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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Novo show de Gal Costa estreia em São Paulo no dia 24 de maio

O novo show de Gal Costa, "Recanto", já tem data para estrear em São Paulo: dias 24 e 25 de maio no HSBC Brasil.

A informação está na coluna de Mônica Bergamo, publicada na Folha desta quinta.As apresentações de Gal têm direção de Caetano Veloso.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Gal Costa será o destaque da Virada Paulista

A Secretaria de Estado da Cultura anunciou nesta terça-feira os detalhes da próxima Virada Cultural Paulista. Nos dias 19 e 20 de maio, cerca de mil atrações tomarão palcos em 27 cidades do litoral e do interior de São Paulo - e de mais sete da região do ABC paulista. Os shows serão gratuitos.

Apesar de o texto distribuído à imprensa dizer que esta 6ª edição "apresenta grandes nomes da música nacional e internacional", o foco está nas atrações brasileiras. "Nosso interesse agora é priorizar esses shows nacionais", disse a coordenadora geral do evento, Dora Leão. O orçamento total da Virada não aumentou em relação ao do ano passado: R$ 6 milhões.O site da secretaria (www.cultura.sp.gov.br) traz a programação ainda chamada de prévia. De internacionais, apenas o regueiro Ky-Mani Marley, mais um dos filhos de Bob Marley; o percussionista cubano Fernando Ferrer, que toca mais aqui do que em Havana; e o guitarrista e compositor americano Arto Lindsay, outro freguês dos palcos e estúdios brasileiros.A atração de maior destaque será Gal Costa, pela primeira vez em uma Virada Paulista. Ela fará o show de seu recente disco Recanto, dirigido por Caetano Veloso, à meia-noite do dia 19, na Arena da Fonte, em Araraquara, e às 18 horas de domingo em São José do Rio Preto. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

sexta-feira, 30 de março de 2012

Gal estreia turnê "Recanto" em São Paulo em show gratuito

A cantora Gal Costa vai estrear no dia 8 de abril a turnê de seu novo álbum, "Recanto", em São Paulo. O show será gratuito e acontecerá no Parque da Juventude, na zona norte da cidade, às 11h30.

A direção é de Caetano Veloso, responsável também pela concepção do disco, lançado no final do ano passado.Gal, que estreou a turnê no Rio neste mês, percorre todas as fases de sua carreira --desde a tropicalista, com "Baby" (Caetano) e "Divino Maravilhoso" (Caetano/ Gilberto Gil) até a mais popular, nos anos 80, com "Como um Dia de Domingo" (Michael Sullivan/ Paulo Massadas). O repertório é praticamente dominado por canções de Caetano.
No palco, é acompanhada por Domenico Lancellotti (bateria e MPC), Pedro Baby (guitarra e violão) e Bruno Di Lullo (baixo e violão).

sexta-feira, 23 de março de 2012

Gal canta 16 músicas de Caetano e imita Tim Maia em novo show

MARCUS PRETO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A cantora Gal Costa estreou nesta quinta-feira (22), no Rio, a turnê de seu novo álbum, "Recanto". A direção é de Caetano Veloso, responsável também pela concepção do disco, lançado no final do ano passado.

Gal percorreu todas as fases de sua carreira --dos primórdios tropicalistas de "Baby" (Caetano) e "Divino Maravilhoso" (Caetano/ Gilberto Gil) a fase mais popular dos anos 1980, de onde veio "Como um Dia de Domingo" (Michael Sullivan/ Paulo Massadas). Nessa, a cantora imita o vozeirão de Tim Maia, que fez com ela um dueto na gravação original.Das 21 músicas do roteiro, 16 são de autoria de Caetano. A ideia original era fazer um show só com canções que o baiano compôs para ela. Mas acabaram mudando de ideia no meio do percurso, incluindo então clássicos de outros compositores: "Folhetim" (Chico Buarque), "Vapor Barato" (Jards Macalé/ Waly Salomão), "Barato Total" (Gilberto Gil) e "Deus É o Amor" (Jorge Ben Jor).Ainda estava preparado um terceiro bis: "Meu Bem, Meu Mal", também de Caetano. Mas Gal optou por não fazê-la na estreia. Deve entrar definitivamente para o repertório nas próximas apresentações.A estreia de Gal inaugurou a aconchegante Miranda, casa de shows na Lagoa para menos de 300 pessoas. Na plateia estavam artistas de todas as áreas, como os músicos Gilberto Gil, Zélia Duncan, Maria Gadú, Fernanda Abreu, Toni Garrido e Kassin, o cineasta Cacá Diegues e os escritores Antonio Cicero e Francisco Bosco. Além, é claro, do diretor de "Recanto", Caetano Veloso.
Cecilia Acioli/Folhapress
Os artistas Caetano Veloso e Gal Costa
Os cantores Gal Costa e Caetano Veloso
Eis o repertório completo do show "Recanto":
1 "Da Maior Importância" (Caetano Veloso)
2 "Tudo Dói" (Caetano Veloso)
3 "Recanto Escuro" (Caetano Veloso)
4 "Divino Maravilhoso" (Gilberto Gil/ Caetano Veloso)
5 "Folhetim" (Chico Buarque)
6 "Mãe" (Caetano Veloso)
7 "Segunda" (Caetano Veloso)
8 "Minha Voz, Minha Vida" (Caetano Veloso)
9 "Barato Total" (Gilberto Gil)
10 "Autotune Autoerótico" (Caetano Veloso)
11 "Cara do Mundo" (Caetano Veloso)
12 "Deus É o Amor" (Jorge Ben Jor)
13 "Dom de Iludir" (Caetano Veloso)
14 "Neguinho" (Caetano Veloso)
15 "O Amor" (Caetano Veloso/ Ney Costa Santos/ Vladimir Maiakovski)
16 "Baby" (Caetano Veloso)
17 "Vapor Barato" (Jards Macalé/ Waly Salomão)
18 "Um Dia de Domingo" (Michael Sullivan/ Paulo Massadas)
19 "Miami Maculelê" (Caetano Veloso)
20 "Mansidão" (Caetano Veloso)
21 "Força Estranha" (Caetano Veloso)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Caetano Veloso e Gal Costa participam do "Programa do Jô"

Nesta terça-feira, dia 29, a gravação do 'Programa do Jô' começou com Caetano Veloso e Gal Costa cantando a música "Neguinho", do novo CD "Recanto", resultado da parceria dos músicos em que Gal interpreta canções compostas por Caetano. Ao longo de todo o programa, eles falaram do novo projeto, contaram histórias e cantaram trechos de diversas músicas. A entrevista está prevista para ir ao ar na próxima segunda-feira, dia 5 de dezembro.

Durante a conversa com Jô, Caetano contou que conheceu Gal por meio de uma vizinha e amiga chamada Dedé. "Tenho certeza que conheci Dedé para conhecer Gal", disse com humor. Bem à vontade no sofá do programa, o cantor e compositor falou do novo trabalho: "Sempre sonhei em fazer um CD apenas com a voz de Gal, com canções feitas especialmente para ela e uma batida eletrônica. Esse disco foi o caminho certo a ser trilhado".Já Gal lembrou como foi o convite de seu amigo para entrar no projeto. "Eu estava fazendo um show em Lisboa quando nos encontramos e ele me disse o que estava pesando em realizar. É claro que eu aceitei. É uma honra fazer parte de um projeto como esse", comentou.
Caetano confessou ainda já ter escrito muitas músicas que já esqueceu e Gal defendeu o amigo quando o apresentador brincou que ele é ranzinza. "Socialmente ele não é ranzinza. Não sei na intimidade, todos os dias. Mas ele sempre foi uma pessoa calma", disse Gal. Emocionado com a presença do músicos, Jô Soares abriu mais um bloco para eles finalizarem o programa com a canção "Pra Machucar Meu Coração". Durante a gravação, Caetano e Gal também interpretaram trechos das melodias: "Meu bem, Meu Mal"; "Baby"; "Recanto Escuro"; "Luz do Sol" e "Tudo Dói".

TVMagazine

Caetano Veloso introduz Gal Costa na eletrônica e na estética agressiva em "Recanto"; saiba como é o novo disco da cantora

MARIANA TRAMONTINA
Editora-assistente de Entretenimento
  • A cantora Gal Costa e o músico Caetano Veloso durante coletiva de imprensa do lançamento do novo CD de Gal, no Hotel Emiliano, em São Paulo (30/11/11) A cantora Gal Costa e o músico Caetano Veloso durante coletiva de imprensa do lançamento do novo CD de Gal, no Hotel Emiliano, em São Paulo
O novo disco de Gal Costa. Ou o novo disco de Caetano Veloso. O rosto estampado na capa, o nome e a voz são dela. As composições, a produção, as ideias e a concepção são todas dele. "Recanto", que chega às lojas no dia 6 de dezembro, é o resultado de mais uma parceria inusitada: não pela colaboração em si, que já data de décadas, mas pela aposta em inserir batidas eletrônicas e experimentações sonoras na discografia de uma das vozes mais emblemáticas da música popular brasileira.  O histórico de Gal e de Caetano encontram amparo na coragem e na vontade de inovar constantemente, como fez em "Gal" (1969) ou no show "O Sorriso do Gato de Alice" (1994), e "Recanto", para ela, é mais uma guinada em sua carreira. "É um disco ousado, arrojado, que tem a ver com tudo o que ele [Caetano] é e eu também, tem a ver com a nossa vida", resume Gal. Mas, ela diz, o experimentalismo da vez não deveria assustar os mais conservadores. "Se meu público está preparado para receber este trabalho? Acho que está. Tem que estar, né?", ela diz incisiva durante conversa nesta quarta-feira (30) com um grupo de jornalistas em um hotel de São Paulo. 
 
  • Divulgação Capa do disco "Recanto", de Gal Costa (2011)
A cabeça pensante por trás de todo o trabalho, no entanto, preferiu aparecer apenas nos créditos. "Está lá no encarte: 'todas as canções compostas por Caetano Veloso'", ele lembra. "Não era o caso de 'Domingo' (1967), que eu dividia os vocais com ela. Então isso basta, porque é um disco da cantora. A cara e a voz são dela", resume Caetano, citando como referência "IRM" (2009), disco que o cantor Beck compôs e produziu para a francesa Charlotte Gainsbourg.
 
"Recanto" foi composto quase inteiramente para caber à voz de Gal Costa. Em um processo longo e vagaroso, que começou no ano passado, Caetano criou nove das 11 faixas do disco especialmente para este registro --"Madre Deus" e "Mansidão" já ganharam registros de outras vozes anteriormente. O álbum foi desenvolvido quase todo via fibra ótica: pela internet, Gal recebia em Salvador as bases que o produtor Kassin a enviava do Rio de Janeiro para cantar. "As primeiras bases eram muito cruas, sem nenhum elemento. Era sempre o clique para marcar o andamento, mas nada confortáveis", lembra Gal, que ainda não conhece Kassin pessoalmente, e que também trabalhou com o afilhado Moreno Veloso e outros músicos convidados.  
 
Apesar de elementos eletrônicos, "Recanto" não tem efeito dançante. As batidas são lentas, algumas delas aproximando-se do trip-hop. O álbum carrega uma carga de agressividade, estética e temática, que são contrastadas pela tonalidade doce que Gal adiciona às faixas. "Eu queria que as canções não fossem recatadas, não evitassem ideias dificeis nem palavras pesadas ou sons desagradáveis. Porque eu sabia que o 'cool' da voz da Gal poderia conviver com segurança e autoridade em meio a tudo isso", conta Caetano. 
Eu queria que as canções não fossem recatadas, não evitassem ideias dificeis nem palavras pesadas ou sons desagradáveis. Porque eu sabia que o 'cool' da voz da Gal poderia conviver com segurança e autoridade em meio a tudo isso
Caetano Veloso
Faixa-a-faixa
A faixa de abertura, "Recanto Escuro", é uma espécie de biografia cifrada de Gal. Entre batidas secas de programação --que parecem, de propósito, estouradas na caixa de som-- ela desliza a voz por uma letra tristonha: "cool jazz me faz feliz e só, não tenho jeito, o álcool só me faz chorar". A abstrata "Cara do Mundo", na sequência, traz uma melodia torta de blues, que segue a linha de programação eletrônica, sem guitarras ou baixo, apenas com uma bateria marcando o tempo e a voz de Gal em primeiro plano.  
A balada anticonvencional "Autotune Autoerótica", como sugere o título, faz uso de uma ferramenta tecnológica muito presente na música pop atual: o autotune, que modifica e distorce a voz do cantor. Aqui, Gal abusa de agudos: "Americana global, minha voz na panela lá, uma lembrança secreta de plena certeza". 
A quarta música do disco, a sombria "Tudo Dói", aborda a vida como barra pesada. "Viver é um desastre que sucede a alguns, nada temos sobre os não nenhuns", ela canta. É a faixa preferida de Gal e de Caetano no disco. "Ela sintetiza de uma forma totalmente diferente o disco e a bossa nova. Ela tem a estranheza, a irreverência, a beleza, a sonoridade... não sei explicar, tudo nela tem um componente 'joãogilbertiano', que para mim é uma coisa maravilhosa", disse Gal em entrevista.
O primeiro single do álbum, "Neguinho", é como um remix com melodia falada. "O Menino", sexta canção do disco, trabalha com banda. Aqui Gal canta acompanhada de bateria, guitarra e baixo, com poucas interferências eletrônicas."Madre Deus" e "Mansidão", as duas músicas seguintes, foram feitas por Caetano em outras ocasiões. Aqui, a primeira ganhou roupagem etérea com a voz de Gal sob barulhinhos e poucos elementos sonoros. A segunda, um contraste com "Tudo Dói", ainda traz resquícios dos barulhinhos anteriores, mas aqui ao som do piano de Daniel Jobim e do cello de Jaques Morelenbaum."Sexo e Dinheiro" brinca com jogo de palavras, sem dizer muito. Um dos destaques do disco é "Miami Maculelê", uma referência ao funk carioca com a voz de Gal imbuída no autotune, sons de video-game e versos de Caetano em forma de rap. Quem fecha o álbum é "Segunda", uma canção rural acompanhada de cordas, e a única sem qualquer elemento eletrônico. 
Gal se diz orgulhosa do resultado. "Caetano tem capacidade de fazer coisas tão redondas para mim, para o meu canto, que é um prazer indescritível. Caetano gosta muito do ser 'cool'. Porque eu sou cool, né? E ele gosta muito disso", ela diz, séria. E com seu rosto estampado na capa do disco, Gal é incisiva: "Este disco é a minha cara".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Gal Gosta é mera vocalista de seu novo CD, composto por Caetano

MARCUS PRETO/FOLHA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Gal Costa é a voz, mas é Caetano que canta.

Há seis anos longe dos estúdios e das canções inéditas, a cantora lança agora o experimental "Recanto", trabalho concebido, composto e dirigido por Caetano Veloso.
Ele escreveu nove músicas especialmente para o projeto. Outras duas, "Madre Deus" e "Mansidão", também dele, já foram gravadas antes, mas são obscuras.
"Recanto", portanto, não quis facilidades. Ele é fruto do mesmo desejo de ruptura estética --musical e poética-- que guiou Caetano na criação de "Cê" (2006) e "Zii e Zie" (2009), discos em que é amparado por um trio de rock.

Daryan Dornelles/Folhapress
Gal Costa e Caetano Veloso no Rio
Gal Costa e Caetano Veloso no Rio

"Diferentemente de 'Cê', senti a necessidade de experimentar com música eletrônica. E as ideias que vinham me pareciam mais bonitas na voz pura de Gal", explica ele.
"A interpretação dela tem mais a ver com emissão [técnica] do que com intenção. E isso é crucial para os sonhos de uma música composta com sons eletrônicos."
Há arranjos em que a voz de Gal desliza sobre bases radicalmente eletrônicas. A de "Neguinho", criada por Zeca Veloso, filho de Caetano, poderia facilmente estar em um trabalho de Lady Gaga.
Isso tudo é o oposto do que Gal vinha fazendo nos últimos 15 anos, pelo menos. Em seus trabalhos recentes, era acompanhada por orquestras, recitais de violão, relia clássicos de Tom Jobim e de outros standards da MPB. Caetano --que também vai assinar a direção do show, previsto para março, no Rio-- chama "Recanto" de "meu trabalho composicional de agora". Diz que "quis fazê-lo com o som da voz dela". Em consonância com ele, Gal diz que "não teve contato nenhum com a feitura do disco. Caetano fez tudo". E como é, para Gal, ter seu nome estampando a capa de um álbum em que as ideias não são suas? Como é ser "apenas" a vocalista de seu próprio CD?
"Eu mesma disse para ele: 'Caetano, esse disco é seu'", assume. "Mas sempre foi assim. Em todos os meus discos para os quais ele compôs, eu não pedia temas. Ele fez o que quis. Gosto de ser carregada."
Sempre foi assim. Desde os tempos tropicalistas, e mesmo antes deles, Gal Costa esteve vinculada a pessoas que lhe deram os empurrões de que ela precisava para ir além de sua escola inicial: a do canto puro de João Gilberto. Caetano e Gil foram exemplares disso nos anos 1960. O poeta Waly Salomão fez o mesmo em "Fa-Tal", o emblemático show de 1971, e de novo em "Plural", de 1990. O empresário Guilherme Araújo (1937-2007) a alçou a sucesso comercial no final dos 70. "Minha voz está a serviço dos meus amigos, das boas canções, das coisas com que estou conectada. Sempre esteve", diz. "Quando eles [Caetano e Gil] ficaram exilados [no final dos 1960], eu fiquei aqui cantando suas canções. Pouca gente tem essa capacidade de expressar a palavra musicada através da voz. Essa é a minha função." Gal fala do assunto com serenidade. Parece acostumada à cobrança por constante renovação, por ter de novo a "atitude" que um dia teve. Vê conexões claras entre essa sua característica e os versos de "Recanto Escuro", canção do novo álbum: "Não salto, mas sou carregada/ Por asas que a gente não tem".
"Caetano decifrou isso muito bem nessa canção", diz. E ele rebate: "Mas não foi isso o que eu quis dizer. Foi justamente o contrário. Você, quando canta, parece que é carregada por asas que a gente não tem, que mais ninguém no mundo tem". A maior parte das letras, conforme planejado pelo compositor, são mesmo bem herméticas, enigmáticas. "Cara do Mundo" chega ao máximo da complexidade. "Cara do mundo/ Cara de peixe-boi/ Cara de tudo/ Cara do que já foi/ Pássaro azul/ Deserto-jardim/ Presunto."
É possível cantar uma música com propriedade sem entender o que ela quer dizer?
"São imagens", ela rebate. "Você vai cantando e vendo as imagens, sem muita complicação. É som. É simples."

RIO-BAHIA
A criação de "Recanto" exigiu uma equipe no Rio e outra em Salvador. Filho de Caetano, Moreno dirigiu Gal na Bahia. Seu pai guiou o time de músicos cariocas: Kassin, Pedro Sá, Donatinho, Davi Morais, Bartolo, Léo Monteiro e outros nomes da nova geração. Os arranjos e as bases instrumentais foram feitos no Rio. Gal nem sequer teve contato com os músicos (chegou a confundir o repórter da Folha com Kassin, o arranjador da maior parte das faixas do disco, que ainda não conhece pessoalmente). Recebia tudo pronto em Salvador e só colocava a voz por cima.
Lembra-se, rindo, de quando recebeu as primeiras versões das bases instrumentais. "Era um tum tum tum, um booooo, um pfuuuuu", imita com a voz sons toscos de videogame. "Perguntava: 'Moreno, mas o que é isso?'. E ele: 'Calma que ainda vai piorar'. O jeito foi abstrair do arranjo e cantar em cima do clique [espécie de tic tac que marca o andamento da música]."
Caetano promete --e Gal concorda-- que o show vai ter a mesma sonoridade. Poucos músicos e muitas programações eletrônicas.Gal não poderia imaginar que daria tamanho salto.

O jornalista MARCUS PRETO viajou a convite da gravadora Universal.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Gal Costa: "Nunca fui chegada a droga"

Cantora posou para a capa da "Rolling Stone" ao lado de Caetano Veloso
QUEM Online; Fotos: Divulgação
 Divulgação

Gal Costa e Caetano Veloso estão na capa da "Rolling Stone" de julho para celebrar uma parceria de mais de quatro décadas. Em entrevista para a publicação, o cantor fala sobre o disco que está produzindo para a amiga, com previsão de lançamento para setembro.
"Gal tem uma qualidade de emissão vocal muito especial e um papel histórico muito importante, e as duas coisas estavam relativamente subvalorizadas nos últimos tempos”, afirmou Caetano.
Já a cantora falou sobre o Tropicalismo e a pressão que sentiu ao fazer música no Brasil enquanto cantores como Caetano e Gilberto Gil estavam exilados. “Eles foram exilados e eu fiquei aqui defendendo as canções que compunham em Londres”, relembra Gal.“Nunca fui chegada a droga, aquilo não era porque eu estava doidona. Era uma forma de reclamar, de ir contra aquele momento difícil, aquele regime da ditadura, os amigos desaparecidos”, completou.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cantora Gal Costa é criticada no Twitter após falar mal de baianos

A cantora baiana Gal Costa foi alvo de críticas nesta quarta-feira no Twitter, após falar mal da preguiça de seus conterrâneos no microblog.
"Como na Bahia as pessoas são preguiçosas! Técnico do ar-condicionado não pode terminar o trabalho por que está com dor de cabeça. Essa é a Bahia!", escreveu a cantora no Twitter.
Após receber críticas de um seguidor, Gal Costa reagiu: "Não é racismo, meu filho, é realidade!"
Em seguida, a cantora se despediu dos fãs no microblog e encerrou o assunto.
"Gente, chega! Acabou o assunto da preguiça. Não se pode falar nada aqui que tudo vira polemica. Sou baiana e falo por que posso. Vou sair. Tchau."

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