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segunda-feira, 26 de março de 2012

Claudia Raia e namorado, Jarbas Homem de Mello, apresentam 'Cabaret' no Rio

Ao lado de seu namorado, Jarbas Homem de Mello, Claudia Raia mostrou a boa forma ao fazer coreografia do musical 'Cabaret' em tarde de apresentação para a imprensa nesta segunda-feira, 28. Com muitos bailarinos, ela dançou e encantou no palco do Teatro Oi Casa Grande, no qual estreia dia 31 de março na temporada carioca após o sucesso dos espetáculos em São Paulo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Reynaldo Gianecchini demonstra apoio aos outros pacientes com câncer

Mesmo focado na própria recuperação, ator demonstra carinho aos pacientes do hospital Sírio-Libanês
QUEM Online.
Carlos Prates
Reynaldo Gianeccinhi tem demonstrado apoio aos outros pacientes com câncer do hospital Sírio-Libanês, informou o jornal "Diário de S.Paulo".
Mesmo focado na própria recuperação, o ator tem sido um exemplo para todos aqueles que também enfrentam o tratamento. Segundo a coluna "Diário da Fama", quem frequenta a área de quimioterapia diz que ele sempre tem uma frase bonita para dizer, principalmente .
Claudia Raia sobre Reynaldo Gianecchini: "Tenho aprendido com ele todos os dias"-Durante festa do musical "Cabaret", a atriz falou sobre a recuperação do amigo
Sonia Vieira; Fotos Francisco Cepeda/AgNews
Francisco Cepeda/AgNews
Claudia Raia celebrou animada o sucesso do musical “Cabaret” na noite de quinta-feira (17). A atriz protagonista do espetáculo se encontrou com os colegas de elenco e produção em São Paulo onde se divertiu e conversou com a imprensa. Visivelmente mais magra e elegante, a estrela do musical contou como tem chegado à silhueta mais esbelta. "Trabalhando muito, dançando muito e aí eu voltei ao meu corpo normal." Apesar de ser dona de um par de pernas famoso no Brasil inteiro, Claudia confessou que não vê os membros como necessariamente um presente da genética. "Gosto muito delas porque elas já me deram grandes alegrias”, disse, aos risos. “Elas funcionam muito bem por enquanto. Está tudo ótimo: estou andando, estou dançando, elas ainda sobem, estão ótimas. Só tenho a agradecer”, afirmou.
A estrela da televisão e do teatro acredita que as pernas são resultado de muito treino. “A minha genética de perna nem é maravilhosa. Tem que lutar muito para ela ficar incrível. Isto é uma coisa muito do Tonhão, meu personal, e acho que é muito do shape da minha perna. Mas não é a minha melhor genética. A minha melhor genética é a barriga”, analisou. A atriz contou que também tem cuidado extra com a pele. “A pele é herança da minha mãe, mas eu tenho uma dermatologista que é maravilhosa. Eu sou super alérgica e não é fácil não. O Wanderley é quem cuida do cabelo. Desde ‘Ti-ti-ti’ [novela das sete estrelada pela atriz], eu deixei crescer.”
  Novo sucesso nos palcos
Feliz por já colher os frutos de seu mais novo trabalho, Claudia contou que o interessante no espetáculo é ver que um sonho profissional tem caído no gosto do público. “Está sendo maravilhoso porque a gente só vem celebrando o ‘Cabaret’. O ‘Cabaret’ eu esperei durante 20 anos e agora ele vem cheio de festa, cheio de comemorações, casa lotada, público amando o espetáculo, né!? Isto é muito bacana”, afirmou. “Porque, às vezes, você faz um projeto na sua vida e este projeto não se comunica, né!? Às vezes, o público não entende, ou não é o momento de fazer, então quando o público realmente sente é bom, né? E se sente arrebatado pelo personagem, pelo espetáculo, isto é uma alegria que não tem tamanho.”
Francisco Cepeda/AgNews
Após 20 anos de espera para tornar o “Cabaret” realidade, a atriz acredita que a demora valeu a pena. “Com certeza. Porque eu acho que antes eu não teria também as ferramentas que eu tenho hoje como atriz, né? Então, a gente vai adquirindo ferramentas, talvez eu não teria feito esta Celi Bownl, teria feito outra".
 Recuperação de Reynaldo Gianecchini
Em paralelo com os ensaios para o “Cabaret”, a atriz também acompanhou bem de perto o estado de saúde do amigo Reynaldo Gianecchini. Para Claudia, o ator, que atualmente luta contra um câncer no sistema linfático, pode ser considerado um grande guerreiro. "Sim ele está ótimo. Numa felicidade louca. Muito, muito confiante, impressionante. Ele não é deste planeta. Ele é acima do bem e do mal. É incrível. Uma pessoa única. E ele está ficando bom, eu tenho quase certeza que ele está ficando bom. Ele está na última quimio, né? E agora ele vai fazer o auto-transplante de médula, que vai ser um sucesso”, elogiou. A atriz disse também que tem aprendido muito com o amigo. “Porque está tudo correndo muitíssimo bem como a médica previu e eu estou com ele todos os dias. É uma coisa muito junta e ele tem muitos amigos. Pessoas que o amam muitíssimo e acho que ele está recebendo amor de todo a população brasileira. As pessoas adoram ele, né? Então é muito forte o que ele está vivendo. E este amor é que está fazendo ele ter esta força toda que tem, esta conexão com Deus, esta espiritualidade. É impressionante. Ele acorda sorrindo e vai dormir sorrindo, vive sorrindo. Tem um entendimento que a gente não tem. É difícil explicar, entende? Eu tenho aprendido com ele todos os dias. Eu acho que ele é meu grande aprendizado de todos estes anos da minha vida, acho que este momento com o Giane.”A vontade de seguir a carreira artística parece que pode passar dos pais para os filhos, de acordo com Claudia. Segundo a atriz, o desejo dos filhos em seguir o ramo é uma mistura de vontade pessoal com a procura em se espelhar na mãe. "Eu acho que toda a criança tem a mãe como referência e, segundo, toda a criança da idade da Sophia quer ser atriz. Quer ser estrela, quer ser bailarina e ela é uma loucura, uma coisa fofa”, derreteu-se aos risos. “Mas isto não significa que ela será atriz porque minha sobrinha era atriz e trabalhava como atriz e ela desandou para outro canto. Casou, foi morar, na Itália e tem uma filhinha. Então, nao sei”, afirmou ela sobre a menina que já fez uma participação especial em “Ti-ti-ti”.
“Estas coisas ela que tem que decidir sozinha. A Sophia me lembra muito quando eu tinha a idade dela: mesma energia, mesma coisa. Mas ela é minha filha, claro que ela tem que ter um pouco de mim”, disse
"Agora, o Enzo é musico, compositor, quer fazer faculdade de música de todas as maneiras. O Enzo toca bateria muitíssimo bem desde os 5 anos. Ele compõe com facilidade música e letra, toca violão, piano, toca qualquer coisa que derem para ele. Ele é danado, é um musicista. Só que é totalmente low profile. Ela quer aparecer, ele não”, afirmou, bem humorada.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Teatro-CABARET “Cabaret” tem coreografias repaginadas e atuação brilhante de Jarbas Homem de Mello


A montagem brasileira de “CABARET” é de altíssima qualidade. Claudia Raia foi atrás da viabilização do projeto e com muito bom senso e inteligência associou-se a grandes profissionais para trazer ao palco a história da prostituta-dançarina-niilista Sally Bowles, sob a sombra terrível do nazismo em plena Berlim prestes a entrar na Segunda Guerra. Um dos grandes acertos da montagem são as coreografias de ALONSO BARROS, que repaginou e modernizou todo os passos e gingado original do bailado de Bob Fosse e deu um novo fôlego a muitos números. “Mein Herr”, por exemplo, ficou muito mais contagiante na versão de Alonso do que originalmente. As cadeiras de Fosse continuam lá, mas a energia dos bailarinos está mais explosiva, mais atualizada. Destaque para Rodrigo Negrini (de “Hairspray”), como Wolf e Alberto Goya (de “Gaiola das Loucas”), como a Mulher-Gorila.
Outro grande trunfo é a luz de Paulo César Medeiros, criando a ambientação mágica de um cabaret escapista. O teatro Procópio Ferreira foi todo remodelado para a montagem. As laterais foram cobertas por cortinas de veludo pretas, o palco avança um pouco à frente no proscênio. Cadeiras foram adicionadas ao palco lateralmente, onde parte do público assiste ao espetáculo. O figurino  é de FÁBIO NAMATAME. Lingeries, rendas parcialmente rasgadas e ombreiras modernas, misturadas ao vintage clássico. Em “Two Ladies”, por exemplo, evita-se o figurino alemão-camponês dos personagens. O visagismo também está excelente: maquiagem e cortes de cabelo que exalam sensualidade. Apesar do glamour reluzente de alguns figurinos fugirem um pouco do que seria um cabaret decadente na Alemanha pré-nazismo, o trabalho de Namatame é muito competente.

A direção de José Possi Neto é ótima. Ele consegue superar por exemplo a falta de ritmo de alguns momentos do bom “New York, New York”, seu musical anterior. Os melhores musicais montados no Brasil ainda pertecem aos magos Charles Moeller & Claudio Botelho, mas Possi tem feito um bom trabalho, assim como Jorge Takla (“Evita”).  As letras das canções foram versionadas por Miguel Falabella, que fez um trabalho superior ao dos fracos “Os Produtores” e “Gaiola das Loucas”.
O surpreendente JARBAS HOMEM DE MELLO tem alguns musicais no currículo, mas nunca esteve tão brilhante como agora. Na pele de MC, o mestre de cerimônias que abre, fecha e permeia todo o musical narrando passagens, ele soube desenhar e dosar seu personagem com o lado clownesco misturado ao cruel, envolvendo uma sexualização que não existia originalmente na criação de Joel Grey (da primeira montagem e do filme). O MC de Grey, nos anos 60, era mais chapliniano, sem quase nenhuma dosagem sexual. A montagem da Broadway de Sam Mendes, dos anos 90, no estúdio 54, trouxe o esplêndido Alan Cumming no papel, com uma volúpia e uma ferocidade adicionadas que lhe deram prêmios. A excelente composição de Jarbas para MC segue a linha de Cumming. Não me recordo de ter visto Jarbas tão bem em nenhum outro espetáculo. Por merecimento deveria ser indicado e ganhar vários prêmios.Marcos Tumura e Liane Maya estão corretos, não chegam a arrebatar, até porque seus personagens são mais contidos e doloridos que o restante do elenco.
O novato GUILHERME MAGON (que estava em “Mamma Mia”), como o escritor que se apaixona por Sally, está muito bem e seguro. Com apenas 25 anos, demonstra certa maturidade no palco, em meio a tanta gente escolada e com anos e anos de musicais no currículo. No final, quando ele canta um trechinho de “Wilkommen” ao lado de Jarbas, percebe-se que além da boa atuação, Guilherme também tem uma boa voz e afinação.Claudia Raia soube criar uma Sally Bowles com ironia e competência. O timing cômico da atriz rende bons momentos. Sally Bowles já foi interpretada por atrizes cujas vozes são soberbas como Judi Dench, Liza Minelli, Jane Horrocks. Vocalmente, Raia não chega a fazer feio, mas derrapa em algumas notas de “Mein Herr” e “Life is a Cabaret”, o que não compromete nem um pouco um musical vistoso e deslumbrante como este. O público sai maravilhado do teatro. Imperdível.

Claudia Raia arrasa em Cabaret e faz o musical mais gay de 2011

Com Cabaret, Claudia Raia reafirma seus vários talentos e seu título de mulher viado 

Ninguém mais duvida que Claudia Raia é a mulher mais viado do Brasil, e só ela mesma para fazer o musical mais gay do ano em terras brasileiras. Se “Cabaret” já é um ícone gay há anos, Claudia (capa da Junior #27) traz ao Brasil uma leitura ousada com direito a beijo gay em uma versão do texto original de 1966 de Joe Masteroff, feita por ninguém menos do que Miguel Falabella. No palco, a diva canta, dança e atua – tudo muito bem, com um corpaço e casa lotada em São Paulo, no Teatro Procópio Ferreira.
Em cartaz de quinta a domingo, no 10º musical de sua carreira ela vive sob a direção de José Possi Neto (“New York, New York”) a dançarina e cantora de cabaré Sally Bowles, estrela máxima do Kit Kat Club de Berlim em 1931. No Ano Novo, ela conhece o recém-chegado aspirante a escritor Cliff Bradshaw (Guilherme Magon), homossexual meio enrustido que também se envolve com Sally. O segredo dele é revelado pelo dançarino Wolf, que já conhecia o rapaz do bar Rouxinóis de Londres, um lugar onde quem vai já diz o que gosta.É entre os dois que rola o beijo cheio de desejo em um dos cantos menos movimentado do Kit Kat Club, um lugar onde as meninas são bem safadinhas e têm habilidades inusitadas (e gostosas) e os meninos usam salto alto, jogam cabelão, arrasam na coreô e não dispensam uma boa meia-arrastão. O grande destaque entre eles é o Mestre-de-Cerimônias (MC), em uma interpretação enérgica (confira vídeos abaixo) de Jarbas Homem de Mello em trajes deliciosamente sumários cobrindo um corpo musculoso esculpido.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Claudia Raia estrela montagem de "Cabaret", de Joe Masteroff

MILENA EMILIÃO/FOLHA
DE SÃO PAULO

"Havia um cabaré, e havia um mestre-de-cerimônias e uma cidade chamada Berlim. Era o fim do mundo, e eu dançava com Sally Bowles, e nós dois estávamos dormindo."
São essas as primeiras palavras do livro que o personagem Cliff Bradshaw escreve na peça "Cabaret". A montagem musical do texto chega a São Paulo hoje, no teatro Procópio Ferreira.
O espetáculo que os brasileiros verão é resultado de uma sequência de adaptações. A peça foi escrita em 1966 por Joe Masteroff, a partir do livro "I Am a Camera", de John van Druten -o qual, por sua vez, baseou-se em "The Berlin Stories" (1945), de Christopher Isherwood.
Zé Carlos Barretta/Folhapress
Claudia Raia em cena do musical "Cabaret", dirigido por José Possi Neto
Claudia Raia em cena do musical "Cabaret", dirigido por José Possi Neto

Masteroff serviu na Força Aérea Americana durante a Segunda Guerra Mundial e hoje, aos 91 anos, segue escrevendo, ofício que adotou na década de 1950.
Ele aponta a insensatez do mundo como razão para "Cabaret" manter a atualidade e o apelo universal. "As pessoas precisam de música para sobreviver, porque a loucura ainda está em todo lugar."
O autor se define como um sujeito "tranquilo", alguém cuja vida "nunca foi um cabaré". Mas acha que a falta de juízo dos tempos atuais faz surgir tipos cada vez mais parecidos com os de sua peça, "sem esperança e aproveitando o máximo". A história de "Cabaret" se passa num clube noturno da Berlim pré-ascensão do nazismo, período em que muitos alemães ainda não atinavam para o perigo iminente que o mundo corria. A situação financeira ruim e o moral baixo depois da derrota alemã na Primeira Guerra definiam o clima da época.
Os clubes burlescos, com seu cardápio de números alegres e escapistas estrelados por garotas seminuas, serviam de alento. Miguel Falabella, responsável pela adaptação para o português e amante dos musicais, diz que teve trabalho para não perder a atmosfera histórica e política da peça. Para isso, manteve do original o Mestre de Cerimônias, personagem palpitador de Jarbas Homem de Melo. "A personalidade ácida do Mestre de Cerimônias -que comenta a história com traços de crueldade- é muito importante", explica Falabella. "Ele representa aquela Alemanha que está afundando, prestes a ver os nazistas no poder. O ovo da serpente está eclodindo, e ele é a tradução disso tudo."
O romance entre Sally Bowles e Cliff Bradshaw (papel proposto a Reinaldo Gianecchini antes da descoberta da doença) acontece e parece ser uma tábua de salvação para o par de desgarrados.
Porém, a presença crescente do nazismo, o temperamento de Cliff e a ignorância de Sally impedem um final feliz. "E como poderia haver se o que estavam vendo era o começo do 'fim do mundo?'", questiona Masteroff.

A vida continua-Claudia Raia estaria vivendo affair com substituto de Gianecchini em "Cabaret"

Segundo o jornal "Agora", comenta-se nos bastidores da peça que ela e Guilherme Magon vivem em clima de romance
QUEM online; Foto: FRANCISCO CEPEDA/AGNEWS (Arquivo)
.AgNews (Arquivo)
Ela e o rapaz em cena de "Cabaret", em São Paulo
Claudia Raia, 44 anos, e Guilherme Magon, 25, estariam vivendo um romance. A informação é da coluna "Olá", do jornal "Agora S. Paulo" desta sexta-feira (28).
O ator foi escalado como substituto de Reynaldo Gianecchini - que luta atualmente contra um câncer - no espetáculo "Cabaret, que está em cartaz na capital paulista.
Segundo a coluna, a atriz é só elogios à performance de Magon na peça. Claudia se separou de Edson Celulari em 2010. Eles foram casados por 17 anos e têm dois filhos - Enzo, de 14 anos e Sophia, de 8.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

BRUNO ASTUTO-Primeira mão: Claudia Raia como a prostituta Sally, de “Cabaret”

Claudia Raia encarna Sally Bowles, personagem principal do musical Cabaret /Foto: Daniel Klajmic
A coluna mostra em primeira mão a atriz Claudia Raia caracterizada como a prostituta Sally Bowles, personagem principal do musical Cabaret, que estreia dia 28 no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo. As imagens, feitas pelo fotógrafo Daniel Klajmic, provam que a atriz é como vinho: só melhora com o tempo. “Continuo com a mesma disposição dos 15 anos de idade, quando fiz Chorus Line”, garante ela, que contou ainda que teve que mudar por três meses do Rio para São Paulo pelo ritmo intenso dos ensaios. “O mais difícil desse trabalho foi superar a saudade dos meus filhos, já que eu só os via nos finais de semana”.
Há 20 anos você sonha em fazer esse papel. Por que demorou tanto?
Foi Beth Goulart quem fez lindamente o papel na montagem que o mesmo Jorge Takla dirigiu, em 1989. Eu havia sido convidada na época, mas, como estava numa novela, não pude aceitar e fiquei arrasada. Anos depois, tentei comprar os direitos e não consegui. Aí surgiu outro musical na minha frente, o “Sweet Charity”. Mas agora finalmente vou realizar este sonho. Tudo tem a hora certa para acontecer.
É o projeto da sua vida?
Não gosto de dizer que é o projeto definitivo pra mim, pois aí parece que já estou me dando por satisfeita e ainda quero fazer muitas coisas no teatro. Mas posso dizer que é o personagem da minha vida. Afinal, um musical do Bob Fosse, que foi feito magistralmente pela Liza Minnelli, tem tudo a ver comigo.
Do musical “Não Fuja da Raia”, um dos grandes marcos da sua carreira, pra cá já se passaram mais de 20 anos. Sentiu alguma limitação física nos ensaios de Cabaret?
O Jorge Takla, que dirige a montagem, diz que eu continuo com a mesma disposição dos 15 anos de idade, quando fiz Chorus Line. Eu concordo. Mesmo quando não estou em cena, me preparo para a hora de subir ao palco. Então realmente não senti nenhuma limitação física.
Por conta do espetáculo, você teve que morar os últimos três meses em São Paulo. Como foi ficar longe dos seus filhos?
O mais difícil desse trabalho foi superar a saudade da Sophia e do Enzo, já que eu só os via nos finais de semana. Ele entende mais, já ela me cobra muito. Quando Sophia disse que estava com tanta saudade que até doia no seu corpo, eu quase morri.
Nesse momento entrou em cena o Edson Celulari…
Exatamente. Ele está sendo mais que um paizão das crianças, está sendo também um grande amigo meu. As crianças estão morando na casa dele esse tempo todo e ele tem sido incrível. Sem o apoio dele, não conseguiria ter me dedicado tanto.

Bruno Astuto/Época

domingo, 25 de setembro de 2011

Claudia Raia será a prostituta Sally Bowles na peça "Cabaret"-sucesso no cinema e na Broadway

GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Embora tenha se consagrado também por papéis dramáticos -como nas novelas "Engraçadinha" (1995) e "A Favorita" (2008)-, é bem fácil entender por que Claudia Raia estreou na TV justamente em um programa cômico. O pontapé foi em "Viva o Gordo", de Jô Soares, no início dos anos 1980.
Com Claudia não tem climão. Ela xaveca seu próprio assessor de imprensa, entre uma e outra resposta dada em entrevista à Folha. Tudo de brincadeira, obviamente, como forma de estabelecer a descontração.
A conversa, na casa dele, nos Jardins, em São Paulo, foi marcada pela iminência de realizar de um sonho antigo. Protagonizar a peça "Cabaret" está nos planos de Claudia desde os anos 1980, o que ela fala pouco antes de deixar cair, sobre um tapete de lã, o chiclete que mascava.
Letícia Moreira/Folhapress
Retrato da atriz Claudia Raia, no Jardins
Retrato da atriz Claudia Raia, no Jardins

Já de quatro, tateando o tecido branco (da mesma cor da goma de mascar), a atriz deixa escapar todo seu talento para compor frases hiperbólicas. "Ai, nunca mais vamos encontrar esse chiclete."
E a entrevista continua com o próprio repórter também de quatro, no chão. A atriz conta que Sally Bowles, protagonista de "Cabaret", a "perseguiu" durante os últimos 20 anos.
A estreia do espetáculo está enfim marcada para 27 de outubro, no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo.
Essa "perseguição" começou nos anos 1980. "Fui convidada antes da Beth Goulart para fazer o espetáculo do [Jorge] Takla, de 1989." Dez anos depois, uma nova tentativa foi frustrada por compromissos na Globo.
underground
O mesmo papel rendeu um Oscar a Liza Minnelli em filme de Bob Fosse de 1972. Mas Claudia pretende mostrar uma Sally mais underground.
"Ela não é bipolar, ela é 'tripolar'", brinca, enquanto mostra fotos de revistas de moda. Mulheres com maquiagens borradas, modelos da Dolce & Gabbana conjugando perfil tétrico e sexy: são imagens que Claudia carrega hoje em seu celular. Para a atriz, a versão com Minnelli não deixava explícito que Sally é uma prostituta viciada em gim.
Na peça, a personagem se apaixona por um escritor homossexual, que seria interpretado por Reynaldo Gianecchini. O ator afastou-se do projeto após anunciar que estava com câncer. "Faltavam dois dias para a gente começar os ensaios", diz Claudia. Gianecchini faria par com ela também no remake da novela "Guerra dos Sexos", de Silvio de Abreu, em 2012.Para a peça, Claudia mostrou o background de quem faz musicais muito antes de o gênero virar moda em São Paulo. Fez teste com mais de mil intérpretes para o elenco e se diz feliz por ter se livrado de velhas precariedades. A atriz conta que a montagem para "O Beijo da Mulher-Aranha" (2001), por exemplo, era movida a voz com acompanhamento instrumental em playback.
Agora, a presença da orquestra em cena --"e um stage manager que não é gringo"-- dão mais fôlego às produções nacionais.

Cabaret por Stage-Entertainment

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