Mostrando postagens com marcador caetano veloso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador caetano veloso. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Caetano Veloso e Gal Costa participam do "Programa do Jô"

Nesta terça-feira, dia 29, a gravação do 'Programa do Jô' começou com Caetano Veloso e Gal Costa cantando a música "Neguinho", do novo CD "Recanto", resultado da parceria dos músicos em que Gal interpreta canções compostas por Caetano. Ao longo de todo o programa, eles falaram do novo projeto, contaram histórias e cantaram trechos de diversas músicas. A entrevista está prevista para ir ao ar na próxima segunda-feira, dia 5 de dezembro.

Durante a conversa com Jô, Caetano contou que conheceu Gal por meio de uma vizinha e amiga chamada Dedé. "Tenho certeza que conheci Dedé para conhecer Gal", disse com humor. Bem à vontade no sofá do programa, o cantor e compositor falou do novo trabalho: "Sempre sonhei em fazer um CD apenas com a voz de Gal, com canções feitas especialmente para ela e uma batida eletrônica. Esse disco foi o caminho certo a ser trilhado".Já Gal lembrou como foi o convite de seu amigo para entrar no projeto. "Eu estava fazendo um show em Lisboa quando nos encontramos e ele me disse o que estava pesando em realizar. É claro que eu aceitei. É uma honra fazer parte de um projeto como esse", comentou.
Caetano confessou ainda já ter escrito muitas músicas que já esqueceu e Gal defendeu o amigo quando o apresentador brincou que ele é ranzinza. "Socialmente ele não é ranzinza. Não sei na intimidade, todos os dias. Mas ele sempre foi uma pessoa calma", disse Gal. Emocionado com a presença do músicos, Jô Soares abriu mais um bloco para eles finalizarem o programa com a canção "Pra Machucar Meu Coração". Durante a gravação, Caetano e Gal também interpretaram trechos das melodias: "Meu bem, Meu Mal"; "Baby"; "Recanto Escuro"; "Luz do Sol" e "Tudo Dói".

TVMagazine

Caetano Veloso introduz Gal Costa na eletrônica e na estética agressiva em "Recanto"; saiba como é o novo disco da cantora

MARIANA TRAMONTINA
Editora-assistente de Entretenimento
  • A cantora Gal Costa e o músico Caetano Veloso durante coletiva de imprensa do lançamento do novo CD de Gal, no Hotel Emiliano, em São Paulo (30/11/11) A cantora Gal Costa e o músico Caetano Veloso durante coletiva de imprensa do lançamento do novo CD de Gal, no Hotel Emiliano, em São Paulo
O novo disco de Gal Costa. Ou o novo disco de Caetano Veloso. O rosto estampado na capa, o nome e a voz são dela. As composições, a produção, as ideias e a concepção são todas dele. "Recanto", que chega às lojas no dia 6 de dezembro, é o resultado de mais uma parceria inusitada: não pela colaboração em si, que já data de décadas, mas pela aposta em inserir batidas eletrônicas e experimentações sonoras na discografia de uma das vozes mais emblemáticas da música popular brasileira.  O histórico de Gal e de Caetano encontram amparo na coragem e na vontade de inovar constantemente, como fez em "Gal" (1969) ou no show "O Sorriso do Gato de Alice" (1994), e "Recanto", para ela, é mais uma guinada em sua carreira. "É um disco ousado, arrojado, que tem a ver com tudo o que ele [Caetano] é e eu também, tem a ver com a nossa vida", resume Gal. Mas, ela diz, o experimentalismo da vez não deveria assustar os mais conservadores. "Se meu público está preparado para receber este trabalho? Acho que está. Tem que estar, né?", ela diz incisiva durante conversa nesta quarta-feira (30) com um grupo de jornalistas em um hotel de São Paulo. 
 
  • Divulgação Capa do disco "Recanto", de Gal Costa (2011)
A cabeça pensante por trás de todo o trabalho, no entanto, preferiu aparecer apenas nos créditos. "Está lá no encarte: 'todas as canções compostas por Caetano Veloso'", ele lembra. "Não era o caso de 'Domingo' (1967), que eu dividia os vocais com ela. Então isso basta, porque é um disco da cantora. A cara e a voz são dela", resume Caetano, citando como referência "IRM" (2009), disco que o cantor Beck compôs e produziu para a francesa Charlotte Gainsbourg.
 
"Recanto" foi composto quase inteiramente para caber à voz de Gal Costa. Em um processo longo e vagaroso, que começou no ano passado, Caetano criou nove das 11 faixas do disco especialmente para este registro --"Madre Deus" e "Mansidão" já ganharam registros de outras vozes anteriormente. O álbum foi desenvolvido quase todo via fibra ótica: pela internet, Gal recebia em Salvador as bases que o produtor Kassin a enviava do Rio de Janeiro para cantar. "As primeiras bases eram muito cruas, sem nenhum elemento. Era sempre o clique para marcar o andamento, mas nada confortáveis", lembra Gal, que ainda não conhece Kassin pessoalmente, e que também trabalhou com o afilhado Moreno Veloso e outros músicos convidados.  
 
Apesar de elementos eletrônicos, "Recanto" não tem efeito dançante. As batidas são lentas, algumas delas aproximando-se do trip-hop. O álbum carrega uma carga de agressividade, estética e temática, que são contrastadas pela tonalidade doce que Gal adiciona às faixas. "Eu queria que as canções não fossem recatadas, não evitassem ideias dificeis nem palavras pesadas ou sons desagradáveis. Porque eu sabia que o 'cool' da voz da Gal poderia conviver com segurança e autoridade em meio a tudo isso", conta Caetano. 
Eu queria que as canções não fossem recatadas, não evitassem ideias dificeis nem palavras pesadas ou sons desagradáveis. Porque eu sabia que o 'cool' da voz da Gal poderia conviver com segurança e autoridade em meio a tudo isso
Caetano Veloso
Faixa-a-faixa
A faixa de abertura, "Recanto Escuro", é uma espécie de biografia cifrada de Gal. Entre batidas secas de programação --que parecem, de propósito, estouradas na caixa de som-- ela desliza a voz por uma letra tristonha: "cool jazz me faz feliz e só, não tenho jeito, o álcool só me faz chorar". A abstrata "Cara do Mundo", na sequência, traz uma melodia torta de blues, que segue a linha de programação eletrônica, sem guitarras ou baixo, apenas com uma bateria marcando o tempo e a voz de Gal em primeiro plano.  
A balada anticonvencional "Autotune Autoerótica", como sugere o título, faz uso de uma ferramenta tecnológica muito presente na música pop atual: o autotune, que modifica e distorce a voz do cantor. Aqui, Gal abusa de agudos: "Americana global, minha voz na panela lá, uma lembrança secreta de plena certeza". 
A quarta música do disco, a sombria "Tudo Dói", aborda a vida como barra pesada. "Viver é um desastre que sucede a alguns, nada temos sobre os não nenhuns", ela canta. É a faixa preferida de Gal e de Caetano no disco. "Ela sintetiza de uma forma totalmente diferente o disco e a bossa nova. Ela tem a estranheza, a irreverência, a beleza, a sonoridade... não sei explicar, tudo nela tem um componente 'joãogilbertiano', que para mim é uma coisa maravilhosa", disse Gal em entrevista.
O primeiro single do álbum, "Neguinho", é como um remix com melodia falada. "O Menino", sexta canção do disco, trabalha com banda. Aqui Gal canta acompanhada de bateria, guitarra e baixo, com poucas interferências eletrônicas."Madre Deus" e "Mansidão", as duas músicas seguintes, foram feitas por Caetano em outras ocasiões. Aqui, a primeira ganhou roupagem etérea com a voz de Gal sob barulhinhos e poucos elementos sonoros. A segunda, um contraste com "Tudo Dói", ainda traz resquícios dos barulhinhos anteriores, mas aqui ao som do piano de Daniel Jobim e do cello de Jaques Morelenbaum."Sexo e Dinheiro" brinca com jogo de palavras, sem dizer muito. Um dos destaques do disco é "Miami Maculelê", uma referência ao funk carioca com a voz de Gal imbuída no autotune, sons de video-game e versos de Caetano em forma de rap. Quem fecha o álbum é "Segunda", uma canção rural acompanhada de cordas, e a única sem qualquer elemento eletrônico. 
Gal se diz orgulhosa do resultado. "Caetano tem capacidade de fazer coisas tão redondas para mim, para o meu canto, que é um prazer indescritível. Caetano gosta muito do ser 'cool'. Porque eu sou cool, né? E ele gosta muito disso", ela diz, séria. E com seu rosto estampado na capa do disco, Gal é incisiva: "Este disco é a minha cara".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Gal Gosta é mera vocalista de seu novo CD, composto por Caetano

MARCUS PRETO/FOLHA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Gal Costa é a voz, mas é Caetano que canta.

Há seis anos longe dos estúdios e das canções inéditas, a cantora lança agora o experimental "Recanto", trabalho concebido, composto e dirigido por Caetano Veloso.
Ele escreveu nove músicas especialmente para o projeto. Outras duas, "Madre Deus" e "Mansidão", também dele, já foram gravadas antes, mas são obscuras.
"Recanto", portanto, não quis facilidades. Ele é fruto do mesmo desejo de ruptura estética --musical e poética-- que guiou Caetano na criação de "Cê" (2006) e "Zii e Zie" (2009), discos em que é amparado por um trio de rock.

Daryan Dornelles/Folhapress
Gal Costa e Caetano Veloso no Rio
Gal Costa e Caetano Veloso no Rio

"Diferentemente de 'Cê', senti a necessidade de experimentar com música eletrônica. E as ideias que vinham me pareciam mais bonitas na voz pura de Gal", explica ele.
"A interpretação dela tem mais a ver com emissão [técnica] do que com intenção. E isso é crucial para os sonhos de uma música composta com sons eletrônicos."
Há arranjos em que a voz de Gal desliza sobre bases radicalmente eletrônicas. A de "Neguinho", criada por Zeca Veloso, filho de Caetano, poderia facilmente estar em um trabalho de Lady Gaga.
Isso tudo é o oposto do que Gal vinha fazendo nos últimos 15 anos, pelo menos. Em seus trabalhos recentes, era acompanhada por orquestras, recitais de violão, relia clássicos de Tom Jobim e de outros standards da MPB. Caetano --que também vai assinar a direção do show, previsto para março, no Rio-- chama "Recanto" de "meu trabalho composicional de agora". Diz que "quis fazê-lo com o som da voz dela". Em consonância com ele, Gal diz que "não teve contato nenhum com a feitura do disco. Caetano fez tudo". E como é, para Gal, ter seu nome estampando a capa de um álbum em que as ideias não são suas? Como é ser "apenas" a vocalista de seu próprio CD?
"Eu mesma disse para ele: 'Caetano, esse disco é seu'", assume. "Mas sempre foi assim. Em todos os meus discos para os quais ele compôs, eu não pedia temas. Ele fez o que quis. Gosto de ser carregada."
Sempre foi assim. Desde os tempos tropicalistas, e mesmo antes deles, Gal Costa esteve vinculada a pessoas que lhe deram os empurrões de que ela precisava para ir além de sua escola inicial: a do canto puro de João Gilberto. Caetano e Gil foram exemplares disso nos anos 1960. O poeta Waly Salomão fez o mesmo em "Fa-Tal", o emblemático show de 1971, e de novo em "Plural", de 1990. O empresário Guilherme Araújo (1937-2007) a alçou a sucesso comercial no final dos 70. "Minha voz está a serviço dos meus amigos, das boas canções, das coisas com que estou conectada. Sempre esteve", diz. "Quando eles [Caetano e Gil] ficaram exilados [no final dos 1960], eu fiquei aqui cantando suas canções. Pouca gente tem essa capacidade de expressar a palavra musicada através da voz. Essa é a minha função." Gal fala do assunto com serenidade. Parece acostumada à cobrança por constante renovação, por ter de novo a "atitude" que um dia teve. Vê conexões claras entre essa sua característica e os versos de "Recanto Escuro", canção do novo álbum: "Não salto, mas sou carregada/ Por asas que a gente não tem".
"Caetano decifrou isso muito bem nessa canção", diz. E ele rebate: "Mas não foi isso o que eu quis dizer. Foi justamente o contrário. Você, quando canta, parece que é carregada por asas que a gente não tem, que mais ninguém no mundo tem". A maior parte das letras, conforme planejado pelo compositor, são mesmo bem herméticas, enigmáticas. "Cara do Mundo" chega ao máximo da complexidade. "Cara do mundo/ Cara de peixe-boi/ Cara de tudo/ Cara do que já foi/ Pássaro azul/ Deserto-jardim/ Presunto."
É possível cantar uma música com propriedade sem entender o que ela quer dizer?
"São imagens", ela rebate. "Você vai cantando e vendo as imagens, sem muita complicação. É som. É simples."

RIO-BAHIA
A criação de "Recanto" exigiu uma equipe no Rio e outra em Salvador. Filho de Caetano, Moreno dirigiu Gal na Bahia. Seu pai guiou o time de músicos cariocas: Kassin, Pedro Sá, Donatinho, Davi Morais, Bartolo, Léo Monteiro e outros nomes da nova geração. Os arranjos e as bases instrumentais foram feitos no Rio. Gal nem sequer teve contato com os músicos (chegou a confundir o repórter da Folha com Kassin, o arranjador da maior parte das faixas do disco, que ainda não conhece pessoalmente). Recebia tudo pronto em Salvador e só colocava a voz por cima.
Lembra-se, rindo, de quando recebeu as primeiras versões das bases instrumentais. "Era um tum tum tum, um booooo, um pfuuuuu", imita com a voz sons toscos de videogame. "Perguntava: 'Moreno, mas o que é isso?'. E ele: 'Calma que ainda vai piorar'. O jeito foi abstrair do arranjo e cantar em cima do clique [espécie de tic tac que marca o andamento da música]."
Caetano promete --e Gal concorda-- que o show vai ter a mesma sonoridade. Poucos músicos e muitas programações eletrônicas.Gal não poderia imaginar que daria tamanho salto.

O jornalista MARCUS PRETO viajou a convite da gravadora Universal.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Família de Caetano Veloso se despede de Nicinha em enterro em Santo Amaro (BA)

Corpo da irmã mais velha dos 'Veloso' foi enterrado no Canto da Caridade.
Caetano e Maria Bethânia acompanharam Dona Canô na despedida.

Do G1 BA
 
Nicinha, irmã de Caetano Veloso (Foto: Edvaldo Nascimento/ Arquivo Pessoal)'A vida tem uma dívida com a música perdida', diz
trecho de música feita por Caetano para Nicinha (Foto: Edvaldo Nascimento/ Arquivo Pessoal)
O corpo de Nicinha, apelido da irmã mais velha da família Veloso, foi enterrado por volta das 11h desta quarta-feira (27), no Cemitério Canto da Caridade, na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano.
Estiveram presentes na cerimônia de despedida todos os irmãos da família Veloso, entre eles, Caetano e Maria Bethânia. Dona Canô, que tem 104 anos, compareceu à missa que antecedeu o sepultamento, mas não foi ao enterro por recomendação dos familiares.Eunice Veloso, mais conhecida como Nicinha, estava internada desde setembro na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Português, em Salvador, onde morreu por insuficiência respiratória na tarde de quarta-feira (26). Ela completou 83 anos no último dia 9 deste mês.Nicinha foi adotada por Dona Canô, matriarca dos Veloso, aos três anos de idade. Ela era irmã biológica de dona Edith do Prato, famosa sambadeira santoamarense que usava prato e faca como instrumentos e que morreu aos 94 anos, em 2009.O velório de Nicinha foi realizado no Memorial Edith do Prato desde as 17h de quarta-feira. O corpo foi levado para a Igreja de Nossa Senhora da Purificação por volta das 8h desta quinta-feira. Na igreja foi celebrada uma missa e realizada a homenagem do Coral Miguel Lima à Nicinha, que integrou o grupo musical durante toda a vida. Além de cantar, ela tocava piano.
Música
Em 1975, Caetano Veloso apresentou ao público a música 'Nicinha', faixa do álbum 'Qualquer coisa'. Na canção, Caetano se refere à Nicinha como inspiração musical e talento esquecido da música brasileira.
Confira a letra:
Se algum dia eu conseguir cantar bonito
Muito terá sido por causa de você, Nicinha
A vida tem uma dívida com a música perdida
No silêncio dos seus dedos
E no canto dos meus medos
No entanto você é a alegria da vida.

sábado, 6 de agosto de 2011

Após Photoshop, empresária de Caetano vai exigir aprovação de imagens

Caetano Veloso se irritou com o resultado de sua foto na capa da revista "Rolling Stone" de julho. Ele aparece ao lado da também cantora Gal Costa.
O problema foi a manipulação da imagem, que limpou as rugas do cantor. Prestes a completar 69 anos, ele afirma nunca ter feito cirurgia plástica. Segundo o F5 apurou, depois do episódio, a sua empresária e ex-mulher, Paula Lavigne, vai exigir das publicações a aprovação das fotos. Ela teria dito que o resultado deixou Caetano com cara de um "político babaca".
O músico repetiu o discurso em entrevista nesta semana ao "Programa do Jô", da Globo. "Odeio Photoshop. Parece coisa de político. Não gosto nem de pó de arroz ", afirmou.
Reprodução

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Arnaldo Antunes grava programa com Caetano Veloso e Nina Becker

Para gravar o programa musical aberto ao público "Grêmio Recreativo", da MTV, Arnaldo Antunes sempre reúne gente de grande peso artístico no cenário nacional.
Desta vez, o show será filmado na próxima quarta-feira (29), no Bourbon Street (zona sul de São Paulo), com a presença dos seguintes: Caetano Veloso, Pedro Sá, Jonas Sá, Léo Cavalcanti, Péricles Cavalcanti, Nina Becker, Fernando Salém, Marcelo Callado, Ricardo Dias Gomes, Augusto de Campos e Cid de Campos. Para participar, envie um e-mail com nome completo, RG, idade e telefone fixo (ou celular) para casting@mtvbrasil.com.br --e aguarde o resultado da seleção. No assunto, coloque "Grêmio MTV - 29/06".
Rafael Passos/Divulgação
O músico Arnaldo Antunes gravará programa com Caetano Veloso e Nina Becker, entre outros, no dia 29
Músico Arnaldo Antunes (foto) gravará programa com Caetano Veloso e Nina Becker, entre outros, na quarta

Bourbon Street Music Club - r. dos Chanés, 127, Indianópolis, zona sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/5095-6100.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Multisahow HD apresenta Caetano e Maria Gadú

Encontro de gerações exalta a obra dos artistas
"Seu corpo combina com meu jeito, nós dois fomos feitos muito pra nós dois". O trecho de Nosso Estranho Amor, composta por Caetano Veloso, serve para ilustrar perfeitamente o encontro entre ele e Maria Gadú. Duas vozes de arrepiar, composições que fazem sucesso por todos os cantos e uma parceria do que há de melhor em gerações distintas. No palco, sentados em banquinhos e com seus violões a tiracolo, ambos parecem que nasceram musicalmente um para o outro. A doçura da voz dela cabe perfeitamente nas composições dele, e os arranjos dele combinam por demais com as músicas feitas por ela. É essa mistura – registrada em dezembro do ano passado no Citibank Hall, no Rio de Janeiro – que poderá ser ouvida e assistida no CD, DVD e especial de TV "Multishow ao Vivo Caetano e Maria Gadú". O Multishow exibe com exclusividade o especial no dia 22 de maio, às 23h. Logo em seguida, a partir do dia 23, o CD e DVD já estarão disponíveis nas lojas. "Essa história começou quando o pessoal da Globosat nos convidou para celebrar a inauguração das novas instalações. O encontro foi casual e rapidamente apareceram canções para tocarmos juntos", relembra Caetano da apresentação que fez no início de 2010 na nova sede da programadora no Rio de Janeiro. Já no primeiro encontro, os dois se mostraram tão confortáveis que o caminho natural foi estender a parceria. Fizeram uma breve turnê por Salvador, Bauru, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife emocionando milhares de pessoas por onde passaram antes do grand finale com a gravação do projeto. Os artistas planejam uma volta à estrada em breve.O repertório foi cuidadosamente escolhido e tem canções que marcaram a carreira dos dois artistas, assim como a vida de muita gente. Beleza Pura, Dona Cila, Shimbalaiê, Nosso Estranho Amor, Bela Flor, O Quereres e Alegria Alegria são alguns exemplos. "O Quereres é uma das composições do Caetano que mais gosto e por isso tenho a letra dela toda escrita na porta da minha cozinha", revela Maria Gadú. Ela conta que começou a gostar de Caetano ainda criança, quando a mãe a colocava para ouvir o baiano cantando. "Cresci ouvindo: Caminhando contra o vento...", recorda. Duas décadas depois, Caetano conheceu o trabalho de Gadú e se encantou de primeira. "Fui à extinta Cinematheque ver o show dessa menina que diziam ser a nova Cássia Eller. Chegando lá, notei que ela era uma figura interessante. Parecia um moleque de favela movie e ao mesmo tempo tinha peitos grandes. Quando ela soltou a voz, estava muito mais para Marisa Monte do que para Cássia. Era um garotinho com voz de princesa", define o cantor.O encontro desses dois artistas que resultou no "Multishow Ao Vivo Caetano e Maria Gadú" é uma produção da Universal Music em parceria com o Multishow, dirigida por Rodrigo Vidal e Paul Ralphes (audio) e Gualter Pupo e Fernando Young (vídeo). A produção executiva é assinada por Paula Lavigne e a direção musical, por Caetano & Gadú. Cenário e fotografia, Fernando Young e Gualter Pupo.
No Multishow
Antes do CD e DVD chegarem às lojas, o Multishow exibe com exclusividade o especial "Multishow ao Vivo Caetano e Maria Gadú" no dia 22 de maio, às 23h. Além disso, o "Bastidores" do dia 27, às 23h, vai mostrar todos os detalhes da produção do show. As apresentadoras Erika Mader e Luisa Micheletti conversam com os dois artistas e os diretores do DVD, Fernando Young e Gualter Pupo.
Sobre o selo "Multishow ao Vivo"
"Multishow ao Vivo" é o primeiro selo musical do canal, criado em 2003. Desde então, o Multishow já participou da produção, captação e transmissão de 19 shows nacionais que viraram especiais de TV, CD e DVD com o selo Multishow ao Vivo. Os produtos lançados mais recentes foram o "Multishow ao Vivo Paralamas Brasil Afora", "Multishow ao Vivo – Maria Gadú" e o "Multishow ao Vivo – Ivete Sangalo no Madison Square Garden". Juntos, os selos "Multishow Registro" e "Multishow ao Vivo" já venderam cerca de 3,7 milhões de CDs e DVDs.
Serviço – "Multishow ao Vivo Caetano e Maria Gadú"
Exibição do especial: Multishow – dia 22/05, às 23h
Bastidores - Multishow ao Vivo Caetano e Maria Gadú, 27/05, às 23h

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Caetano e Gil discordam sobre nova lei autoral

MARCUS PRETO/FOLHA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Caetano Veloso de um lado, Gilberto Gil do outro.
Parceiros na criação do movimento tropicalista, em 1967, os dois acabaram se tornando, nas últimas semanas, símbolos da polarização de opiniões dos artistas da MPB na discussão em torno da lei de direito autoral. Em 20 de janeiro, a ministra Ana de Hollanda retirou o selo Creative Commons do site do MinC, colocado na gestão de Gil (2003-2008). As licenças Creative Commons tornam mais flexível o uso de obras artísticas (como liberação prévia para uso em blogs ou remixes), em contraposição ao "copyright" (no qual o artista precisa autorizar caso a caso). De um lado do ringue, Gil entende que as flexibilidades das licenças CC estão mais de acordo com a era digital, com o mundo pós-internet. Do outro lado, Caetano, apoiado pela maior parte dos compositores que entraram na discussão --Roberto Carlos, Joyce, Jorge Mautner e outros-- se posicionou contra as CC, dizendo que "ninguém toca em um centavo dos meus direitos autorais".
Em seguida, Gil criticou os opositores às CC de não levarem o diálogo para "uma dimensão esclarecedora".
Procurado pela Folha no começo da semana passada, Caetano disse, por e-mail, que vestia a carapuça tecida pelo velho companheiro.
"Visto. Mas não me causa incômodo", disse. "Eu não teria tocado no tema se a discussão, que o ministério Gil trouxe para dentro da política oficial, não me parecesse atraente e inevitável."
Carlos Cecconello/Luciana Whitaker/Folhapress
Gilberto Gil e Caetano Veloso
Os cantores Gilberto Gil e Caetano Veloso, que estão em lados opostos na discussão sobre direitos autorais

STATUS QUO
"Pois está na hora de ele tirar a carapuça", rebateu Gil, na quarta-feira passada, depois de fazer um show para internet. "De encarapuçados não precisamos. Todos têm que estar com suas feições claras, nítidas, à mostra, dizendo o que acham." E seguiu. "Foi sempre assim: os que defendem o novo têm que ter argumentos mais nítidos. Os que reagem, porque estão defendidos pelo status quo, não precisam disso, precisam apenas reagir." A reportagem retomou o assunto com Caetano, no dia seguinte. O músico chamou a paixão de Gil pelos avanços tecnológicos de "um pouco fascinada demais, tendendo para deslumbrada".
"Gil escreveu [a canção] 'Pela Internet', mas, diferentemente de mim, não é uma pessoa de internet. Não é muito familiarizado, não anda muito nem no e-mail. Ele gosta mais é da ideia."
-
Ouça comentários do repórter sobre a discussão:

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Novo DVD-Fala Caetano, fala

'Às vezes tenho vontade de parar, não falar', diz, depois de comentar sobre Ecad, Dilma, DVD novo...

    Roberta Pennafort / RIO - O Estado de S.Paulo
     
    Conquistadas as plateias no Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa, o show zii e zie, de Caetano Veloso, chega ao formato DVD, pela Universal, com o selo MTV Ao Vivo (a emissora vai exibi-lo às 21h30 de terça-feira, dia em que começam as vendas nas lojas). Amalgamado à jovem banda Cê - Pedro Sá na guitarra, Marcelo Callado na bateria e Ricardo Dias Gomes no baixo e no teclado -, ele reconstrói músicas da Tropicália para cá, seus "transambas" e "transrocks", arranjadas a quatro.
    Marcos de Paula/AE
    Marcos de Paula/AE
    Paizão - O DVD de 'zii e zie' sai por insistência do filho Zeca, que assina a codireção

    A gravação foi no Rio, há quatro meses. São 23 faixas. Sob a proteção da asa-delta que lhe serve de cenário, de inspiração carioca, Caetano, que ano que vem chega aos 70, conversa, pula, rebola. Hoje, não mais, lamenta, já que teve uma hérnia de disco, empecilho para pular o carnaval como gosta.
    Nos extras, há bastidores interessantes das marcações de palco e da costura do repertório, como o nascimento do arranjo de Lapa, ponto alto de zii e zie, no estúdio, com os "meninos". A música é uma das que foram testadas antes na série de shows Obra em Progresso, de maio de 2008. Estes também foram registrados e as imagens seguem num disco à parte, vendido numa edição especial, a R$ 49,90. O CD sai a R$ 29,90. Na quinta-feira à noite, o compositor baiano falou ao Estado sobre esse e outros temas, da discussão sobre a relativização dos direitos autorais ao estilo Dilma de governar.
    O DVD está saindo por insistência do seu filho Zeca, de 18 anos, que assina como codiretor. Mas hoje para você, como para tantos artistas, não tem sido um caminho natural CD virar DVD?
    Acontece muito, mas o plano do escritório e da gravadora era nenhum. Quando as gravadoras podiam, antigamente, isso já vinha no pacote. Foi difícil pra Paulinha (Lavigne, produtora), porque ela não conseguia patrocinador. Ninguém se animou. Ela fez economias e fez por conta própria, organizando os trabalhos que eu tinha pra financiar esse, e procurando fazer da maneira mais barata possível.
    O DVD começa com A Voz do Morto, uma música esquecida nos anos 60, seguida de Sem Cais, que é do repertório de zii e zie, e, depois, vem um clássico, Trem das Cores. Como se dá essa mistura?
    Eu acho que é muito forte que um número alto de canções tropicalistas esteja tão sintonizado com o repertório novo. Todas elas se harmonizam muito bem. Deu um show mais agradável de assistir do que o Cê, embora eu ache o disco melhor, porque minhas composições são mais concentradas. O show do zii eu gosto mais, porque é mais fluido, mais palatável.
    Depois de cinco anos e dois trabalhos, você vai continuar trabalhando com a banda Cê?
    Quero fazer pelo menos mais um CD. Tenho mais ou menos claro uma ideia de como vai ser, mas não muito, porque estou totalmente dedicado a fazer o CD da Gal. Estou compondo todas as canções, coproduzindo as faixas, trabalhando com o Moreno (Veloso, seu filho mais velho), Kassin, Rabotnik.
    Quais são os planos para o carnaval? Vai levar sua namorada argentina para ver os trios em Salvador?
    Não sei. Tive uma hérnia de disco e a primeira coisa que a fisioterapeuta disse foi: "Não pule". Então não vou pra rua na Bahia, como eu gosto. O Paraíso do Tuiuti (pequena escola de samba do Rio) me homenageia e eles me convidaram a participar...
    Em sua coluna no jornal O Globo, você vem falando da questão dos direitos autorais e do Creative Commons, mas sem fechar questão. Sendo um dos maiores arrecadadores de direitos autorais do Brasil, e informado que está sobre o assunto, ainda não tem uma opinião formada?
    Tenho desejo de fazer algum tipo de mediação, ajudar a manter a discussão num nível bom. Ninguém pode negar o conceito de direito autoral e ninguém pode negar a existência da internet. A briga não pode ser maluca. Há canções, como Minha Mulher Não Deixa Não, que ouvi na Bahia, que não são de ninguém. É interessante, mas isso não quer dizer que Garota de Ipanema não seja de Tom Jobim, que Saudade da Bahia não seja de Dorival Caymmi.
    Você está na lista do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) de 2009, publicada em 2010, como o autor com terceiro maior rendimento do País.
    Então eu acho que devo defender o Ecad... (risos)
    Esse dado mostra que, em 2009, o primeiro lugar foi do Victor, da dupla Victor & Léo, depois vieram Roberto Carlos e você.
    Eu adorei essa companhia, não sabia. É bom estar em terceiro lugar, é o lugar de Alegria, Alegria no festival (de 1967)... Ou terá sido quarto? (foi quarto)
    Você diz que não "entende de dinheiro". Não sabe quanto recebe de direitos?
    Realmente não faço as contas, não pergunto, isso é muito ruim. Mas sei que o Ecad passou a arrecadar melhor nos últimos anos, todo mundo diz isso. Você vê que o Roberto Carlos se pronuncia nitidamente, chegou a dizer que faria uma passeata se quisessem acabar com o Ecad. Alguns dos que defendem o Creative Commons dizem que o Ecad é uma caixa preta, os outros, que o Ecad é transparente. A indústria são várias camadas que vão se acomodando, não se pode chegar como se fosse o anjo exterminador.
    Em mais de 40 anos de carreira, o que lhe deu mais dinheiro: venda de disco ou show?
    O que se diz é que se ganha mais dinheiro com show. Quando eu estava na Inglaterra (nos anos 70), o pessoal dizia: os Rolling Stones, The Who e Led Zeppelin gastam fábulas pra produzir um show, com o qual eles não ganham quase nada, para poder vender o disco. No Brasil, nessa época, já era pelo menos igual ou superior o que se ganhava em shows em relação aos discos. Ou seja, os brasileiros já estavam acostumados a isso. Aqui, o show de sucesso lotava a casa e você ganhava mais dinheiro do que com os discos. Ficou mais parecido com o que era no mundo de língua inglesa, e lá ficou mais parecido com o que nós éramos. É a brasilificação do mundo.
    Li que você está "adorando" o governo Dilma.
    O Lula era show business, e eu já sou muito show business. Há um alívio geral. Mesmo em quem adorava Lula, com o show permanente, eu noto isso. Não necessariamente desmerece Lula, porque são personalidades diferentes. O Lula encheu o saco, mas o Lula é maravilhoso. Esse período Fernando Henrique Cardoso-Lula foi auspicioso para o Brasil, era muito uniforme, um contínuo, embora os petistas digam que não. Eles terem chegado lá já é algo bom, mesmo que não tivessem conseguido resultados para a população. É por isso que a gente engole mensalão, compra de deputados para a reeleição de Fernando Henrique...
    Você leu o texto de Antonio Risério, publicado no "Estado", em que ele fala que Pernambuco está em fogo alto, e a Bahia, em banho-maria?
    Ele está certo. Você chega ao Recife e sente que há uma ideia a respeito de como tratar a cidade. Em Salvador, não. Você não sabe se o prefeito conversa com o governador. Parece uma cidade abandonada, é feio, é triste. E o Recife está maravilhoso.
    Diz-se, em tom de piada, que "Caetano opina sobre tudo". Você dá muita entrevista, fala em todos os documentários sobre música. Sente-se superexposto?
    Me chamam pra falar... Mas o Nelsinho Motta está em mais! Às vezes tenho vontade de parar, não falar. Eu gosto de dar entrevista, mas quando eu leio raramente gosto, e, muitas vezes, eu fico amargurado.

    LinkWithin

    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...