sexta-feira, 10 de junho de 2011

Musical do Homem-Aranha fica sem iluminação do Empire State em estreia

Cena do espetáculo na Broadway
Cena do espetáculo na Broadway
Nova York, 9 jun (EFE).- A direção do Empire State se negou a dedicar por um dia a espetacular iluminação noturna do arranha-céu ao musical da Broadway sobre o Homem-Aranha, cuja cena mais impressionante acontece no topo de outro grande edifício de Nova York, o Chrysler.
"O Homem-Aranha e o Empire State são dois dos ícones mais queridos da cidade, portanto esperamos que haja alguma maneira de reunir ambos na noite de estreia", disse nesta quinta-feira à Agência Efe Rick Miramontez, porta-voz da produção musical mais cara da história.

Os produtores de "Spider-Man: Turn Off The Dark", estimulados pelos membros da banda U2 Bono e The Edge, propuseram aos donos do Empire State que na noite da estreia, na próxima terça-feira, o arranha-céu mais alto de Nova York, dedicasse sua iluminação ao Homem-Aranha e sua cúpula luzisse de vermelho e azul.No entanto, no musical, que muita gente já pôde assistir graças às centenas de apresentações prévias à estreia, o super-herói nova-iorquino mantém uma épica batalha com o Duende Verde no topo do edifício Chrysler.Os donos do Empire State disseram que aceitariam a solicitação dos produtores se estes modificassem a cenografia para que a batalha acontecesse ali, e não nas conhecidas coroas do Chrysler.No entanto, esta opção seria complicada, pois a decoração que simula o Chrysler é formada por móveis e alguns deles são caros e dificilmente substituíveis, especialmente a menos de uma semana da estreia, segundo explicam os produtores.O jornal "New York Post" cita nesta quinta-feira uma fonte não-identificada do Empire State que garante: "Adoramos o Homem-Aranha, mas este é o edifício de escritórios mais famoso do mundo e um ícone de Nova York".Essa mesma fonte acrescenta que ter omitido o Empire State do cenário "não é a primeira infâmia do musical", em referência à infinidade de problemas enfrentados pela produção de US$ 70 milhões.Além de ter sido duramente avaliada pela crítica (o que causou notáveis mudanças no roteiro e nas músicas), sua estreia foi adiada em várias ocasiões devido, entre outros motivos, à dificuldade das acrobacias que deixaram vários atores feridos.Segundo a programação prevista, o Empire State se iluminará na terça -feira de vermelho, branco e azul pela celebração nos Estados Unidos do Dia da Bandeira.

Bono diz que diretora demitida do musical "Homem-Aranha" é um gênio

Da Redação*

Embora a diretora Julie Taymor tenha saído do comando do musical "Spider Man: Turn Off the Dark", o vocalista do U2, Bono Vox, disse que ela é um "gênio" e que ele e The Edge -- que compuseram a trilha sonora do musical de US$ 70 milhões, o mais caro da história da Broadway -- tiveram o privilégio de trabalhar com ela.
  • Divulgação Os músicos do U2 Bono (d) e The Edge (e) ao lado da ex-diretora do musical do Homem-Aranha, Julie Taymor (2010)
Bono e The Edge apresentaram a trilha sonora do espetáculo nesta quinta-feira (9). A trilha será lançada na próxima terça-feira, junto da estreia oficial do musical."Spider Man" deveria ter estreado no ano passado, mas diversos problemas ocorreram com a peça, entre acidentes com o elenco e problemas criativos, o que tornaram o musical motivo de piada. A abertura foi cancelada diversas vezes, e a diretora e líder do espetáculo Julie Taymor foi demitida em março.
Bono Vox disse ainda que Taymor é brilhante, acrescentando que talvez ela tivesse ficado tão imersa no espetáculo que se cansou e não pôde mais vê-lo.No entanto, a antiga líder do musical, que esteve por trás da bem-sucedida adaptação de "O Rei Leão" para os palcos, está pedindo aos produtores o pagamento de cerca de US$ 300 mil em direitos não pagos, de acordo com o sindicado que a representa.
  • Tina Feineberg/AP Atores vestidos como Homem-Aranha apresentação de pré-estreia em maio de 2011, com o show já reformulado após a saída de Julie Taymor
"Taymor dedicou nove anos de sua vida a este projeto", disse em um comunicado a diretora-executiva do sindicado que representa diretores e coreógrafos, Laura Penn. "O produtor não tem absolutamente nenhum direito, legal e eticamente, de retirar os royalties que lhe são devidos."
*Com AP e Reuters

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