudicar financeiramente a empresa, que se esforçará para evitar a nacionalização.
Complexo de Fukushima Daiichi, visto em foto aérea do dia 24 de março (Foto: Reuters)
Complexo de Fukushima Daiichi, visto em foto aérea do dia 24 de março (Foto: Reuters)
''Pedimos desculpas por provocar no público ansiedade, preocupação e problemas devido às explosões em prédios do reator e da liberação de materiais radioativos'', disse Katsumata no escritório da companhia em Tóquio.
''Nós não temos escolha a não ser sucatear os reatores 1 a 4, se olharmos para as suas condições objetivamente'', acrescentou Katsumata em um momento em que os trabalhadores continuam os esforços para impedir o superaquecimento e para restaurar os sistemas de refrigeração.A empresa informou mais cedo que os reatores 5 e 6, as duas unidades restantes do complexo Daiichi, já estão em condição estável.  Desde que perdeu sistemas de refrigeração para reatores após o terremoto e tsunami de 11 de março, a usina tem vazado material radioativo no ar e mar.Mais cedo, a Tepco disse que seu presidente, Shimizu, de 66 anos, foi internado terça-feira por hipertensão e tonturas. Katsumata, que já assumiu o papel de Shimizu temporariamente na liderança dos esforços para solucionar a crise, disse que o presidente deve retornar em breve e continuar tomando a liderança na gestão da crise.Shimizu apareceu poucas vezes em público desde uma conferência de imprensa em 13 de março, dois dias depois do desastre natural. Shimizu ficou debilitado a partir de 16 de março, segundo a empresa.
Efeitos da radiação nuclear sobre a saúde humana (Foto: Arte/G1)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Metal pesado contamina mulheres durante estudo contra câncer nos EUA

Por Denise Grady/The New York Times
 
Por acidente, mulheres que participavam de um estudo com pacientes com câncer de mama receberam centenas de pequenas partículas do metal pesado tungstênio no tecido mamário e músculos peitorais. As partículas se originaram de um equipamento usado durante a cirurgia. Depois disso, o equipamento passou por um recall.Ignora-se se o metal faz mal à saúde porque foi feita relativamente pouca pesquisa sobre seus efeitos a longo prazo no corpo. Mas ele é visto em mamografias, podendo dificultar sua avaliação, um efeito particularmente perturbador para mulheres que já tiveram câncer de mama e temem sua volta - as partículas parecem depósitos de cálcio, que podem indicar câncer.Cerca de 30 mulheres foram afetadas, segundo o fabricante do equipamento que causou o problema, o Axxent FlexiShield Mini. As mulheres vivem um dilema.Pelo menos uma delas, temendo que o tungstênio possa causar câncer ou outras doenças, está tentando decidir se vai se livrar das partículas removendo o seio e o tecido subjacente numa cirurgia radical e mutiladora.Vinte e sete casos aconteceram no Hoag Memorial Hospital Presbyterian, em Newport Beach, Califórnia. Onze dessas mulheres fizeram mamografias e o tungstênio apareceu em todos os exames. Funcionários do hospital se recusaram a dar entrevistas, mas divulgaram uma nota reconhecendo que o problema aconteceu.Duas outras mulheres foram tratadas durante estudo no Karmanos-Crittenton Cancer Center, em Rochester Hills, Michigan. A porta-voz do hospital disse que as duas pacientes foram informadas sobre o recall e o problema em potencial, mas não voltaram ao hospital.O episódio lança dúvidas sobre a segurança das pessoas que participam de pesquisa médica e quanto à capacidade da Food and Drug Administration (FDA) proteger o público de equipamentos médicos defeituosos.
O Axxent FlexiShield Mini foi autorizado pela FDA em junho de 2009, num processo abreviado usado para equipamentos equivalentes a produtos já em uso. Esse processo, conhecido como 510(k), é mais rápido do que outros procedimentos empregados para aprovar um novo equipamento e, geralmente, não exige testes com humanos. O aparelho Axxent FlexiShield Mini foi alvo de um recall mês passado. Nem o fabricante nem a FDA souberam explicar o que deu errado.Karen Riley, porta-voz da FDA, afirmou que estava apenas começando a revisar o equipamento e o recall. Até agora, disse ela, toxicologistas da FDA não encontraram provas de que o tungstênio seja tóxico ou de que as pacientes foram afetadas.Riley contou que o processo 510(k) foi usado para evitar que se “reinventasse a roda” no caso de produtos essencialmente iguais a outros e que já haviam sido examinados pela agência.
Técnica de radiação
As mulheres que foram expostas ao tungstênio estavam participando de um estudo sobre uma técnica de radiação que, para alguns médicos, seria um grande avanço no tratamento do câncer de mama. Em vez do habitual período de cinco a sete semanas de sessões de radiação diárias, o novo método aplica todo o tratamento de uma única vez enquanto a mulher ainda está na sala de cirurgia, depois de passar por uma lumpectomia, procedimento cirúrgico que remove da mama apenas a quantidade de tecido afetada e mais uma margem de tecido sadio.Mas no estudo, o equipamento, que é colocado temporariamente dentro das incisões durante o tratamento com radiação, parecia estar com defeito, cravando tungstênio em seus seios. O Axxent FlexiShield Mini, disco de tungstênio e silicone que custa US$ 100, era usado para proteger da radiação o tecido saudável.A primeira paciente a participar do estudo no Hoag afirmou que o evento acabou com sua fé na vigilância da FDA, no hospital e em seu médico, que a convenceu de forma entusiasmada a participar, enfatizando como seria conveniente acabar o tratamento com radiação antes de acordar da cirurgia.“Eu trabalho, então a proposta era atraente”, contou a mulher, uma psicóloga de 57 anos que é dona de uma clínica movimentada e que alegou motivos particulares para não ter o nome divulgado.
O propósito do estudo não era testar o novo tratamento radiativo em si, mas determinar se o diagnóstico por imagem poderia apontar corretamente que mulheres seriam candidatas a ele. O fabricante do equipamento não pagou pelo estudo.
"Rato de laboratório"
Nunca passou pela cabeça da primeira paciente que o equipamento poderia ser defeituoso, a psicóloga afirmou, porque sabia que ele havia sido aprovado pela FDA. Ela também confiava nas garantias do médico e do hospital de que o estudo era seguro. “Eu tinha a ilusão, como a maioria das pessoas, de que a FDA não deixaria que isso fosse acontecer. Eu me sinto um rato de laboratório”.O fabricante, Xoft, comprado pela iCad em dezembro, pretendia que o escudo fosse usado com seu aparelho portátil de radiação, o Axxent Electronic Brachytherapy System. O presidente da iCad, Ken Ferry, disse que a empresa comprou a Xoft porque a ideia de fazer o tratamento radioativo durante a cirurgia parecia promissor. Um estudo publicado no ano passado mostrou bons resultados com uma máquina de radiação diferente que usava a mesma técnica.Ferry contou ter acreditado que o procedimento poderia vir a ser usado para tratar metade das 270 mil mulheres por ano nos Estados Unidos que desenvolvem câncer de mama. “Achamos que o crescimento do procedimento será impressionante nos próximos três anos. Foi isso que nos levou a comprar a empresa”.Só que a iCad também adquiriu o problema com o tungstênio, que veio à tona somente uma ou duas semanas depois que o acordo foi fechado. “Azar, se quisermos usar essa palavra, foi o que a iCad sentiu quando aconteceu”, disse Ferry. Contudo, “isso não diminui nosso entusiasmo”.
A psicóloga, que está processando o Hoag Hospital e o fabricante, ficou sabendo que algo estava errado em dezembro, ao fazer mamografias de rotina seis meses depois da lumpectomia e da radiação. A imagem mostrava centenas de marquinhas espalhadas pelo peito e também no músculo da parte posterior da parece torácica. Os médicos não sabiam o que eram as marcas, mas o radiologista disse que algumas lembravam as calcificações que podem indicar câncer. “Fiquei apavorada. Parecia que estava nevando dentro do meu peito”, declarou.A biópsia apontou tungstênio. “Procurei meu oncologista. Ele ficou transtornado e disse: 'É preciso tirar isso. É tóxico. Você não pode deixá-lo no seu organismo’”. O oncologista insistiu em fazer uma mastectomia e recomendou um cirurgião, mas este lhe disse que, para tirar o tungstênio, seria necessário remover a mama inteira e uma parte dos músculos peitorais.“Eu ficaria com um afundamento no peito. Ele falou que não queria fazer nada antes de ter mais informações porque o resultado seria mutilador. Isso me deixou mal fisicamente. Quase me acostumei com a ideia de fazer uma mastectomia, mas não em ficar mutilada.” A iCad se ofereceu para pagar os exames toxicológicos das mulheres afetadas, além de exames de sangue e urina para medir o tungstênio. A empresa também afirmou que iria avaliar o pagamento das mastectomias e encomendou um relatório para examinar os dados científicos sobre o tungstênio. O relatório concluiu que a toxicidade parecia baixa, mas que não havia estudos de longo prazo.
Steven Markowitz, médico do Queens College, Nova York, especializado em medicina ocupacional e ambiental, disse haver poucas informações sobre os efeitos do tungstênio puro, como o usado nos escudos. A maioria das pesquisas, segundo ele, tem a ver com exposição a compostos de tungstênio no trabalho. “Em função da forma heterodoxa de exposição, fica difícil falar muito sobre as prováveis consequências”, explicou.A primeira paciente no estudo do Hoag Hospital afirmou ter consultado uma toxicologista que afirmou que pouco se sabe sobre os efeitos do tungstênio a longo prazo na saúde, mas que ela, a toxicologista, provavelmente não o deixaria no corpo. A paciente se disse inclinada à cirurgia, mas acrescentou: “adoraria saber que existem provas de que não há nada com o que se preocupar”.

G1-10 mitos sobre energia nuclear

Usina do Japão sofreu acidente após terremoto que atingiu país.
Houve vazamento; nível excessivo de radiação foi encontrado em alimentos.

Do G1, em São Paulo

O terremoto que atingiu o Japão no último dia 11 provocou danos na usina nuclear de Fukushima, causando acidentes nos reatores e vazamento de radiação. O acidente recebeu classificação grau 5, numa escala que vai de 0 a 7.O governo do país evacuou a população num raio de 20 quilômetros. Níveis de radiação acima do normal já foram encontrados em alimentos e na água.
Para entender os principais mitos que envolvem a energia nuclear, o G1 entrevistou o físico nuclear Luís Antônio Albiac Terremoto, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a farmacêutica bioquímica Sandra Bellintani, da área de radioproteção do Ipen, o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, e o presidente da Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular, Celso Darío Ramos.




Mitos sobre energia nuclear (Foto: Editoria de arte/G1)
Mitos sobre energia nuclear (Foto: Editoria de arte/G1)

domingo, 27 de março de 2011

Operários são retirados de usina no Japão após registro de radiação

Água em reator tem radiação 10 milhões de vezes superior à normal.Nível de iodo radioativo no mar é 1.850 vezes maior do que padrão.

Do G1, com agências internacionais

Funcionários da usina de Fukushima, no Japão, foram retirados do local em que trabalhavam, neste domingo (27), depois da detecção de elevados índices de radiação na central.
Segundo informou a Tokyo Electric Power, a água acumulada na turbina do reator número 2 está com radiação 10 milhões de vezes acima da normal.
Os altos índices de radiação na água acumulada na usina podem estar levando ao aumento na radiação da água do mar próximo ao local.O nível de iodo radioativo no mar próximo à usina nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, chegou a uma concentração 1.850 vezes superior ao padrão, segundo informou neste domingo a Agência de Segurança Nuclear. No sábado (26), um índice de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao padrão havia sido encontrado.
Sem risco à saúde
Apesar do aumento no nível de iodo radioativo no mar de Fukushima, as partículas da radiação deverão se dispersar, sem representar risco à saúde, à vida marinha ou à segurança alimentar, segundo a Agência. A radioatividade da água no local, no entanto, impede a atuação de trabalhadores na restauração dos sistemas de refrigeração.O índice de iodo 131 já estava 126 vezes acima do padrão na terça-feira (22) passada no litoral próximo à central de Fukushima Daiichi. O governo japonês decretou então um reforço no controle sobre peixes e mariscos procedentes da costa atingida.Fukushima Daiichi, situada 250 km a nordeste de Tóquio, foi varrida por um tsunami de 14 metros que interrompeu o fornecimento de energia e provocou o colapso na refrigeração dos reatores, após a paralisação das bombas d'água, iniciando uma crise nuclear.
A Tokyo Electric Power (Tepco) tentará, neste domingo, drenar a água radioativa de algumas áreas da usina nuclear de Fukushima Daiichi para facilitar o trabalho dos operários.
Efeitos da radiação nuclear sobre a saúde humana (Foto: Arte/G1)
VALE ESTE MAGNITUDE REVISADO - Entenda o terremoto no Japão (Foto: Arte/G1)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Trabalhadores da usina foram contaminados pela radiação

Dois técnicos foram hospitalizados. Eles se contaminaram com altos índices de radiação, ao pisar em água contaminada.

 
 
Dois técnicos que trabalhavam para religar a energia no reator três da usina de Fukushima, no Japão, foram hospitalizados. Eles se contaminaram com altos índices de radiação, ao pisar em água contaminada.
Japão
Foram divulgadas novas imagens da usina, feitas horas depois de o complexo ter sido danificado pelo tsunami, no dia 11 de março.O governo de Tóquio diz que já é seguro de novo beber água da torneira. Novos testes mostraram que o índice de radiação na água da cidade diminuiu, mas as pessoas ainda têm medo.A água mineral no comércio acabou. Para evitar pânico, as autoridades estão distribuindo garrafas, de maneira racionada, para famílias com crianças.
Portugal
Apesar de ter renunciado ontem, é o ex-primeiro-ministro José Sócrates que vai a Bruxelas pedir ajuda financeira para Portugal. O país não tem dinheiro para pagar dívidas no valor equivalente a três bilhões e meio de reais. Sócrates pediu demissão depois que o Parlamento rejeitou a proposta dele de cortes nos gastos públicos.
Líbia
A TV estatal líbia divulgou essas imagens de prédios em chamas, na capital Trípoli, que teriam sido alvos de bombardeios da força de coalizão internacional. Segundo o governo, dezenas de civis morreram no ataque. O conselho de segurança da ONU deve se reunir para discutir essa operação militar.
 

terça-feira, 22 de março de 2011

Técnicos conectam reatores de usina no Japão a uma linha de energia

Os seis reatores do complexo de Fukushima estão conectados.
Mas ainda não há energia em todos os reatores.

Do G1, com agências internacionais *
Os seis reatores da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, já estão conectados a uma linha de energia elétrica externa, depois que um cabo foi instalado no distribuidor das unidades 3 e 4, anunciou a agência de segurança nuclear nesta terça-feira (22).As unidades 1-2 e 5-6 já haviam sido conectadas nos dias anteriores. Mas apenas os reatores 5 e 6 recebem energia elétrica no momento.
“Temos agora uma linha de energia elétrica que vai até os distribuidores dos reatores, mas ainda temos que verificar cada equipamento antes de colocá-los em funcionamento”, afirmou um porta-voz da agência.
Os técnicos tentam reativar os sistemas de resfriamento convencional. Bombeiros e militares utilizam jatos d'água e um veículo dotado com um mecanismo que permite lançar a água a 50 metros de altura.
Os reatores 3 e 4, muito avariados, são os que representam mais problemas técnicos, assim como a unidade 2, da qual sai uma coluna de fumaça branca.Dezenas de eletricistas, bombeiros e engenheiros lutam contra o tempo em Fukushima para evitar que a série de acidentes provocados pelo terremoto e tsunami de 11 de março não adquira proporções maiores, em consequência do superaquecimento do combustível radioativo dentro da central atômica.
Entenda a escala usada para classificar acidentes nucleares (Foto: Arte/G1)
(*) Com informações das agências de notícias EFE e France Presse
U2 e Rihanna participarão de álbum para ajudar Japão
A banda de rock irlandesa U2, o cantor canadense Justin Bieber e a popstar Rihanna estão entre os artistas previstos para contribuir para um álbum apenas digital que está sendo produzido às pressas pela Universal Music para levantar recursos para as vítimas do terremoto e tsunami no Japão.
Também estão confirmados Bon Jovi y Nicki Minaj. A maior gravadora do mundo pretende disponibilizar o álbum até o fim desta semana, embora a lista de artistas participantes ainda não tenha sido finalizada. A renda do álbum será revertida para a Cruz Vermelha japonesa, disse um representante do grupo na segunda-feira. "Estamos fazendo apenas digitalmente porque isso leva menos tempo. Será um lançamento mundial. O plano é ter o álbum disponível no final desta semana", disse o representante.
Será crucial para o sucesso do álbum encontrar mais artistas importantes que se disponham a abrir mão de seus royalties sobre uma canção que apareça no álbum. Lady Gaga, que é também uma das artistas do elenco da Universal, pode ser uma das estrelas a contribuir para o disco. Ela já levantou dinheiro para as vítimas dos desastres naturais recentes no Japão, vendendo uma pulseira especial. O terremoto e tsunami de 11 de março deixaram pelo menos 21 mil mortos e desaparecidos.

sábado, 19 de março de 2011

Japão registra primeira contaminação de alimentos por radiação

O governo japonês registrou neste sábado, pela primeira vez desde a crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi, radiação acima do recomendado em leite e espinafre nas províncias de Fukushima e Ibaraki.
Segundo o secretário de Gabinete do Japão, Yukio Edano, a radiação estava acima do padrão estabelecido pelo governo, mas não impunha risco imediato à saúde humana. Ele não detalhou de quanto foi a radiação encontrada.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que a contaminação é de iodo radioativo e que o governo japonês interrompeu a venda destes produtos. A agência da ONU disse ainda que há sim risco à saúde humana, caso os alimentos sejam consumidos. "Apesar do iodo radioativo ter uma vida curta de cerca de oito dias e se dissipar naturalmente em uma questão de semanas, há um risco de curto-prazo para a saúde humana se o iodo radioativo na comida for absorvido pelo corpo humano".
Nesta semana, a União Europeia (UE) recomendou aos países do bloco que façam um maior controle de radioatividade nos alimentos importados do Japão.

Editoria de Arte/Folhapress

Os controles são voluntários, mas, no caso haja constatação de níveis de contaminação radioativa acima do teto autorizado, os países do bloco estão obrigados a informar a Bruxelas. A UE importou 9.000 toneladas de frutas e verduras em 2010, além de alguns tipos de pescado.
Especialistas temem as consequências da contaminação do solo e águas com o material radioativo lançado ao ar pela usina nuclear. O material pode efetivamente contaminar os alimentos, entrando na cadeia alimentar da população, o que causaria um risco ao longo de semanas e mesmo meses aos japoneses.
O leite de vaca é especialmente vulnerável, segundo especialistas, caso os animais entrem em contato com o pasto contaminado. O produto é muito consumido pelo homem, não só em sua forma natural, mas como ingrediente de vários alimentos processados.
ESTÁVEL
Neste sábado, as autoridades continuam lançando água para reduzir a temperatura dos reatores de Fukushima Daiichi e conter um vazamento massivo de material radioativo. Os bombeiros devem lançar 1,260 toneladas de água no reator. A operação, segundo a agência de notícias Kyodo, deve durar sete horas.
Edano disse que as condições no reator 3 ficaram relativamente estáveis depois que bombeiros lançaram 60 toneladas de água em uma piscina fervente que abriga combustível nuclear usado. A operação foi realizada pouco depois da 0h (12h de sexta-feira em Brasília), do lado de fora do prédio que abriga o reator.
"Nós estamos tentando deixar as coisas sob controle, mas estamos em uma situação imprevisível ainda", disse Edano.

Damir Sagolj/Reuters
Membros das Forças de Autodefesa carregam vítima encontrada em carro, mais de uma semana após tremor
Membros das Forças de Autodefesa carregam vítima encontrada em carro, mais de uma semana após tremor

O objetivo primário é impedir qualquer vazamento massivo de materiais radioativos da piscina que abriga o combustível usado para o ar. O aumento da temperatura da água desta piscina, normalmente de 40ºC, faz com que a água se dissipe e exponha as varetas de combustível nuclear usado. Sem o líquido, que as isola do exterior, elas ficam então suscetíveis às altas temperaturas e podem derreter. No pior dos cenários, podem liberar material altamente radioativo. Edano disse ainda que os bombeiros preparam a mesma operação para o reator 4. Já nos reatores 5 e 6, as equipes conseguiram manter a temperatura baixa usando apenas um sistema de circulação de água nas piscinas, já que um dos geradores de emergência foi restaurado neste sábado. Com o religamento, a temperatura caiu de 68,8°C para 67,6°C, em quatro horas.
O ministro de Defesa, Toshimi Kitazawa, disse separadamente que a temperatura de superfície nos reatores 1 e 4 estavam a 100ºC ou menos na manhã deste sábado (noite de sexta em Brasília) e que a condição em ambos está mais estável do que o esperado. Ele foi instruído pelo premiê Naoto Kan a monitorar os arredores da usina nuclear. Já a operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co., conseguiu conectar os cabos de energia aos prédios dos reatores 1 e 2. A ideia é fazer uma checagem dos equipamentos e ligar os cabos na manhã de domingo (noite de sábado em Brasília).
A restauração da energia elétrica pe crucial para que o sistema de resfriamento, danificado pelo terremoto, volte a ser ligado --o que facilitará a manutenção da temperatura nos reatores.
Projeto original de Fukushima esconde uma bomba-relógio dupla
SABINE RIGHETTI/FOLHA/DE SÃO PAULO
CLAUDIO ANGELO/FOLHA/DE BRASÍLIA

Uma opção de projeto da usina nuclear Fukushima 1 transformou o local em uma bomba-relógio dupla e acendeu um sinal amarelo sobre usinas nucleares: a estocagem do combustível usado no mesmo prédio do reator.
Além de três reatores que estão com núcleo esquentando, a piscina que guarda o chamado combustível gasto do reator 4 está secando. E o combustível gasto dos reatores 5 e 6 está mais de duas vezes mais quente. Isso pode gerar uma explosão com efeitos trágicos, já que esse material --uma mistura de urânio, plutônio e outros elementos letais-- é 1 milhão de vezes mais radioativo do que o combustível novo.
Depois de queimadas no núcleo do reator, as varetas que abrigam esse material ficam em água, tanto para resfriar o combustível quanto para "blindar" a radiação. "Mas a água está quente e evaporando, e o ar está começando a entrar em contato com os combustíveis estocados. Isso pode dar uma ignição", explica Luís Antônio Albiac Terremoto, do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).
"Certamente a piscina não está íntegra, porque está vazando água", diz Leonam Guimarães, da Eletronuclear. Para piorar a situação, o reator 4 estava em manutenção quando aconteceu o terremoto de 11 de março. A presença do combustível em uso, menos radioativo mas muito mais quente que o combustível gasto, provavelmente causou a elevação na temperatura da água.
E a radioatividade desse combustível gasto torna virtualmente impossível que os trabalhadores se aproximem da unidade 4 para reparos. "Essas varetas não estão num prédio de contenção, estão nadando numa piscina", diz o geoquímico Rodney Ewing, da Universidade de Michigan (EUA), especialista em rejeitos nucleares. Várias usinas atômicas no mundo adotam o mesmo projeto de Fukushima, de armazenar o combustível gasto no mesmo prédio do reator. Angra 2 e Angra 3 estão entre elas. Em Angra 1, a estocagem fica anexa ao prédio. "Mas a questão é por que nós mantemos esse material em piscinas", diz Ewing. Segundo ele, uma alternativa seria armazenamento a seco. Depois de um tempo, o material da piscina pode ser levado para outro local de estocagem --ou, como no Japão, reprocessado. Mas o reprocessamento é caro e mal visto nos EUA porque tem alto teor de plutônio, material usado em bombas. "A lição que aprendemos de Fukushima é que nós precisamos de um plano de longo prazo", conclui Ewing.

Japão: tremor de 6,1 graus atinge Ibaraki, a nordeste de Tóquio

OSAKA, Japão, 19 Mar 2011 (AFP) -Um terremoto de 6,1 graus de magnitude atingiu neste sábado a província de Ibaraki, localizado a menos de uma centena de quilômetros a nordeste de Tóquio, anunciou a agência meteorológica japonesa.Não foi lançado alerta de tsunami, segundo a mesma fonte.O terremoto estremeceu os imóveis em Tóquio, mas no momento não tinham sido reportado danos materiais, indicou a emissora pública NHK.Os voos no aeroporto da capital, Narita, foram temporariamente suspensos por medidas de segurança, disse a fonte.
Quantidade de terremotos no ano
Mag/Data2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Média anualProj.
2011
8.0 a 8.92 1 2 4 0 1 1 11 (1)4
7.0 a 7.914 10 9 14 12 16 21 617 (1)28
6.0 a 6.9141 140 142 178 168 144 151 66134 (2)312
5.0 a 5.91515 1693 1712 2074 1768 1895 1944 6061319 (2)2872
4.0 a 4.910888 13917 12838 12078 12291 6801 10402 1802130008541
Total31194 30478 29568 29685 31777 14820 21473 3185
Mortes22880288003 6605 712 88011 1790 226729 193
Até 18 de março de 2011
(1) Baseado em observações desde 1900
(2) Baseado em observações desde 1990
Projeção: Tendência caso a quantidade de abalos seja mantida
Obs: Os valores podem sofrer correções à medida que são aferidos

sexta-feira, 18 de março de 2011

Vídeo mostra destruição em usina nuclear

Imagens aéreas indicam que danos de terremoto e incêndios são graves.

BBC
O Japão elevou de quatro para cinco o nível do acidente na usina nuclear de Fukushima Daiichi, no leste do país, em uma escala internacional de sete pontos que mede a gravidade de desastres atômicos.
A decisão da agência nuclear japonesa ocorreu devido ao dano causado ao núcleo dos reatores e ao vazamento contínuo de radiação, e classifica a situação como um 'acidente com amplas consequências'.
Segundo a agência, a avaliação é específica para as explosões ocorridas nos reatores 1, 2 e 3.
O sistema de resfriamento dos reatores da usina foi danificado durante o terremoto de magnitude 9 que atingiu o país no último dia 11, mergulhando o país em uma crise nuclear.A mudança de nível coloca o acidente de Fukushima dois níveis abaixo do desastre da usina de Chernobyl, ocorrido em 1986 na Ucrânia (na época, parte da União Soviética).
Sistema de resfriamento dos reatores da usina foi danificado durante o terremoto  (Foto: BBC)Sistema de resfriamento dos reatores da usina foi danificado durante o terremoto (Foto: BBC)
A medida também iguala o caso japonês ao acidente na usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia (Estados Unidos), em 1979.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA), o japonês Yukiya Amano, afirmou em Tóquio que as tentativas para conter o vazamento de material radioativo na usina são uma 'corrida contra o tempo'.
Resfriamento
A agência de notícias japonesa Kyodo informa que os esforços para resfriar o reator número 3 de Fukushima continuam nesta sexta-feira, com o bombeamento de mais água no local e com tentativas de religar a energia elétrica do sistema de resfriamento.
Nessa quinta-feira, a AIEA disse, citando fontes do governo do Japão, que engenheiros instalaram um cabo de força externo no reator número 2 de Fukushima, o que permitiria a reativação do sistema de resfriamento da usina.A AIEA disse em um comunicado que o sistema de resfriamento deve ser reconectado assim que terminar o processo de despejar água para resfriar o reator de número 3.De acordo com a empresa que opera a usina, a Tokyo Electric Power (Tepco), o reator número 2 preocupa porque ele fica em um edifício que permanece com o teto intacto. Por isso, não pode ser resfriado por água jogada de helicópteros.
AIEA disse em um comunicado que o sistema de resfriamento deve ser reconectado (Foto: BBC)
AIEA disse em um comunicado que o sistema de resfriamento deve ser reconectado (Foto: BBC)
Nessa quinta-feira, toneladas de água foram despejadas nos reatores 3 e 4 por helicópteros e caminhões de bombeiros da Força de Autodefesa do Japão e por um caminhão-pipa da Polícia japonesa.
O objetivo da operação é impedir o derretimento das barras de combustível nuclear armazenadas no reservatório. Se danificadas, elas podem liberar muita radioatividade na atmosfera.A agência de notícias japonesa Kyodo Newsdisse que as tentativas de jogar água no reservatório de combustível do reator 3 de Daiichi foram bem sucedidas.

Número de mortos no Japão sobe para 6.991; 10.316 desaparecidos

France Presse
TÓQUIO, 18 Mar 2011 (AFP) -O terremoto e tsunami da sexta-feira da semana passada na região nordeste do Japão provocou 6.991 mortos, mais que o tremor de Kobe (oeste) em 1995, que teve 6.434 vítimas fatais, anunciou a polícia japonesa.
O balanço pode aumentar, já que o número de desaparecidos identificados chega a 10.316 e há poucas esperanças de encontrar mais sobreviventes, informou a polícia. O número de feridos chega a 2.356.
O prefeito da cidade costeira de Ishinomaki, na região de Miyagi, afirmou que o número de desaparecidos alcançava 10.000 apenas na localidade.O terremoto de 9 graus de magnitude, o mais grave registrado no país, seguido de um tsunami com ondas de 10 metros, é o tremor que provocou mais mortes no país desde a tragédia de Kanto em 1923 (7,9 graus), que deixou 142.807 mortos e desaparecidos em Tóquio e seus arredores.
A cidade portuária de Kobe foi afetada em 17 de janeiro de 1995 por um tremor de 7,2 graus.

Após tremor, príncipes do Japão cancelam ida a casamento de William

Crise no país impedirá viagem de Naruhito e Masako, diz Casa Imperial.Tremor e tsunami causaram morte, destruição e crise nuclear e humanitária.

Da AFP
Os príncipes da Coroa do Japão, Naruhito e Masako, não viajarão para participar do casamento do príncipe William da Inglaterra com Kate Middleton, devido ao terremoto e ao tsunami de 11 de março e que paralisaram o país, informou nesta sexta-feira (18) a imprensa local.
Um oficial da Casa Imperial japonesa indicou já ter comunicado a realeza britânica sobre a decisão, alegando o momento de crise no país.O casamento de William e Kate será celebrado no dia 29 de abril em Londres.

Equipe de TV registra a própria fuga de tsunami no Japão-Repórteres conseguem escapar e registrar salvamento de uma mulher e de um pai com dois filhos.

BBC
Depois das imagens que retratam o drama das populações da costa japonesa, foi a história de uma equipe de reportagem local do Japão que virou manchete.
A equipe filmou momentos tensos, tentando fugir da onda que se aproxima na costa leste do país.
A água levou carros, destroços e até casas inteiras.Mas a equipe conseguiu escapar e registrar ainda o salvamento de uma mulher e de um pai que protegia os dois filhos.

sábado, 12 de março de 2011

Autoridades japonesas não descartam fusão nuclear em usina de Fukushima

(EFE).- As autoridades japonesas acreditam que um reator da usina nuclear de Fukushima, no norte do Japão, pode experimentar um processo de fusão após o forte terremoto de sexta-feira, informa a agência local "Kyodo".
Segundo a Comissão para a Segurança Nuclear do Japão, foi detectado césio radioativo perto da usina, em cujos arredores as autoridades japonesas evacuaram 46.800 pessoas devido à radiação, que subiu a um nível incomum.A operadora da usina, a Tokyo Electric Power, se esforça para reduzir a pressão onde os reatores estão abrigados para desta forma evitar um processo de fusão de seus núcleos, o que poderia desprender uma alta quantidade de radiação.A tentativa de diminuir a pressão ajudaria a liberar vapor que provavelmente incluiria materiais radioativos, segundo a Agência de Segurança Nuclear do Japão.Embora o organismo rejeite que o nível de radiação represente uma ameaça imediata para os habitantes na zona, mais de 46 mil pessoas foram evacuadas neste sábado em um raio de dez quilômetros ao redor da usina.O Governo japonês pediu calma à população, em sintonia com especialistas como o professor Naoto Sekimura, da Universidade de Tóquio, que assegurou que os reatores estão esfriando e praticamente todo o material nuclear continua em seu lugar.Em declarações à emissora de televisão nacional "NHK", Sekimura lembrou que os reatores estão paralisados e não considerou necessário ampliar a zona de evacuação decretada.
No centro nuclear número 1 de Fukushima, a radiação chegou após o terremoto a nível até mil vezes maior que o habitual na sala de controle de um dos reatores, sendo que perto da entrada principal da usina o nível registrado foi 70 vezes maior.O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, confirmou neste sábado que houve o vazamento de "quantidades mínimas de radiação" na usina de Fukushima.

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