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sábado, 19 de novembro de 2011

Intolerância-Skinheads colam cartazes com ameaças a estudantes na USP

RAFAEL SAMPAIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Atenção drogado: se o convênio USP-PM acabar, nós que iremos patrulhar a Cidade Universitária!"
Cartazes como esses, com ameaças contra usuários de maconha e frases anticomunistas, foram afixados anteontem por skinheads na USP.
Os panfletos foram colados em pontos de ônibus na Cidade Universitária, à tarde.
A Folha encontrou restos dos papéis em dois pontos: na entrada da Faculdade de Educação e no portão principal da universidade. A PM diz ter apreendido os cartazes com dois jovens. Eles foram abordados e tiveram os dados registrados para apuração, segundo o coronel Wellington Venezian, que comanda o policiamento na região oeste de SP. Não foi confirmado se eles são ou não alunos da USP. Nos dias de semana, o campus tem acesso livre.
A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) afirma investigar o caso e ter identificado os responsáveis. Segundo a delegada Margarette Barreto, o grupo foi identificado como sendo um dos "movimentos de intolerância" que atuam na cidade. Em um dos cartazes, um grupo de skinheads aparece sobre a frase: "maconheiro, aqui você não terá paz".
No segundo, uma referência ao CCC (Comando de Caça aos Comunistas, organização de extrema-direita que atuou no regime militar) aparece com a imagem do jornalista Vladimir Herzog, morto nos porões da ditadura. Na versão dos militares, divulgada à época, Herzog se matou.
Estudantes relataram que foram ameaçados por dois skinheads anteontem, diante da Faculdade de Educação. "Vieram querendo intimidar, perguntaram se éramos contra a polícia", afirma o aluno H., 30.
A crise da USP foi deflagrada após três alunos serem pegos com maconha. Colegas tentaram impedir a prisão. Houve confronto com a PM e os prédios da FFLCH e da reitoria foram invadidos.

Editoria de Arte/Folhapress

 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Após 16 anos, ex-líder skinhead muda de vida e apaga tatuagens racistas do corpo


 Montagem mostra a mudança estética de Bryon Widner após 25 cirurgias para remover as tatuagens do tempo em que ele era skinhead. As intervenções cirurgias levaram 16 meses, e hoje ele vive com a mulher e dois filhos Duke Tribble/ MSNBC/AP
O americano Bryon Widner passou 16 anos como ativista skinhead. Era considerado um dos skinheads e pregadores da supremacia branca mais violentos. Integrava o grupo Vinlander Social Club Skinhead Gang, um dos grupos mais violentos dos EUA, e mostrava sua filosofia de vida em diversas tatuagens espalhadas pelo corpo, inclusive no rosto. Em uma reviravolta, aos 32 anos, Widner resolveu mudar de vida. 
Casado e pai de um filho, a história de Widner virou tema de documentário na TV americana. O filme acompanhou todo o processo de mudança e também a retirada de todas as tatuagens. Para isso foram necessárias 25 cirurgias que levaram 16 meses. A última aconteceu em 22 de outubro de 2010. 
A mulher de Widner, Julie, disse que temeu por diversas vezes que se marido fizesse algo e voltasse atrás, dada a dificuldade de apagar todo o passado. 
"Nós deixamos o movimento, criamos uma boa família. Temos muita coisa para viver ainda. Sempre pensava que alguém estava olhando por nós", disse Julie à Associated Press. 
Widner primeiro deixou o movimento e, tatuado, não conseguia arrumar emprego. A decisão de deixar o corpo novamente limpo foi díficil, pois a família precisaria encontrar bons médicos e juntar dinheiro. "Chegou um momento em que eu estava totalmente preparado para jogar ácido no meu rosto [para remover as tatuagens]", disse ele.Curiosamente o casal conseguiu ajuda de um ativista negro, Daryle Lamont, que comanda um grupo a favor da igualdade de direitos, o One's People. Lamont indicou organizações e pessoas, incluindo ex-nazistas, que poderiam orientar Widner na nova vida. 
As câmeras da emissora MSNBC, responsável pelo documentário, acompanharam todo o caminho percorrido por Widner para apagar seu passado. Segudo ele, tornar sua história pública poderia motivar jovens que estão em grupos nazistas a pensarem duas vezes. 
Das cirurgias restaram algumas manchas nas mãos e no pescoço de Widner, que hoje tem o rosto limpo e livre de cicatrizes, mas ainda mantém algumas tatuagens nos braços e no peito, que serão removidas em breve.A próxima parte do passado que ele deseja apagar são as lembranças das pessoas a quem ele agrediu.  Se cegou, matou ou provocou danos permanentes em alguma das pessoas que ele atacou, ele diz não saber, mas diz que sonha com elas quase todas as noites.  
Widner ainda sofre de enxaquecas e outras dores, como resultado das cirurgias extensas e dolorosas para remover tatuagens, mas segundo ele, "é um preço pequeno a pagar para ser um humano de novo."

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Skinhead agride negro e mulher em metrô de São Paulo

A reportagem teve acesso às imagens de uma agressão em uma estação de metrô de São Paulo. Câmeras de segurança registraram o momento em que um skinhead ataca um jovem negro e duas garotas. O agressor responde pelo crime em liberdade.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O DIA DA CAÇA-Skinheads acusam casal gay de agressão em Porto Alegre

Um grupo autodenominado anarcopunks (punks defensores do anarquismo) enfrentou outro de skinheads em uma briga na madrugada de domingo no bairro Cidade Baixa, região central de Porto Alegre. Na confusão, dois skinheads ficaram feridos e apontaram um casal de homossexuais como os autores da agressão. Levado à polícia, o casal prestou depoimento e foi liberado. As informações são do Jornal Zero Hora.
A confusão iniciou por volta das 2h, na rua José do Patrocínio, quando cerca de 40 punks deixavam uma manifestação contra a corrupção. Os anarcopunks teriam identificado o segundo grupo como neonazista pelas tatuagens e cabeças raspadas dos integrantes. Testemunhas afirmaram à polícia que os punks começaram a gritar frases como "fora nazismo" e "fora racismo", até que os skinheads reagiram. Os dois feridos foram levados para Hospital de Pronto Socorro e, liberados na noite de ontem.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Acusado de obrigar jovens a pular de trem é condenado a 31 anos

MARTHA ALVES/FOLHA
DE SÃO PAULO

O jovem Vinícius Parizatto foi condenado na madrugada desta quinta-feira a 31 anos, nove meses e três dias de reclusão por obrigar dois rapazes a pular de um trem em movimento, em 2003, em Mogi das Cruzes (Grande SP). Ele poderá recorrer à decisão em liberdade porque foi beneficiado por um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal).
Durante o julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas e o réu foi interrogado. O júri -- formado por cinco homens e duas mulheres -- reconheceu que o réu praticou o crime de homicídio. A sentença foi lida pela juíza Renata Vergara Emmerich de Souza, após 13 horas de julgamento. Outro acusado, Juliano Aparecido de Freitas, foi condenado em maio deste ano a 24 anos e 6 meses de prisão. Ele vai recorrer em liberdade. Um terceiro acusado, Danilo Gimenez Ramos, aguarda a data do seu julgamento porque ainda tem recursos em andamento.
Rubens Cavallari-1.dez.03/Folhapress
O jovem Vinícius Parizatto
O jovem Vinícius Parizatto

Após saltarem do trem, Cleiton da Silva Leite morreu e Flávio Cordeiro perdeu um braço. Segundo testemunhas, eles foram ameaçados por três skinheads. Os agressores teriam implicado com os rapazes porque eles vestiam blusas de bandas de punk.
A polícia identificou os três após a divulgação de suas imagens, captadas pelo circuito de segurança da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que flagrou o momento da queda das vítimas, assim como o embarque e desembarque dos três acusados. Informações passadas ao Disque-Denúncia também auxiliaram a polícia.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Acusado de obrigar jovens a pularem de trem será julgado em SP

Vinícius Parizatto é o 2º skinhead a sentar no banco dos réus em Mogi.Juliano Freitas já foi condenado a 24 anos de prisão pelo crime.

Do G1 SP

Está previsto para começar nesta quarta-feira (28) o julgamento do segundo de três skinheads acusados de obrigar dois jovens que vestiam camisetas com nomes de bandas punks a pularem de um trem em movimento em 7 de dezembro de 2003 em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. O júri que deverá julgar o réu Vinícius Parizatto será escolhido a partir das 13h no Fórum Central do município, de acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele vai ser julgado pelos crimes de homicídio e tentativa de assassinato. Uma das vítimas morreu na queda, enquanto outra perdeu o braço.
Em maio deste ano, Juliano Aparecido de Freitas, conhecido como Dumbão, foi julgado pelos mesmos crimes e acabou condenado a 24 anos de prisão. Danilo Gimenez Ramos, o terceiro acusado pelos crimes, também aguarda julgamento. As vítimas são Cleiton da Silva Leite, que na época de sua morte tinha 20 anos, e Flávio Augusto Nascimento Cordeiro, então com 16 anos.
Os skinheads são conhecidos por pregar a discriminação contra negros, homossexuais, judeus e nordestinos. Os punks, que têm o anarquismo como ideologia, são considerados inimigos dos grupos neonazistas.
Agressão foi filmadaO processo contra os três réus foi desmembrado e cada um responde aos crimes em separado. Os réus negam os crimes e alegam que os jovens saltaram do trem por vontade própria. O episódio ocorreu numa composição da Linha E da CPTM, perto da Estação Brás Cubas.Os agressores foram identificados após serem reconhecidos por testemunhas. As imagens deles foram gravadas pelas câmeras de segurança da CPTM e divulgadas pela imprensa. O momento do salto e a queda das vítimas também foram filmados pelo sistema interno da rodovia. As cenas mostram o desespero das vítimas obrigadas a pular.
Reprodução de imagens da CPTM mostram dois jovens saltando de trem em movimento: um deles morreu e outro perdeu o braço em 2003 (Foto: (Reprodução/arquivo))Reprodução de imagens da CPTM mostram dois
jovens saltando de trem em movimento: um deles morreu e outro perdeu o braço (Foto: Reprodução/
arquivo)
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público contra os três acusados, as vítimas estavam acompanhadas de suas namoradas. Os dois jovens estavam a caminho de um shopping para jogar boliche. Os cabelos espetados com gel e camiseta de bandas punks chamaram a atenção dos skinheads.Os “cabeças raspadas” estavam vestidos com coturnos, jaquetas e calças com detalhes militares. Além disso, estavam armados com machadinha e tchaco (instrumento de dois bastões ligados por uma corrente).
Ainda segundo a Promotoria, os agressores gritaram “ou pula ou morre” para os jovens. Com medo de serem mortos dentro do vagão, os dois saltaram com o trem em movimento.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Skinheads se organizam e fazem treinamento militar

Artur Rodrigues
do Agora
A rua ficou pequena para os skinheads. Grupos de extrema direita agora têm nome registrado em cartório, CNPJ e até programas próprios de TV e rádio, segundo a polícia. Paralelamente a isso, treinam artes marciais, sobrevivência na selva e manejo de armas. No futuro, ainda pensam em eleger seus próprios políticos.
Para o Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), eles continuam perigosos.
Além de manifestações racistas, como as ocorridas contra a miss Angola pela internet, os carecas ainda têm seus braços que levam a violência para as ruas. Ao todo, são 25 gangues de punks e várias correntes de skinheads, segundo a delegada Margarete Barreto, do Decradi. A reportagem entrevistou o líder de um dos grupos de skinheads que, segundo o Decradi, participou da briga que que acabou com a morte do punk Jhoni Galanciak, 25 anos, no início do mês, em Pinheiros (zona oeste de SP).
O designer Antônio Vulto, 28 anos, lidera a RN (Resistência Nacionalista), organização à qual pertence o skinhead Fábio Medeiros, 21 anos, que foi espancado durante o incidente, foi internado em estado grave e já recebeu alta.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Skinhead gay luta contra a homofobia pelas ruas de São Paulo

CRISTINA MORENO DE CASTRO/FOLHA
DE SÃO PAULO

Aos 16 anos, Danilo se interessou pela cultura skinhead, de suspensórios, coturnos, tatuagens e cabeças raspadas. Entrar nessa tribo teria sido fácil, não fosse por um detalhe: ele é gay.
"Eu pensava: não dá para eu falar que sou skinhead porque os caras não gostam de gay." Naquela época, alguns carecas já ocupavam as páginas policiais dos jornais, com seus ataques a negros.
Marisa Cauduro-30.jun.11/Folhapress
O skinhead Danilo, 29, que quebrou o braço durante confronto com policiais na marcha da maconha
O skinhead Danilo, 29, que quebrou o braço durante confronto com policiais na marcha da maconha em SP

"Mas esses fascistas são minoria", assegura, apesar de ser alvo deles. Ele diz que a tribo cultural surgiu na Jamaica, nos anos 60, e se disseminou com imigrantes que foram trabalhar como operários na Inglaterra, no mesmo período em que o movimento punk também surgia nos subúrbios britânicos. Ao explicar por que resolveu entrar para esse grupo, diz simplesmente: "Skinhead é um cara que gosta de ouvir ska, tomar cerveja e jogar futebol com os amigos." Hoje, aos 29 anos, ele articula uma das vertentes que ajudou a criar, há dois anos: a Ação Antifascista, que reúne 136 pessoas na rede social Facebook. O grupo também tem duas lésbicas skinheads, seis punks bissexuais e dois que se definem como assexuados. O restante é heterossexual, mas defende a luta contra a homofobia. "Somos contra qualquer tipo de preconceito e lutamos pelas liberdades." Eles costumam se reunir em botecos, semanalmente, mas agora terão uma sede própria, com direito a eventos para tentar desmistificar a ideia de que todo skinhead e punk é brutamontes. Desde que foi criado, o grupo já participou de uma marcha contra a homofobia que ocorreu no fim do ano passado (depois que garotos atacaram homossexuais com lâmpadas fluorescentes na avenida Paulista), de marchas contra o aumento do preço do ônibus, a favor da legalização da maconha e, mais recentemente, esteve na Parada Gay. Pela primeira vez, eles participaram do evento em grupo, empunhando uma faixa que dizia que punks e skinheads estavam juntos --o que já é raro-- contra a homofobia --o que foi surpreendente para muita gente, que chegou a aplaudir o grupo durante o desfile.
Até policiais se surpreenderam: os membros da Ação Antifascista chegaram a ser enquadrados minutos antes de começar a Parada e foram detidos quando se reuniam para organizar a participação, na quinta-feira anterior. Em maio, na marcha da maconha que terminou em confronto com a polícia, Danilo quebrou um braço ao tentar fugir de uma bomba de efeito moral. Ficou uma semana internado e, três dias depois de sair do hospital, foi atacado por uma gangue neonazista chamada Front 88.
Hoje ele evita a Galeria do Rock, a rua Augusta, a Paulista e a Liberdade, onde essas gangues se reúnem, por ser alvo fácil: "É como se eu andasse com uma setinha: aqui, anarquista, skinhead e homossexual, bata nele."
 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Skinhead tenta esfaquear negro e vai a nocaute com um só soco nos EUA

Vítima tentou evitar briga e agiu em legítima defesa, disse polícia de Idaho.Aparentemente, 'careca' não notou que desafeto usava camiseta de boxe.

Do G1, em São Paulo
O acusado Daren Christopher Abbey em foto divulgada pela polícia (Foto: Reprodução)O acusado Daren Christopher Abbey em foto
divulgada pela polícia (Foto: Reprodução)
Um homem que se denominava skinhead apanhou até ficar inconsciente de um homem negro a quem ele teria ameaçado esfaquear na cidade americana de Bayview, no estado do Idaho, segundo a polícia.
Daren Christopher Abbey, de 28 anos, foi preso e processado depois de ter sido tratado com fraturas no rosto, segundo o Departamento de Polícia do condado de Kootenai, citado pela imprensa local.
Ele é acusado de ter tentado esfaquear Marlon L. Baker, de 46 anos, em um bar, em 3 de julho. Ele teria dito a Baker que ele "não pertencia ao local" porque era negro, segundo o policial Stu Miller.Baker teria deixado o local para evitar confusão, mas Abbey o seguiu até uma marina a cerca de 300 metros dali. Depois de o ofender com xingamentos racistas, ele ameaçou esfaqueá-lo."Ele disse que os negros não pertencem a Bayview", disse o policial.Baker deu um soco no rosto de Abbey, que caiu no chão inconsciente.Policiais que faziam a patrulha na região logo atenderam a ocorrencia.Segundo policiais, Abbey não percebeu que Baker estava vestindo uma camiseta com a inscrição: "Campeão do Clube de Boxe de Spokane". Mas um porta-voz negou que Baker seja filiado ao clube.A polícia afirmou que Baker agiu em própria defesa. Ele afirmou que agiu instintivamente.Abbey tinha várias tatuagens de teor neonazista e já havia declarado à polícia, em 2004, que era um "skinhead independente" e que não gostava das minorias;
Morador de Sacramento, na Califórnia, ele está preso sob fiança de US$ 75 mil.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Skinheads planejavam ataques na Parada Gay de SP deste ano, diz delegada

Dois dias antes da parada orgulho LGBT de São Paulo,a polícia prendeu um grupo de 18 skinheads que planejava cometer atentados no evento. A informação foi dada pela delegada-titular do decradi( Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância),Margarete Barreto. Segundo ela, o grupo pretendia agir já na véspera do evento, quando ocorrem festas e apresentações voltadas para o público LGBT na cidade. "Isso só reforça a importância das pessoas em notificar os crimes à polícia" afirma a delegada. Margarete informa que nas regiões da avenida Paulista e rua Augusta são onde acontecem mais comumente esse tipo de crime.Além de crimes por discriminação sexual, a Decradi investiga cerca de 130 casos de intolerância religiosa, esportiva e racial. No domingo (3) foi registrado o primeiro caso de tentativa de homicídio contra negros.De acordo com Margarete, a polícia monitora as atividades de 20 gangues. Ela não deu detalhes sobre esses grupos para não atrapalhar as investigações.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Acusado de obrigar jovens a pularem de trem nega crime durante júri

Juliano Aparecido de Freitas foi interrogado na tarde desta sexta-feira (20).Caso aconteceu em dezembro de 2003 em Mogi das Cruzes, na Grande SP.

Caroline HasselmannDo G1 SP
 
 
O acusado de obrigar dois jovens que vestiam camisetas com nomes de bandas punks a pularem de um trem em movimento, em dezembro de 2003, negou o crime durante julgamento ocorrido na tarde desta sexta-feira (20) em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Juliano Aparecido de Freitas, o Dumbão, foi interrogado por cerca de meia hora no fórum do município. “Compareci aqui com o coração aberto, sem culpa alguma”, disse ele. Por volta das 16h, o julgamento estava na fase de debates entre defesa e acusação.O júri começou por volta das 13h desta sexta-feira. Juliano está sendo julgado pelos crimes de homicídio e tentativa de assassinato. Cleiton da Silva Leite, que na época tinha 20 anos, morreu e Flávio Augusto Nascimento Cordeiro, que estava com 16 anos, teve o braço direito decepado ao cair no vão que separa o trem da plataforma.Flávio e outras duas testemunhas foram ouvidos durante o julgamento. Ele estava bastante nervoso e não se recordou de alguns detalhes do dia do crime. Flávio disse que não é punk, apesar das vestimentas que usava e do cabelo moicano. “Eu nunca fui adepto da filosofia punk”, declarou. O promotor Marcelo Alexandre de Oliveira dispensou algumas testemunhas, com as ex-namoradas das vítimas.Durante o interrogatório, Juliano afirmou que “não pertence a nenhum grupo de ideologia”. A acusação diz que ele e outros dois réus no processo são skinheads, conhecidos por pregar a discriminação contra negros, homossexuais, judeus e nordestinos. Os punks, que têm o anarquismo como ideologia, são considerados inimigos dos grupos neonazistas.
Agressão foi filmada
Além de Dumbão, Vinícius Parizatto, o Capeta, e Danilo Gimenez Ramos também são apontados pelo Ministério Público como os skinheads que atacaram os punks ainda dentro de um dos vagões. Os três são acusados de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e tentativa de homicídio.O processo contra os três réus foi desmembrado e cada um responde aos crimes em separado. Segundo o TJ-SP, a estimativa é que Parizatto seja julgado em 15 de maio de 2012. A data do júri de Ramos ainda não foi marcada. A defesa de ambos recorre da decisão da Justiça.Os réus negam os crimes e alegam que os jovens saltaram do trem por vontade própria. O episódio ocorreu numa composição da linha E da CPTM, próximo à Estação Brás Cubas. Os agressores foram identificados após serem reconhecidos por testemunhas. As imagens deles foram gravadas pelas câmeras de segurança da CPTM e divulgadas. O momento do salto e a queda das vítimas também foram filmados pelo sistema interno da rodovia. As cenas mostram o desespero das vítimas obrigadas a pular.De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público contra os três acusados, as vítimas estavam acompanhadas de suas namoradas. Os dois jovens estavam a caminho de um shopping para jogar boliche. Os cabelos espetados com gel e camiseta de bandas punks chamaram a atenção dos skinheads.
Os “cabeças raspadas” estavam vestidos com coturnos, jaquetas e calças com detalhes militares. Além disso, estavam armados com machadinha e tchaco (instrumento de dois bastões ligados por uma corrente). Ainda segundo a Promotoria, os agressores gritaram “ou pula ou morre” para os jovens. Com medo de serem mortos dentro do vagão, os dois saltaram com o trem em movimento.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Skinheads paulistas se aliam ao deputado Jair Bolsonaro

Dez pessoas foram detidas neste sábado (9/4) na avenida Paulista, em São Paulo, em uma manifestação a favor do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) que tem feito declarações públicas contra homossexuais. Segundo a polícia, eles já respondiam a crimes anteriores por intolerância – estariam envolvidas em casos sob investigação, que incluem protestos violentos com motivações racistas e homofóbicas. Alguns dos detidos traziam a palavra “skinhead” na camiseta. Dois estavam do lado oposto e foram detidos porque estavam sem documentos. Todos foram liberados após serem registrados na delegacia.
O grupo pró-Bolsonaro reuniu cerca de 40 pessoas (algumas mascaradas e de cabeça raspada) no vão livre do MASP. Durante a manifestação, o grupo cantou diversas vezes o hino nacional e repetiu palavras de ordem como “Fora, kit-gay”, “Fora, Battisti” (contra o ex-militante da extrema-esquerda italiano), “Pelo direito de educar nossos filhos” e “Defendendo a família”. Alguns portavam faixas, escritas com erros de português. Os organizadores foram identificados como integrantes da “união nacionalista”, movimento “ultradefesa” e dos “carecas” do ABC.
A mobilização foi realizada via Orkut e atraiu a atenção de um grupo contrário. Cerca de 100 pessoas, entre estudantes, militantes dos direitos dos gays e o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP), surgiram para protestar contra o deputado carioca, que antes de aparecer no programa de TV “CQC”, em 28 de março, era praticamente desconhecido na cidade de São Paulo.
A polícia militar formou fileiras entre os dois grupos para evitar confrontos e acabou checando documentos dos mais exaltados. As pessoas que eram reincidentes foram levadas a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Também foram apreendidas armas, como um bastão e estrelas ninjas.
Já estão na Corregedoria da Câmera quatro das sete representações movidas por deputados e entidades contra o parlamentar, que se manifestou de forma racista e homofóbica na TV Bandeirantes. Durante o programa “CQC”, ele foi perguntado pela cantora Preta Gil o que faria se um de seus filhos se apaixonasse por uma negra e respondeu: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”.
No dia seguinte, o parlamentar disse que se confundiu: achou que a pergunta se referia a gays e não negros. Ao voltar pela segunda vez ao programa “CQC”, em 4 de abril, Bolsonaro aumentou o tom e desceu o nível, chamando homossexuais de bichas.

domingo, 3 de abril de 2011

25 gangues apavoram gays e negros nas ruas de São Paulo

A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) identificou 200 integrantes de 25 gangues auto-denominadas skinheads em São Paulo e traçou o perfil dos grupos, informa reportagem de Laura Capriglione publicada na edição deste domingo da Folha. De acordo com a polícia, os integrantes das quadrilhas têm entre 16 e 28 anos e a maioria pertence às classes C e D. Polícia Civil de São Paulo identifica 200 integrantes de grupos extremistas-Skinheads entre 16 e 28 anos são investigados por "crimes de ódio" que deram origem a 130 inquéritos policiais

LAURA CAPRIGLIONE/FOLHA
DE SÃO PAULO

Eles são jovens, com idades entre 16 e 28 anos.Têm ensino fundamental e médio. Pertencem, em sua maioria, às classes C e D.Usam coturnos com biqueiras de aço ou tênis de cano alto, jeans e camisetas.
São brancos e pardos -negros, não. Cultuam Hitler, suásticas e o número 88.A oitava letra do alfabeto é o H; HH dá "Heil, Hitler", a saudação dos nazistas.Consomem baldes de álcool. As outras drogas têm apenas uso marginal.Ostentam tatuagens enormes em que se leem "Ódio", "Hate", ou "Ame odiar".A propósito, odeiam gays e negros. São de direita.Gostam de bater, bater e bater. E de brigar.O perfil dessa turma, auto-denominada skinheads por influência do movimento surgido na Inglaterra durante os anos 1960, quem traçou foi a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), da Polícia Civil do Estado de São Paulo.No total, a Decradi já identificou 200 membros de 25 gangues com nomes como Combate RAC (Rock Against Communism- rock contra o comunismo, em português) e Front 88 (sempre o 88).
São integrantes desses grupos que aparecem com mais frequência como agressores de negros, gays e em pancadarias entre torcidas organizadas, quando encarnam a faceta "hooligan".Também a exemplo do que ocorre na Europa, skinheads são especialistas em quebra-quebra entre torcedores.
"FAIXA DE GAZA"
A delegada Margarette Correia Barreto, titular da Decradi, é quem lidera o esforço de identificação dessas gangues. Atualmente, na delegacia, há 130 inquéritos envolvendo os "crimes de ódio"- motivados por preconceito contra um grupo social."O alcance e a repercussão desses ataques, entretanto, é muito maior do que em um crime comum. Se um homossexual é atingido, todo o grupo sente-se atingido", exemplifica a delegada do Decradi. "É uma comoção."Pelo levantamento da polícia, o foco dos "crimes de ódio" é a região da avenida Paulista e da rua Augusta, na região central da cidade. Segundo a delegada, ali é "a nossa faixa de Gaza".O motivo é que a área tem a maior concentração de bares frequentados por gays e por skinheads -cada turma no seu reduto, mas todos muito perto uns dos outros. "Eles acabam se encontrando pela rua", diz a delegada.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Ativista de movimento gay diz ter sido agredido por skinheads em SP

Ataque ocorreu em posto de combustível na Rua Augusta.
Vítima quer que caso seja investigado por delegacia especializada.

Marcelo Mora Do G1 SP
Mais um ataque a um gay foi registrado na região da Rua Augusta na madrugada de terça-feira (23). Ativista do movimento LGBT e militante político, o professor e estudante Guilherme Rodrigues, de 23 anos, foi agredido por quatro rapazes em um posto de combustível na esquina da Augusta com a Rua Peixoto Gomide. Dois dos agressores, segundo Rodrigues, pelas características, seriam integrantes do grupo skinheads, conhecido pela intolerância.“Eu vi que eles iriam agredir um casal homossexual e parei para ver o que iria acontecer. Não falei nada e nem tive qualquer reação. Eles me viram e vieram na minha direção. Me deram cabeçadas, me agrediram. Só pararam quando os funcionários do posto interferiram”, relatou o estudante.Segundo ele, os quatro rapazes continuaram o ameaçando mesmo depois que um carro da polícia parou para conter as agressões. Guilherme disse que relatou a uma policial militar o ocorrido e manifestou a sua intenção de fazer um boletim de ocorrência. A reação da policial o surpreendeu. “Ela tentou me dissuadir de fazer o boletim. Ela disse que depois que fôssemos liberados, eu e os quatro que me agrediram, seria cada um por si”, contou.
No 4º DP, na Consolação, região central de São Paulo, a mesma policial, de acordo com Rodrigues, afirmou aos funcionários do plantão que os quatro agressores também iriam registrar um boletim de ocorrência. “Ela disse que eu dei em cima deles e que eles também teriam direito de fazer um boletim. Só mudaram de ideia quando um funcionário do posto testemunhou a meu favor”, disse. Os quatro rapazes foram indiciados por injúria, ameaça e lesão corporal.Rodrigues, no entanto, quer que o caso seja investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. O objetivo é tratar a agressão que sofreu como um caso de delito de intolerância contra homossexuais. Além disso, o movimento LGBT programou um ato para as 14h de segunda-feira (28) em frente ao 4º DP para obter informações do laudo do Instituto Médico Legal (IML) do exame de corpo de delito ao qual se submeteu.Como ativista do movimento gay, Rodrigues vê o medo tomar conta da região da Rua Augusta. “Há um mês participei de um protesto contra a violência que os homossexuais vêm sofrendo na região. E agora eu fui vítima desta mesma violência. Moro ali perto e agora tive de sair da minha casa e ir morar com um amigo. E eu que fui o agredido”, disse.

domingo, 20 de março de 2011

Ex-skinhead neonazista muda de sexo e vira democrata

Monika Strub está jurada de morte por simpatizantes do partido neonazista NPD, da Alemanha. Isso porque, até 2002, ela era Horst Strub, um skinhead - que, como tal, odiava negros e homossexuais - integrante do partido de extrema-direita. Atualmente, além da troca de sexo, Monika concorre a uma vaga no Parlamento de Baden-Württemberg pelo Die Linke, organização socialista de esquerda. A transsexual também trabalha como enfermeira em Stuttgart.
Em entrevista ao site Orange News, Monika afirmou que, apesar de não fugir de seu passado, se enxerga outra pessoa. "Não quero esconder o fato de que eu era um homem e pertencia à cena da extrema-direita. Mas hoje sou uma pessoa diferente e não tenho mais ligações com a NPD", disse.Apesar das ameaças de morte, a candidata afirma que não se arrepende, em momento algum, por sua opção.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Supostos skinheads ferem 4 em ato contra homofobia em SP-Skinheads invadem festa e ferem cinco em São Paulo

Ao menos quatro pessoas ficaram feridas em um ataque promovido por supostos skinheads durante um ato contra a homofobia e o racismo no centro de São Paulo, na tarde deste sábado. De acordo com a Polícia Militar, cinco suspeitos foram detidos com cinco facas, um soco inglês, uma carabina de chumbinho e uma machadinha.
Ainda segundo a polícia, o número de feridos pode ser maior, já que algumas pessoas foram socorridas também por moradores da região. Três manifestantes foram medicados e liberados e um está em observação no Pronto Socorro Vergueiro, informou a corporação.
A PM informou ainda que os suspeitos seriam ouvidos no 1° DP (Liberdade). Segundo a corporação, eles negaram ser skinheads, mas um deles usava uma camiseta com referências ao grupo e uma das facas apreendidas tinha inscrições nazistas. Testemunhas disseram que mais de cinco homens promoveram o ataque, mas alguns teriam conseguido fugir.

Skinheads invadem festa e ferem cinco em São Paulo-Entre as vítimas está um catador de papelão, que tem deficiência física; outros foram internados


Agência Estado        
Cinco homens foram presos no sábado (26/02) depois de invadir uma festa e agredir com facas, tacos de beisebol e soco inglês ao menos quatro jovens que fazem parte do movimento que se denomina Anarco-Punk de São Paulo e um catador de papelão. Os agressores, segundo a polícia, são skinheads. Os anarcopunks repetiam pelo 11.º ano um evento em memória do adestrador Edson Neri, assassinado por skinheads na Praça da República em fevereiro de 2000. No encontro, em um prédio onde movimentos comunitários se encontram, na Rua das Carmelitas, na Sé, cerca de 25 pessoas assistiam às apresentações de bandas punks. O catador de papelão Marcio da Silva de Oliveira, de 25 anos, chegava à festa por volta das 17h30 quando foi agredido por um taco de beisebol na nuca. Caído, levou chutes e socos do grupo de skinheads - havia oito ou dez, segundo testemunhas. Oliveira fugiu e pediu socorro no batalhão do Corpo de Bombeiros. Depois de agredir Oliveira, que é deficiente físico, o grupo entrou no prédio da festa, onde mostrou o que levava dentro de uma capa de violão: facões, punhal, soco inglês, cadeado e espingarda calibre 22. Um dos agredidos, o autônomo Silvio Rodrigues Moreira, de 34 anos, levou um golpe de faca na barriga. Ele não corre risco de vida. Outro, identificado como Isaías Lázaro Lopes, foi esfaqueado na testa e continuava internado no Hospital Vergueiro na noite de ontem.

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